Mostrando postagens com marcador Profissionalismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Profissionalismo. Mostrar todas as postagens

Em 1933, São Paulo da Floresta goleava o Santos no primeiro jogo profissional da história do Brasil

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

As duas equipes perfiladas 

O dia 12 de março de 1933 foi um marco histórico para o futebol brasileiro. Naquele dia, em um amistoso na Vila Belmiro, ocorria o primeiro jogo de futebol totalmente profissional no Brasil, que até então tinha torneios essencialmente amadores. O duelo ocorreu na Vila Belmiro e terminou com uma goleada do São Paulo da Floresta, precursor do São Paulo atual, sobre o Santos por 5 a 1, num jogo que também começou o apelido de "Peixe" do time da Vila, já que foi quando os torcedores do tricolor chamaram os santistas de Peixeiros.

A história do profissionalismo no futebol brasileiro é cheia de idas, vindas e diversos fatos. Em 1933, quando ocorreu esse duelo, já aconteciam cisões entre times que queriam ser profissionais e outros que queriam se mantar no amadorismo. Nessa época ocorreu em São Paulo a cisão da Associação Paulista de Esportes Atléticos, muito graças as tentativas da CBD de evitar o profissionalismo no futebol.

O amistoso na Vila Belmiro foi uma prévia de um Campeonato que já seria profissional no ano de 1933. O duelo botou em campo um timaço do São Paulo da Floresta, que tinha dentro de suas linhas o cracaço eterno Arthur Friendereich contra um Santos que começava a arquitetar o time que seria campeão dois anos depois. Apenas uma semana antes do duelo, em 5 de março daquele ano, as regulamentações oficiais da APEA determinaram que os times deveriam se formar por, em sua maioria, atletas remunerados e registrados.

No contexto do profissionalismo, inclusive, o São Paulo da Floresta teve enorme papel. Foi um time que surgiu da cisão de atletas insatisfeitos com a recusa do Paulistano e do AA das Palmeiras em adotar o profissionalismo. Acabou sendo o clube embrião do que viria a se tornar o São Paulo Futebol Clube, sendo inclusive considerado pelo Tricolor como sua verdadeira origem. 


O duelo, na Vila, foi um atropelo do time tricolor em cima do Santos. Friendenreich marcou o primeiiro gol profissional da história do futebol brasileiro naquela tarde. Araken Patusca, que inclusive seria destaque do primeiro título santista dois anos depois, fez o segundo antes do fim da primeira etapa. No começo do segundo tempo, Logú fez o gol alvinegro, Waldemar de Brito fez o terceiro e o quarto e Araken fechou a goleada.

Naquele ano, o Paulistão já profissionalizado acabou vencido pelo Palestra Itália, hoje o Palmeiras, sendo o 5º título do Verdão. Foi o início de uma história que culminou na fundação da FPF em 1941 e na grativa adoção do profissionalismo no futebol brasileiro como um todo, sendo a campanha do terceiro lugar na Copa do Mundo de 1938 já ocorrendo numa seleção profissional. 

Executivo de futebol, Alex Lima analisa importância da qualificação dos profissionais

Foto: arquivo pessoal

Para o dirigente, a capacitação é algo crucial pela organização dos clubes
 
Cenário cada vez mais competitivo e que exige profissionais cada vez mais capacitados em busca das melhores performances. Assim também caminha no Brasil o esporte mais popular do mundo visando a profissionalização dos seus envolvidos.

Visão esta compartilhada pelo executivo de futebol, Alex Lima, gestor de futebol e dono de vasta experiência no meio, e que vê apenas pontos positivos na qualificação daqueles que lidam diretamente com o mundo da bola.

"Na minha opinião isso (qualificação do profissional) é muito importante e necessário, pois todos os dias o futebol muda e se moderniza e, assim, o profissional precisa estar atualizado com todas essas mudanças. Então eu vejo isso como um princípio de muita importância para a melhoria e desempenho do clube", afirmou.

Melhorias essas que podem beneficiar tanto profissionais vindos de fora como exigir novos aprendizados dos brasileiros, algo que o dirigente verifica no atual cenário encontrado pelos treinadores no país, segundo o profissional.

