Corte de Neymar pode ser benéfico para a Seleção

Por Victor de Andrade
Foto: Evaristo Sá AFP

Lesão de Neymar no amistoso contra o Catar o tirou da Copa América

Envolvido em escândalos pessoais, o atacante Neymar sofreu mais um baque em sua carreira na noite da última quarta-feira, dia 5, no amistoso em que a Seleção Brasileira derrotou o Catar por 2 a 0. Ele rompeu os ligamentos do tornozelo direito e foi cortado da disputa da Copa América, que será realizada no Brasil e começa no dia 14.

Apesar de Neymar ser, tecnicamente, o grande jogador brasileiro há anos, este corte pode sim ser benéfico para a Seleção Brasileira, que é dirigida por Tite. A primeira situação, até óbvia pelos últimos acontecimentos, é que problemas extracampo devem influenciar menos no ambiente da equipe.

Mesmo antes da acusação de abuso sexual, Neymar era assunto nas coletivas de Tite por indisciplina desde a convocação. Não podemos esquecer da agressão ao torcedor do PSG, que era a grande discussão sobre o atacante antes deste novo fato. E vale lembrar que o treinador deixou de convocar Douglas Costa por atitude semelhante.

Mas o escândalo sexual colocou o assunto Neymar extracampo em patamares ainda mais altos. Sem querer fazer juízo de culpado ou inocente, mas desde a questão psicológica do jogador, a presença da Polícia Civil na Granja Comary e ainda as constantes novidades sobre o caso com certeza influem no ambiente. Fora que Tite, a partir de agora, não vai precisar responder em coletivas sobre inquérito policial e tapa em torcedor.

A segunda questão é o estafe do jogador. Já começa que, aparentemente, o pai do jogador tem livre acesso a algumas instalações da Seleção. Ontem, ele estava no vestiário, quando Neymar recebia os primeiros procedimentos de atendimento por causa da lesão. Fora que há diversas regalias à família e aos "parças", até nas concentrações. Em resumo, outro problema a menos para o comando.

O terceiro, a princípio, parece ter aspecto negativo, mas que pode se transformar em ponto positivo. É claro que a Seleção perde sem o Neymar, caso estivesse com totais condições físicas, técnicas e psicológicas. Porém, agora Tite terá que "se virar" sem o atacante e, quem sabe, tirar de vez a "Neymardependência" da equipe, criando novas variações táticas e até colocando novas responsabilidades em coadjuvantes. Quem sabe não apareça um outro grande nome? Só como comparação, o Chile, campeão das duas últimas edições da Copa América, tinha um time mais forte, individualmente, do que a atual Seleção Brasileira sem o Neymar? É para se pensar!

Colocando tudo isto na balança e, é claro, dependendo das ações da Comissão Técnica, o desfalque de Neymar na Copa América pode sim ajudar o time na competição e também nos próximos passos da Seleção, neste ciclo até a Copa do Mundo de 2022.
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