Willian comemora o primeiro gol do jogo com os companheiros de equipe
Clima pesado, pressão da torcida e com dirigentes da equipe da casa ameaçando a delegação visitante. Mesmo com todo clima adverso, dentro de campo a Portuguesa Santista não sentiu a pressão e venceu com autoridade o Tupã FC por 2 a 0, com gols de Willian e Kauê Rivera, em partida realizada na noite do sábado, dia 23, no Estádio Alonsão, em Tupã. O resultado fez com que a Briosa estreasse com o pé direito na segunda fase e ainda se mantém como o único time invicto do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a Bezinha.
A verdade é que o clima antes da partida era o pior possível. A diretoria do Tupã fez de tudo para atrapalhar o trabalho da Comissão Técnica e jogadores da Briosa, além de atrapalhar ao máximo o acesso às arquibancadas da torcida que viajou 600 km para acompanhar o time e o trabalho da imprensa da Baixada.
O jogo iniciou nervoso, com a torcida local botando muita pressão. Aos poucos, os jogadores da Briosa, incrivelmente calmos em meio ao turbilhão, foram colocando a bola no chão e passaram a dominar as ações. Aos 8, Vinícius cobrou falta da intermediária, Willian desviou com o pé direito e a bola saiu à direita do gol defendido pelo Tupã, assustando o goleiro Oliveira. Aos 28, a equipe fez o primeiro ataque. Depois de trama pela direita, Kaíque, em posição duvidosa, invadiu a área, mas finalizou para fora.
Defesa do Tupã tenta afastar perigo
A calma da Portuguesa Santista resultou em gol aos 34 minutos. Willian recuou para o meio-de-campo, recebeu a bola e deu um belo lançamento para Lucas Lino. O camisa 7 da Briosa invadiu a área e foi derrubado pelo goleiro Oliveira. O árbitro Antonio Ferreira de Oliveira Junior não teve dúvidas: marcou pênalti. Willian foi para a cobrança e balançou as redes. No placar, 1 a 0 para a Portuguesa Santista e 13º gol do centroavante Rubro-Verde na competição.
A Briosa ainda teve duas chances de ampliar o marcador: aos 40, Willian novamente recuou ao meio de campo e passou para Ricardinho na direita. O experiente meia fingiu que ia cruzar e bateu direto, obrigando a Oliveira trabalhar. Já aos 43, depois de escanteio pela direita e bate-rebate na área, Dema, sozinho, finalizou para fora.
Atrás no marcador, o Tupã foi para o abafa no segundo tempo e chegou até a balançar as redes aos 7 minutos, com Leandro Zanoni, mas a arbitragem marcou impedimento. Já aos 23, o mesmo Leandro Zanoni cobrou falta venenosa, obrigado o goleiro Cleyton se esticar todo para espalmar a bola para escanteio. Porém, aos 24, a equipe da casa ficou com um a menos. O volante Dunga matou o contra-ataque da Briosa dando um feio pontapé em Lucas Lino. Vermelho direto para o jogador do Tupã.
Tentativa da Portuguesa de bola alçada na área
Com um a mais em campo, a Briosa, novamente, botou a bola no chão e voltou a dominar plenamente a partida. Aos 28, Ricardinho e Willian fizeram boa trama pela direita, o centroavante invadiu a área e cruzou para Lucas Lino, que dominou e bateu colocado, mas a bola passou à esquerda do gol defendido por Oliveira.
Com mais volume de jogo, a Portuguesa Santista chegou ao segundo tento aos 31. Lucas Lino, pela esquerda, encontrou Willian sozinho dentro da área. O centroavante ainda teve a calma de ver Kauê Rivera melhor colocado e serviu o meia, que havia entrado no lugar de Sillas, para marcar: Portuguesa Santista 2 a 0, dando números finais à partida.
Ricardinho tenta tomar a bola
O que aconteceu fora de campo foi feio. Primeiramente, atiraram uma pedra no setor onde estava a torcida da Portuguesa Santista, mas por sorte ninguém foi atingido. Após o apito final do árbitro Antonio Ferreira de Oliveira Junior, os problemas só aumentaram. Várias pessoas, aparentemente ligadas à diretoria do Tupã FC, foram até o portão do vestiário dos visitantes para pressionar os jogadores e comissão técnica da Portuguesa, tentando evitar ao máximo a saída da delegação.
Uma pessoa ligada ao Tupã chegou a dizer que os membros da Portuguesa Santista deveriam esperar duas horas para sair do estádio, o que revoltou a delegação da Briosa, que exigiu a presença da polícia para sair do local. O mais vergonhoso era uma senhora de mais de 70 anos, que disseram ser mãe de um dos diretores, que xingava todos que tinham ligação com a Portuguesa Santista, chamando de "vagabundos" e dizendo para sair logo do clube dela. A única exceção no turbilhão foi o treinador da equipe local, o Talismã Corintiano Tupãzinho, que foi solicito com todos.
Depois do clima de guerra e com os três pontos na bagagem, a Portuguesa volta a campo nesta sexta-feira, dia 29, às 20 horas, contra o Tanabi, no Estádio Ulrico Mursa, em Santos. Já o Tupã joga no sábado, às 15 horas, contra o Desportivo Brasil, em Porto Feliz.
Ficha Técnica
TUPÃ 0 X 2 PORTUGUESA SANTISTA
Data: 23 de julho de 2016
Local: Estádio Alonsão - Tupã-SP
Público: 1.600 pagantes
Renda: R$ 10.250,00
Árbitro: Antonio Ferreira de Oliveira Junior
Assistentes: Osvaldo Apipe de Medeiros Filho e Ricardo Luis Buzzi
Cartões Amarelos
Tupã: Alanzinho, Oliveira, Jacio, Salmo, Rafael e Caio
Portuguesa Santista: Matheus, Sillas, Cleyton e Lucas Lino
Cartão Vermelho
Tupã: Dunga
Gols
Portuguesa Santista: Willian (pênalti), aos 34' do primeiro tempo, e Kauê Rivera, aos 31' do segundo tempo.
Tupã: Oliveira; Alanzinho, Caio, Rafael (Adriel) e Salmo; Dunga, Silas (Lucas), Euller (Muller) e Leandro Zanoni; Kairo e Jacio - Técnico: Tupãzinho.
Portuguesa Santista: Cleyton; Matheus, Dema, Lucão e Vinícius; Pedro, Carlos Alberto e Ricardinho; Lucas Lino (Juninho), Willian (Léo Pará) e Sillas (Kauê Rivera) - Técnico: Ricardo Costa.