"Hoje o futebol, principalmente o brasileiro, se espelha muito na Europa, e então se abriram as portas para treinadores estrangeiros no nosso país. Querendo ou não está mais fácil a adaptação desses profissionais no nosso futebol, mas penso que não precisamos ir buscar fora quando temos excelentes profissionais atuando aqui. O que penso é que os técnicos brasileiros precisam ser mais valorizados", explicou.

Na gestão dos clubes, a capacitação é também necessária. Sendo assim, Alex Lima ressalta a importância de o profissionalismo prevalecer no trato do dia a dia visando uma melhor condução das agremiações brasileiras.  


"Hoje temos grandes profissionais capacitados para gerir os clubes de futebol, porém alguns presidentes estatutários, que assumem um clube por "amor", podem acabar atrapalhando o desempenho e na maioria das vezes as conquistas que o clube possa a vir ter.  Alguns desses presidentes colocam pessoas para gerir o clube por amizade e não por profissionalismo e quando os resultados não são conquistados acontecem as cobranças, que são classificadas no geral em cima dos verdadeiros profissionais, e isso termina atrapalhando o desempenho do executivo e gerente de futebol", concluiu.

Os 89 anos do primeiro jogo do futebol profissional brasileiro

Com informações de Santos FC e São Paulo FC
Foto: arquivo

Jogadores de Santos e São Paulo reunidos na foto antes do início do primeiro jogo profissional

Santos e o antigo São Paulo Futebol Clube (extinto em 1935 e que inspirou o atual) tiveram a honra de inaugurar oficialmente o profissionalismo no futebol brasileiro, em 1933. O primeiro jogo dessa nova era ocorreu em 12 de março daquele ano e não podia deixar de ser uma goleada, para ficar bonito na história: 5 X 1 para o Tricolor sobre o Peixe, apelido ganho exatamente neste embate, na Vila Belmiro.

Logu marcou o tento único do Alvinegro Praiano, que sofreu gols de craques consagrados no time adversário como Friedenreich que marcou o primeiro gol no regime profissional seguido por Araken Patusca e Waldemar de Brito com dois gols cada um. Waldemar de Brito anos mais tarde seria conhecido como a pessoa que trouxe o garoto Pelé para a Vila Belmiro.

Nessa partida amistosa os torcedores do time do São Paulo da Floresta, decidiram provocar os torcedores santistas chamando-os pejorativamente de “Peixeiros” só que o termo criado em função do clube ser de uma cidade praiana, acabou sendo incorporado com orgulho pela gente santista e tornou-se o apelido do time Alvinegro e de sua massa torcedora que assumiram o apelido dizendo “Peixeiros, sim com muita honra”. O apelido pegou e até hoje o insuperável Alvinegro é chamado por todos carinhosamente de “Peixe”.

Curiosidade - Ninguém no clube ignora que a baleia é um mamífero, forte, bonito e poderoso como é o Santos FC. Conforme o Estatuto Social do clube, aprovado no dia 12 de março de 2011, 78 anos depois da partida pioneira, na qual os santistas adotaram com orgulho o apelido de “Peixe” ficou decidido no Capítulo 1 art.º 4 que o Santos FC tem como mascote oficial a majestosa Baleia, outro animal aquático. Portanto, ter a alcunha de “Peixe” e como mascote a Baleia enriquece cada vez mais a rica, vitoriosa e centenária história do Alvinegro mais famoso do mundo.

Em 1921, pela primeira vez o Santos FC foi identificado e representado por um peixe, o jornal paulistano Ítalo Paulista, Pasquino Coloniale, apresentava o símbolo em uma charge, o desenho mostrava um representante do Palestra Itália à beira-mar, admirando um peixe que representava o Santos FC.


Nos anos de 1930, um português chamado João Brito, já ilustrava o peixe nas páginas da Gazeta Esportiva, em 1943 esse mesmo desenhista sugeria que o Santos FC adotasse como mascote um marinheiro nas páginas da Gazeta Esportiva Ilustrada. No ano seguinte, o peixe ganhou grande popularidade com as divertidas charges feitas pelo artista plástico de nome Nino Borges.

