O Futebol no Cinema - Um filme com Os Trapalhões e Pelé


Mais um texto para a série "O Futebol no Cinema, de O Curioso do Futebol. O filme escolhido para continuar a 'saga' é "Os Trapalhões e o Rei do Futebol", filmado em 1986 e que conta com a trupe de Os Trapalhões, grupo humorístico que fazia muito sucesso na televisão e cinema nos anos 70, 80 e até início dos 90, e Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé.

Talvez o grupo humorístico de maior sucesso da história do Brasil, Os Trapalhões era um fenômeno. Contando com Renato Aragão, o Didi Mocó, Dedé Santana, Mussum e Zacarias, eles tinham uma química ímpar, que alegrava as crianças, jovens e adultos nas noites de domingo, pela televisão. O sucesso era refletido nas telonas. Os filmes com a participação do grupo eram sucessos de bilheteria e até hoje estão entre as películas mais assistidas do cinema nacional.

Em suas esquetes na televisão, Os Trapalhões sempre davam um jeito de envolver o Futebol. Então, por que não fazer um filme com o assunto? E por que não contar com Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no filme, já que era comum as participações especiais nas películas do grupo? Com isto, nascia o filme "Os Trapalhões e o Rei do Futebol".

Pelé nos bastidores da gravação do filme em pleno Maracanã

Lançado em junho de 1986, para aproveitar as férias escolares do meio do ano, "Os Trapalhões e o Rei do Futebol", com direção de Carlos Manga (aliás, foi o último filme dele) contava a história dos amigos Cardeal (Renato Aragão), Elvis (Dedé Santana), Fumê (Mussum) e Tremoço (Zacarias), que trabalhavam como faxineiros e roupeiros, além de torcedores do Independência Futebol Clube. Como sempre, eles causavam diversas confusões nas dependências do clube, mas eram adorados por todos os funcionários, sócios e torcedores da agremiação.

Devido às disputas de poder entre os cartolas Velhaccio (José Lewgoy) e Barros Barreto (Mílton Moraes), ambos muito bem no filme, o técnico da equipe é demitido. Na briga, um dos cartolas brada: "o primeiro que entrar nesta sala vira o treinador da equipe". E Cardeal abre a porta e acaba virando, por acidente, o comandante do Independência.

Para surpresa de todos o time começa a vencer seus jogos, o que não agrada a alguns cartolas da equipe. Com a ajuda de Nascimento, Pelé fazendo o papel de repórter esportivo, e de Aninha (Luíza Brunet), que trabalha no bar do clube, Cardeal e seus amigos lutam contra a desonestidade dos dirigentes.

O filme completo

O filme tem cenas hilárias, como Zacarias, sem a peruca, fingindo ser um carteiro e entregando um gambá para acabar com um sequestro e as famosas brigas circenses, com muita 'paulada' de isopor e cambalhotas. Também vale ressaltar as cenas de jogos no Maracanã, com Renato Aragão transformando o ditado popular "batendo o escanteio e indo na área para finalizar" em cena e Pelé virando goleiro, mais uma vez.

O filme, um dos poucos onde Os Trapalhões tinham nomes diferentes dos que usavam na televisão, teve público aproximado de 3,65 milhões de espectadores. Foi longe de ser um recorde do grupo nos cinemas, mas como as películas brasileiras já estavam em baixa em 1986, o número foi considerado muito bom.

Vale a pena ver o filme. Para quem gosta de futebol, há cenas interessantes de bola rolando, a óbvia participação de Pelé (e aqui vai um adendo do autor do texto: longe de ser um grande ator, mas para um amador, Edson Arantes do Nascimento é bem melhor atuando do que cantando, onde ele diz que tem talento) e garantia de boas risadas. Recomendado e aproveitamos para deixar um link do YouTube acima com a película completa.
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