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Sorteio dos confrontos da primeira Copa AUF Uruguai será nesta terça, em Durazno


Na próxima terça-feira, 14 de junho, acontecerá o sorteio de lançamento e jogos da primeira edição da Copa do Uruguai. Isso foi confirmado pela Associação Uruguaia de Futebol (AUF) através de um comunicado de imprensa. A atividade terá lugar no Centro Cultural Teatro Espanhol na cidade de Durazno, a partir das 19h00.

76 equipes vão participar da competição. A AUF confirmou, depois de tanta espera, o início do torneio inédito para o Uruguai que reunirá 76 equipes de profissionalismo (Primeira e Segunda Divisão), futebol amador da AUF (Primeiro Amador e D Experimental), e a Organização de Futebol do Interior (OFI) com a participação de 24 membros da Taça Nacional de Clubes de 2022.

Participantes - Os históricos 76 participantes desta primeira edição da Copa AUF Uruguai serão Central de San José, Juventud de Colonia, Huracán de Rivera, Bella Vista de Paysandú Wanderers Juvenil de Tacuarembó, Huracán de Paysandú, Universitario de Salto, Universal de San José, Río Negro de San José, Progreso de Estación Atlántida, Juanicó de Juanicó, Wanderers de Santa Lucia, Laureles de Fray Bentos, Sportivo Barracas de Dolores, Santa Emilia de Cardona, Porongos de Trinidad, Quilmes de Florida , Boquita de Sarandí Grande, Lavalleja de Rocha, Palermo de Rocha, Ituzaingó de Punta del Este, Barrio Olímpico de Minas, Lavalleja de Minas e Piriápolis de Piriápolis. Todos estes filiados à OFI.

Da AUF serão Atenas de San Carlos, Cerro Largo FC (Melo), Deportivo Colonia (Juan Lacaze), Deportivo Maldonado (Maldonado), Durazno FC (Durazno), Juventud de Las Piedras, Oriental de La Paz, Parque del Plata (Parque del Plata), Paysandú FC (Paysandú), Plaza Colonia (Colonia), Rocha FC (Rocha), Salto FC (Salto), y Tacuarembó FC (Tacuarembó), Albion, Boston River, Cerrito, Danubio Defensor Sporting, Fénix, Liverpool, Montevideo City Torque, Nacional, Peñarol, Rentistas, River Plate, Central Español, Cerro, La Luz, Miramar Misiones, Progreso, Racing, Rampla Juniors, Sud América, Uruguay Montevideo, Villa Española, Alto Perú, Artigas, Basáñez, Bella Vista, Canadian, Colón, Deportivo Italiano, Halcones, Huracán (Paso de la Arena), Huracán Buceo, Mar de Fondo, Platense, Potencia, Salus, Cooper, y Paso de la Arena.

Como se joga? - A Copa AUF Uruguai, que tem início previsto para terça-feira, 21 de junho, começará com a disputa da fase inicial (preliminar, primeira e segunda) onde participarão 56 equipes (22 da OFI e 34 da AUF). Na terceira fase, os restantes participantes serão incorporados diretamente (16 da Primeira Divisão, 2 da «B» e 2 da Taça Nacional de Clubes A da OFI).


As 32 equipes restantes jogarão nas oitavas de final, depois nas oitavas de final, quartas e semifinais (sendo esta última a única fase que contará com partidas de ida e volta, onde todas as partidas terão caráter eliminatório). A final individual será disputada no domingo, 11 de novembro, no Estádio Centenário e o vencedor, além de ser o campeão do Uruguai, receberá um prêmio econômico de US$ 100 mil.

10 de Outubro de 1947 – A primeira edição da Gazeta Esportiva

Por Lucas Paes


Há 71 anos, num dia como hoje, foi fundada a Gazeta Esportiva, um dos maiores jornais esportivos da história do Brasil. Criador de diversos prêmios que se tornaram famosos no futebol nos anos seguintes, o periódico ganhou um nome e uma credibilidade tão grandes que se refletem até os dias atuais, mesmo que a Gazeta hoje exista só em forma de site e não mais como jornal. 

O jornal na verdade começou como uma coluna esportiva em uma página do periódico A Gazeta, de propriedade de Casper Líbero, um dos mais célebres jornalistas da história do Brasil. Em 1928, a popularidade da coluna tornou-a um suplemento do jornal, denominado A Gazeta – Edição Esportiva. Em 1947, três anos depois da morte do jornalista que dá nome à uma das maiores faculdades de jornalismo do país, Carlos Joel Noelli fundou a Gazeta Esportiva, que já nasceu apoiada em grandes sucessos da Gazeta, como a corrida de São Silvestre e a Prova Ciclística Nove de Julho. 

O jornal foi extremamente bem sucedido. Era referência no Brasil e no Mundo na cobertura de diversas modalidades, sendo o futebol impulsor enorme onde as maiores contribuições vieram. A maioria dos nomes de clássicos que conhecemos hoje, como o SanSão entre Santos e São Paulo, o Derby entre Palmeiras e Corinthians, o Majestoso entre corintianos e são paulinos e o Choque-Rei entre Palmeiras e São Paulo. Todos esses nomes são obras de Thomas Mazzoni. 