O desenho da Baleia como símbolo do Santos FC foi feito pelo cartunista Messias de Melo do jornal A Gazeta Esportiva nos anos 50, em Santos quem divulgou a Baleia como símbolo santista foi o cartunista JC Lobo nas páginas do jornal A Tribuna. No entanto a Baleia que é usada pelo clube como mascote na realidade é uma orca.

A criação da Liga Carioca de Football em 1933 e o grande passo rumo ao profissionalismo

Por Ricardo Pilotto


Um encontro entre representantes do Fluminense, Vasco, Bangu e America, em 23 de janeiro de 1933, oficializou a criação da Liga Carioca de Football. O movimento foi liderado por ninguém mais ninguém menos do que Arnaldo Guinle, que havia deixado a presidência do Tricolor dois anos depois, e foi um grande passo para o início a profissionalização do futebol no Brasil.

Antes do surgimento da competição, os clubes pagavam gratificações e vencimentos aos seus respectivos atletas, praticando assim o chamado "amadorismo marrom". Com isso, times do Uruguai, da Argentina e da Europa, que já tinham se profissionalizado na época, contratavam os principais jogadores das agremiações que pertenciam, principalmente, ao eixo Rio-São Paulo.

Foi em 1932, que o profissionalismo no futebol se tornou uma meta para os cartolas cariocas. Pouco tempo depois, o presidente do clube das Laranjeiras Arnaldo Guinle, montou uma comissão às escondidas e começou a estudar para entender como funcionava a regulamentação implantada nos outro países. Logicamente, foi preciso adaptar à realidade do desporto na época, para que fosse publicado no dia 23 de janeiro de 33, o estatuto.

Clubes como Botafogo e Flamengo, deram optaram por continuar no amadorismo. Essa ideia do time alvinegro e da equipe alvinegra foram de encontro com o pensamento da Confederação Brasileira de Desportos, que também era adversa à profissionalização. O reflexo disso veio na Copa de 34, quando a Seleção fracassou por ter levado atletas amadores para disputa o torneio.

A primeira vez que o clube entrou em campo finalmente como profissional foi em um amistoso contra o Corinthians no dia 16 de abril de 1933. A partida realizada no Estádio das Laranjeiras terminou com um empate por 4 a 4.

Já profissionalizado, o Fluminense conseguiu reforçar seu plantel com jogadores de várias regiões diferentes do Brasil, como eram os casos de Romeu, Russo, Tim, Brant e Hércules. Eles fizeram parte de uma época vencedora do clube e foram ídolos tricolores, já que conquistaram cinco títulos em seis anos. 


Vale lembrar que em São Paulo já existia a Associação Paulista de Esportes Atléticos, conhecida popularmente como Apea, e que se profissionalizou em março do daquele ano. Como o calendário da entidade estava ativo, eles orgnaizaram a primeira partida entre duas equipes profissionais, no dia 12 do mesmo mês, com um clássico entre São Paulo e Santos.

Grêmio Sãocarlense 'volta' ao profissionalismo na Taça Paulista

Fotos: Gustavo Curvelo (Assessoria Grêmio Sãocarlense)

Grêmio Sãocarlense reestreia neste domingo

Neste domingo, dia 5, temos um 'retorno' ao cenário do futebol. O Grêmio Desportivo Sãocarlense, refundado, estreia no futebol profissional, às 11 horas, no Estádio Luisão, em São Carlos, enfrentando o Talentos 10, pela rodada inaugural da Taça Paulista, competição organizada pela Liga de Futebol Paulista, que é presidida pela advogada Gislaine Nunes.

O Grêmio Sãocarlense sofreu com um final forçado em 2004, quando uma reunião envolvendo apenas alguns conselheiros, com portas fechadas, ao contrário do que sempre pregou o Lobão da Central, decretou a licença da Federação Paulista de Futebol e, sucessivamente, a perda da filiação. De lá pra cá, algumas oportunidades de retorno ao futebol profissional surgiram, mas todas inviáveis em alguns aspectos.

