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De casa nova, Gustavo Lopes faz planos no Ferroviário da Beira, de Moçambique

Foto: divulgação / Ferroviário de Beira

Jogador, que tem passagem pelo Grêmio Prudente, assinando o contrato

Após uma primeira experiência tida em Portugal, Gustavo Lopes atuará novamente fora do Brasil. Desta vez em Moçambique para vestir a camisa do Ferroviário da Beira, clube por qual foi apresentado recentemente.

Vindo do Grêmio Prudente, o volante destaca quais são as suas expectativas no futebol africano. "Essa nova experiência significa muito para mim e para minha família. Uma experiência única que já vivenciei em Portugal quando saí pela primeira vez do Brasil e logo depois retornei, mas agora é uma experiência nova de algo que estava querendo ter novamente", afirmou.

Já sobre a adaptação, o jogador de 23 anos ressalta aspectos com os quais está precisando lidar neste início de trajetória pelo Ferroviário. "Quero me adaptar o mais rápido possível com o futebol do país e com o clima que é muito quente. Tenho um amigo brasileiro que está me ajudando desde que cheguei e poder falar em português também está ajudando na minha adaptação. Além disso, o clube me acolheu de uma forma inexplicável, assim como todas as pessoas que trabalham aqui", contou.


Por fim, Gustavo Lopes destaca quais são os seus planos para a sequência da sua primeira temporada em Moçambique. "As minhas expectativas são as melhores possíveis. Teremos uma temporada muito pegada, que exige muito de nosso físico e mental também.  Por isso, estou preparado para o que der e vier, almejo muito poder fazer uma excelente temporada aqui e conquistar todos os objetivos", concluiu.

Iniciativa do Santos deve ser reconhecida como exemplo solidário

Por Lula Terras

Lima e Edu com o garoto moçambicano João Chico (foto: Felipe Ruiz / globoesporte.com)

Apesar de atravessar um longo período de crises administrativas, falta de craques e de jogos de péssima qualidade técnica, além do valor do ingresso, que é proibitivo para os torcedores de baixa renda, o futebol brasileiro continua vivo, ao menos em outras partes do mundo, onde continua respeitado e amado por aqueles que gostam do futebol. A reportagem exibida pelo Esporte Espetacular, sobre a ajuda que o Santos FC deu a um grupo de crianças mantidas pela ONG Missão África, em uma região de Moçambique, na África, tocou no meu coração, assim como acredito que tenha acontecido pela grande parte das pessoas que viram a reportagem. 

Tudo começou, graças à visão da modelo e blogueira Rafaella Kallimann, que fotografou o garoto João Chico, com a camisa do Santos e uma bola, feita de trapos. Essa foto viralizou nas redes sociais e chamou a atenção do clube, que resolver ajudar a ONG, que atende centenas de crianças e seus familiares na região de Beira, em Moçambique.

A imagem que chamou a atenção do mundo
(foto: Rafaella Kallimann / Instagram)

A ideia de envolver dois craques do passado no projeto foi outro grande acerto, pois tanto Lima, que por muitos anos atuou ao lado de Pelé no time que até hoje é reconhecido como um dos melhores elencos de todos os tempos, como Edu, que foi considerado, no seu tempo, como o sucessor natural de Pelé, quando parasse de jogar, era aquele ponta esquerda que infernizava qualquer sistema defensivo que ousava enfrentar o Santos, marcaram na história do clube e são reconhecidos internacionalmente (Edu fez parte da Seleção do tri, por exemplo).

Foi muito bonita a recepção da população africana à iniciativa do clube, que tem em sua história o orgulho de ter parado duas guerras, justamente no continente africano, e agora, com orgulho ainda maior, atua na melhoria da qualidade de vida da população pobre daquele País. Foi um exemplo a ser seguido pelas demais agremiações, assim como, acredito que sirva de exemplo para aqueles que trabalham com este esporte. Sugiro à todos que assistam a reportagem e torço muito que essas pessoas ao serem atingidas por esse ato repensem e busquem promover o resgate do maravilhoso futebol brasileiro que, hoje, está só na mente daqueles que tiveram a oportunidade de acompanhar.

Eusébio no Sporting de Lourenço Marques

Por ironia do destino, Eusébio começou no futebol em um homônimo do principal rival do Benfica

O indiscutivelmente maior nome da história do futebol português até o surgimento de Cristiano Ronaldo foi o craque Eusébio. O atacante, na verdade, nasceu em Lourenço Marques (atual Maputo), principal cidade de Moçambique, na época colônia lusitana, em 25 de janeiro de 1942, e foi em sua terra natal que o jogador começou sua carreira.

Na época, os times moçambicanos eram, na verdade, filiais dos grandes times portugueses. Então, o garoto Eusébio, ainda entrando na adolescência, foi procurar O Desportivo, clube ligado ao Benfica, que era o time que o jogador gostava, mas não teve sucesso. Assim, familiares e amigos, sabendo do potencial dele, o encorajaram a procurar o Sporting de Lourenço Marques, que tinha parceria com o homônimo de Lisboa.

Vendo o grande potencial de Eusébio, o pessoal do Sporting de Lourenço Marques já o lançou no time principal com 15 anos. Em 1957, em seu primeiro ano na equipe, ele fez quatro partidas e marcou incríveis nove gols no campeonato local. Tá certo que o futebol moçambicano era amador, mas estava longe de ser fraco: grandes jogadores do futebol português, já naquela época, vinham da colônia africana.

E os números de Eusébio em sua terra natal só aumentavam: em 1958, 11 gols em sete partidas. No ano seguinte, 21 tentos em 11 jogos oficiais. E vale lembrar que como era amador, esses registros são apenas de campeonatos. Jogos amistosos, normalmente, não eram contados e, naquela época, alguns times europeus e sul-americanos já iam excursionar em terras africanas. É provável que estes números possam ser ainda maiores.

O Sporting de Lourenço Marques de 1960: Eusébio é o antepenúltimo agachado

Em 1960 foi o ano de ouro do atacante: 36 gols em 20 jogos, resultando nas conquistas dos campeonatos Moçambicano e do Distrital de Lourenço Marques. Seu desempenho começou a chamar a atenção de quem o via jogar na colônia portuguesa na África e o primeiro a ter o enxergado como grande jogador foi um brasileiro: Bauer.

O ex-jogador, que foi ídolo no São Paulo e defendeu a Seleção Brasileira nas Copas de 1950 e 1954, viu as qualidades em Eusébio, quando esteve em Lourenço Marques, e o indicou para o Tricolor Paulista, que desdenhou do investimento e dispensou a ideia. Então, Bauer o indicou para o técnico húngaro Béla Guttmann, que estava no Benfica e o havia dirigido no São Paulo.

Com seus informantes em Moçambique e mais a indicação de Bauer, o húngaro pediu para o Benfica contratar Eusébio. Porém, antes de chegar ao time, houve uma briga entre os dois maiores rivais portugueses: como jogava em sua filial, o Sporting já tinha tudo acertado com o jogador, mas os dirigentes benfiquistas foram mais espertos e levaram o craque, com então 17 anos, para a equipe vermelha.

A partir daí, todos sabem da história: era o principal jogador do grande Benfica dos anos 60 e da Seleção Portuguesa na Copa do Mundo de 1966, terceira colocada. Eusébio fez uma bela história no futebol mundial e faleceu no dia 5 de janeiro de 2014, deixando muita saudade, mas seu legado ao futebol português é eterno!
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