Entre as contribuições e premiações, talvez a mais famosa não seja exatamente criação da Gazera, mas um legado que ela aproveitou. Depois do fim da CBD, o jornal continuou a distribuir a gratificação da Fita Azul, para times que faziam excursões fora do Brasil e voltavam invictos. No jornalismo, a credibilidade do veículo era tão grande que surgiu a frase: “Se a Gazeta Esportiva não deu, ninguém sabe o que aconteceu”. Para se ter uma ideia do tamanho que o periódico atingiu, durante a Copa do Mundo de 1958 saiam 4 edições por dia, atendendo a demanda absurda e atualizando informações. Um precursor do que temos hoje. 

Aliás, ser inovador estava no DNA da Gazeta. Em 1997, quando a Internet ainda engatinhava no planeta, surgiu o site gazetaesportiva.com, que replicava o conteúdo do jornal impresso. Em 2001, já antevendo de certa forma a crise pelo que o jornal impresso passaria e evitando problemas maiores financeiros, a Gazeta passou a operar exclusivamente via web, sendo assim o fim da edição impressa. 

Porém, o legado não morreu. A Gazeta Esportiva segue existindo como site de notícias esportivas, sendo um dos mais importantes do Brasil até os dias atuais. Constantemente atualizado, com uma linguagem adaptada ao formato web, o portal seria motivo de orgulho para Cásper Libero. Mesmo que suas páginas não sejam mais folheadas por gente de diversos cantos, credos e tipos do Brasil, suas noticias seguem a um clique de distância do povo brasileiro, dando sobrevida a um dos maiores veículos esportivos do país.

87 anos da primeira edição do Jornal dos Sports

Por Lucas Paes 


Neste dia 8 de agosto, completam-se 87 anos da primeira edição do Jornal dos Sports, histórico periódico carioca que já foi lar de grandes jornalistas e o maior jornal esportivo do Rio de Janeiro e com certo alcance nacional durante um bom tempo. O veículo teve sua ultima edição vendida em 2010, quando chegou inclusive a ter um site e sobreviver online, mas hoje é apenas parte da história do jornalismo esportivo brasileiro. 

A história começou em 1931, com uma diagramação de páginas rosas, baseadas no francês L’Auto, que depois virou o L’Equipe, junto a France Football o veículo esportivo mais famoso da França. Tudo começa quando Argemiro Bulcão, diretor do Rio Sportivo, propõe uma sociedade com Ozéas Mota, com um capital inicial seis contos de réis. Juntos eles fundaram o Jornal dos Sports. A ideia de fortalecer o esporte vinha já na capa, que tinha figuras de praticantes de lançamento de disco, levantamento de peso, tênis, futebol, golfe, natação, remo, corrida, boxe e hipismo. 

Inicialmente, o jornal tinha quatro páginas, todas em preto e branco e era vendido a 100 réis. Já desde os primórdios, figurava um tom político no jornal, que fazia criticas a divisão de ligas do futebol carioca e também para a não profissionalização do futebol na época. Em 23 de Março de 1936, o jornal foi impresso pela primeira vez em cor de rosa, tonalidade que o tornaria famoso.

Em outubro daquele ano, Mário Filho, jornalista que já colaborava com a publicação, comprou o veículo com a ajuda de Roberto Marinho, José Bastos Padilha e Analdo Guinle. Inovador, Mário introduziria diversas novidades ao veículo, como charges, notícias relacionadas a diretoria dos clubes e também uma cobertura mais ufanista do Brasil na Copa do Mundo de 1938. Depois, Mário Filho faria também campanha para a aprovação da ideia de Ary Barroso de construir um estádio no bairro do Maracanã, ao invés de construir em Jacarepaguá, como queria Carlos Lacerda. Nessa época cronistas como José Lins do Rêgo e Nelson Rodrigues passaram pelo jornal. Mário Filho também seria um dos criadores do Torneio Rio-São Paulo, que daria origem ao Brasileirão.

Capa da estreia de Roberto Dinamite

Depois da morte de Mário Filho e do suicídio de Célia Rodrigues, sua esposa, seu filho, Mário Júlio Rodrigues, assumiu o jornal e passou a fazer diversas mudanças. Inspirado pelo jornalismo americano. Mas sua experiência mais radical foi a criação do adicional O Sol, que depois virou um produto próprio, que dava espaço para estudantes de faculdades conceituadas de jornalismo do país. As reformas eram inspiradas principalmente pela contracultura e temais mais ligados a juventude passaram a ser abordados. O jornal apoiou por exemplo o movimento das torcidas jovens no Rio de Janeiro, que deu origem a torcidas organizadas que estão ativas até hoje. As charges também criaram mascotes como o Urubu, para o Flamengo. 