Daniel Pereira é o comandante da equipe

Mas, no fim do ano passado, o clube foi refundado e a diretoria, que é comandada pelo presidente Sérgio Antônio Piovesan, com Matheus Augusto de Oliveira ocupando a vice-presidência, foi convidada pela Liga. A agremiação viu na Taça Paulista uma oportunidade viável de voltar às atividades e, vendo que a torcida queria o retorno do Grêmio após a repercussão da ideia, optou-se pela participação.

O início dos trabalhos do Grêmio Sãocarlense foi com a montagem da Comissão Técnica. O treinador é Daniel Pereira, que tem na equipe a primeira oportunidade no Brasil. Anteriormente, o profissional comandou Ollantaytambo e Los Incas, ambos do Peru. Ele será auxiliado, na primeira partida, por Vardão Garbuio, ex-zagueiro da cidade com passagem pelo Corinthians (nas temporadas 1988 e 89). Ainda compõem a comissão técnica o preparador físico Vinícius Brás e o preparador de goleiros Ivan Gomes.

Através de algumas parcerias e indicações no município, a agremiação foi montando o seu elenco. Também foi feita diversas avaliações. O time vem treinando a cerca de 15 dias e aposta no crescimento ao longo da competição.

Cabañas, ex-Fortaleza, é o principal destaque da equipe

O principal destaque da equipe é o meio-campista Cabañas, de 35 anos, que foi bi-campeão estadual pelo Fortaleza-CE (2010/2011) e acumula passagens pelo futebol português, espanhol e boliviano. Além disso, acima dos 23 anos de idade ainda consta Tom, com passagem pela Inter de Limeira, Velo Clube e Pirassununguense. Outro destaque é o lateral-esquerdo Daniel Caculo, com passagem pelo Atlético-MG em 2014 e com experiência na seleção angolana.

Na competição, o clube pensa, neste primeiro momento, apenas em iniciar as atividades, mas, quem sabe, tentar a classificação para a segunda fase. Porém, seu foco principal está na reestruturação do futebol profissional para, assim, alçar vôos maiores.

Bangu - o primeiro campeão carioca profissional

A equipe campeã de 1933

Em 1933, o Rio de Janeiro teve dois campeonatos de futebol. Um organizado pela Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (Amea), que era ligada à Confederação Brasileira de Desportos (CBD). A entidade defendia que o futebol deveria continuar amador. Nesta competição, disputada por 10 clubes, o campeão foi o Botafogo.

Porém, Bangu, América, Vasco da Gama, Flamengo, Fluminense e Bonsucesso, que naquele ano estavam entre os melhores times da Cidade Maravilhosa, queriam a profissionalização do futebol e montaram a Liga Carioca de Football. Com isto, também organizaram um novo campeonato.

E o Bangu dominou a competição. A campanha do Banguzão foi primorosa. No primeiro turno, cinco jogos, com três vitórias, com um 6 a 2 sobre o rival America, e apenas dois empates. Na segunda parte veio a única derrota no campeonato: 3 a 0 para o Vasco. Porém, nos outros quatro jogos, apenas vitórias. O artilheiro da competição foi o atacante Tião, autor de 13 gols.

Trecho do documentário de 100 anos do
Bangu explicando o que aconteceu em 1933

O título veio na penúltima rodada, no dia 12 de novembro, com incontestáveis 4 a 0 sobre o Fluminense, em pleno estádio das Laranjeiras, com três do artilheiro Tião e Plácido fechando o marcador.

O time de Luiz Vinhaes alinhou com Euclides, Mário e Camarão; Ferro, Santana e Médio; Paulista, Ladislau, Tião, Plácido e Orlandinho. Ladislau da Guia, o “Tijoleiro” e Plácido também estiveram entre os maiores marcadores do campeonato, a grande glória do Alvirrubro e se tornando o primeiro campeão profissional do Rio de Janeiro.

Com informações do genial FutRio.
Proxima  → Inicio

O Curioso do Futebol

O Curioso do Futebol
Site do jornalista Victor de Andrade e colaboradores com curiosidades, histórias e outras informações do mundo do futebol. Entre em contato conosco: victorcuriosofutebol@gmail.com

Twitter

YouTube

Aceisp

Total de visualizações