O início de brilho de Pagliuca na Sampdoria

Por Lucas Paes
Foto: imagephotoagency.it

Pagliuca começou a brilhar defendendo as redes do melhor time da história da Sampdoria

Gianluca Pagliuca é um dos melhores goleiros que a Itália já produziu. Guardião das traves italianas nas Copas do Mundo de 1994 e 1998, o ex-arqueiro foi um dos melhores que passou pela posição, em uma época onde o Calcio vivia seu auge. O ex-atleta completará 53 anos neste dia 18 de dezembro, de uma trajetória de páginas gloriosas em diversos clubes, que começou no maior esquadrão que os torcedores da Sampdoria tiveram o privilégio de ver.

Jogou durante boa parte da base no Bologna, de sua terra natal, antes de chegar a Sampdoria, em 1987. Foi campeão de um torneio de base pela equipe de Gênova, o Torneio de Viareggio, onde suas atuações convenceram o presidente da Sampdoria à comprar o jogador em definitivo. Já na segunda temporada pela Samp, começou a se destacar, sendo o goleiro titular durante boa parte da campanha do título da Copa Itália da temporada 1987/1988, quando ajudou na conquista da taça.


Na temporada seguinte, assumiu a meta titular da equipe, que novamente conquistaria a Copa Itália. Aquilo era apenas o início da trajetória gloriosa pela Sampdoria. Pagliuca acabou sendo colocado como titular por Boskov, principalmente depois de boas atuações na final da Copa Itália de 1987/1988. Já na temporada seguinte, foi crucial para ajudar a Samp à levar os títulos da Recopa Européia e o segundo titulo seguido da Copa Itália. Ajudou a equipe à chegar também à final da Recopa Européia, onde o Barcelona acabou vencendo a decisão. A perda da taça, porém, não mudou a moral que Pagliuca ganhava aos poucos na equipe.

Um compilado de defesas de Pagliuca pela Samp

Seria, porém, na temporada 1990/1991 em que o Gato di Caslechio realmente assumiria o posto de principal goleiro da Itália de maneira definitiva. Ele foi crucial para a conquista do Scudetto pelos Bluecerchiati. Particularmente, o arqueiro foi essencial na partida que foi praticamente uma final antecipada, quando a Sampdoria bateu a Inter no San Siro e ele defendeu um pênalti de Mattaus, além de fazer diversas defesas espetaculares durante a partida. Sua temporada valeu a nomeação como melhor goleiro de 1991 pela IFFHS e um lugar entre os 30 melhores jogadores na Bola de Ouro.

Na temporada de 1991/1992, Pagliuca ajudou a Samp a quase alcançar um sonho histórico com a conquista da Liga dos Campeões. A equipe foi finalista da competição e vendeu de maneira muito cara a derrota ao Barcelona. Aquele não seria exatamente o fim da era de ouro da Sampdoria, mas os títulos passaram à ser um pouco mais escassos depois dali. Pagliuca ainda ajudaria na conquista da Copa Italia na temporada de 1993/1994. Aquele troféu marcaria sua despedida de Gênova, já que na temporada seguinte seria comprado pela Inter, por um valor recorde de 7 milhões de euros.


Terminou sua passagem pela Sampdoria com 286 jogos, 198 deles pela Série A, tornando o goleiro o recordista de partidas na posição com os Blucerchiati. Suas defesas e os títulos garantiram um lugar como um dos maiores ídolos da história da equipe azul e branca de Gênova. Curiosamente, conquistou muito mais títulos na Samp do que na Inter, onde foi o goleiro de uma época de "vacas magras", mesmo marcando história no clube.
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