Curiosamente, após a morte de Mário Júlio e a passagem do jornal para sua segunda esposa o coronel Geraldo Magalhães passou a comandar o jornal que viveu grande mudança editorial e passou por um período negro em sua história. Era o auge da repressão da Ditadura Militar, que não deixou de atingir o Jornal dos Sports. Mesmo nos anos 1980, já com a família Velloso, depois do período militar, o periódico ainda não conseguiu voltar aos tempos áureos, tendo nesta época como grande destaque a colaboração de Washington Rodrigues, criador da coluna Geraldinos e Arquibaldos, apelido criado por eles para torcedores que frequentavam tais setores do Maracanã. Além disso, foi criado nessa época o suplemento “Domingo é dia de Surf”, primeiro dedicado a modalidade no país.

No fim dos anos 1990, a chegada da concorrência do jornal “Lance!” começou a cavar a sepultura do jornal. Mesmo com a modernização, a adoção de mais cores e a venda para Omar Resende Peres Filho. Omar vendeu a marca para Lourenço Rommel Peixoto e Armando Garcia Coelho, que chegariam a ser presos em operação da Polícia Federal em 2004. O jornal ainda passou por outros dois proprietários e resistiu até 2010, quando finalmente deixou de existir. 

Apesar do melancólico fim, as novidades introduzidas pelo Jornal dos Sports fariam reflexo em todo o país e ajudariam a criar o que viraria referência no jornalismo esportivo nacional. Mesmo que tenha terminado de maneira triste, o veículo é essencial em qualquer menção a história do jornalismo esportivo brasileiro e o legado que deixou, principalmente nas mãos de Mário Filho e de seu filho Mário, nunca será apagado.

48 anos da primeira edição da Revista Placar

Por Lucas Paes 

A primeira edição de Placar: um marco no Brasil

Em 1970 o futebol brasileiro vivia um dos seus períodos áureos. A Seleção Nacional era o melhor time do mundo e tinha entre seus destaques jogadores do naipe de Jairzinho, Pelé, Rivelino, entre outros. Na política, o país vivia um triste momento, em meio a uma ditadura que começava sua era mais violenta. Em meio a tudo isso, o esporte mais popular brasileiro não contava com nenhuma revista especializada nele. Iniciada com periodicidade semanal, a Editora Abril lançou a Placar, que venderia uma altíssima quantidade já na primeira edição e só aumentaria de popularidade nos anos seguintes, sendo uma das maiores publicações da história do país. 

Entre as bandeiras defendidas pela publicação na época de seu lançamento, estava a modernização da cartolagem do futebol brasileiro. Na capa da primeira edição, figurava Pelé, o Rei do Futebol. A matéria mais destacada mencionava o pior momento da Seleção Brasileira naqueles anos. Logo de cara, uma reportagem sobre problemas com o treinador João Saldanha, o popular João Sem Medo, devido ao seu temperamento instável e a diversos episódios complicados envolvendo o técnico da seleção. 

Entre as propagandas da época, destaque para a Monark, marca popular de bicicletas brasileira e a “convocação” para apoiar a seleção da Exprinter, empresa de turismo. Nesta propaganda, um dos endereços constados era no centro de Santos, mais precisamente na Rua General Câmara, número 20. Peculiaridades de uma época que tanto o autor desse texto quanto a maioria de vocês que estão lendo não viveu. 

Em outro momento, há uma coluna fazendo uma crítica quanto a falta de um “leão” naquela seleção. Ou seja, um jogador que jogasse duro. Mas, um dos momentos que mais chama a atenção é uma matéria sobre George Best, que segundo a própria: “Dribla como Garrincha, faz gols como Tostão, tem a genialidade de Pelé, chuta com a precisão de Edu.”. Best mereceria um texto separado no portal por ser um jogador extremamente peculiar e sim, importante na história do futebol. Porém, o que chama atenção é uma reportagem sobre o futebol europeu numa época em que boa parte dos times de lá era de fato inferiores aos daqui e o futebol inglês estava longe da popularidade de hoje em dia. A matéria dá uma ótica interessantíssima sobre talvez o primeiro jogador que foi também um fenômeno midiático fora do futebol por motivos não relacionados ao desempenho em campo. 

Mas nem só de futebol vivia a Placar. Apesar de ser uma nota curta no meio da revista, havia uma matéria destacando a vitória do brasileiro João Henrique sobre o americano Roy Wilson. João foi o primeiro a derrotar o “yankee” por nocaute. Além dela, também havia outra reportagem com o piloto brasileiro Luis Pereira Bueno, conhecido como Luizinho, que ia correr na Fórmula 5000. 

Enfim, a revista completa pode ser acessada neste link. A viagem temporal vale muito a pena para qualquer fã de futebol ou de esportes e para qualquer estudante de jornalismo ou jornalista. O portal Google Books possui outras revistas de diversos estilos disponíveis em seu acervo, incluindo outras edições da Placar. A publicação da Abril começou uma história que dura de certa forma até hoje. Nos dias atuais, a Placar foi absorvida pelo Grupo Veja de Comunicação, voltando com isso ao Grupo Abril. Hoje, entrando em outras mídias, principalmente na internet, a revista já não tem o mesmo charme de outras eras. A história, porém, ninguém apaga e a narrativa que começou em 20 de Março de 1970 enche páginas de uma epopeia que sempre será importante para a história do jornalismo esportivo brasileiro.
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