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A história de Gérson com a Seleção Brasileira

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Gerson foi campeão do mundo com o Brasil em 1970

Neste dia 11 de janeiro um dos jogadores mais brilhantes da história do futebol completa 80 anos. O Canhotinha de Ouro, Gérson, jogador cerebral da Seleção Brasileira campeã da Copa do Mundo de 1970 chega a marca de oito décadas vividas sendo reconhecido há muito tempo como um dos grandes nomes da história da camisa mais pesada das seleções de futebol. Há uma longa história de Gérson com a Amarelinha.

A primeira participação de Gérson pela Seleção Brasileira veio no Pan-Americano de 1959, quando o Brasil terminou com a medalha de prata, perdendo o ouro para os argentinos. Na época, ele era um garoto de apenas 18 anos que ainda atuava mais pelo juvenil da equipe do Flamengo. No ano seguinte, participou da Olimpíada de Roma, onde os brasileiros terminaram no sexto lugar.

A primeira convocação oficial para o time principal veio em 1961. O chamado veio num duelo entre Brasil e Chile pela antiga Copa O'Higgins, disputada entre os dois países. O canhota foi chamado por Aymoré Moreira, num jogo disputado dia 7 de maio de 1961 e vencido pelos Canarinhos por 1 a 0. Seu primeiro gol veio no jogo seguinte, quatro dias depois, quando na mesma competição os brasucas venceram La Roja por 1 a 0, também em Santiago.

Passando a ser presença regular nas convocações, estava participando dos treinamentos da Seleção Canarinho, mas acabou sendo cortado da Copa do Mundo de 1962 devido a uma operação no Menisco. Acabou atuando pela primeira vez numa Copa do Mundo em 1966, quando fazia parte do time que fez campanha desastrosa na Inglaterra e acabou eliminado na primeira fase. 

Quatro anos depois, a situação foi totalmente diferente e foi no México que o Canhotinha de Ouro ficou famoso pelo apelido, sendo considerado o segundo melhor jogador da competição. Foi um dos destaques do Brasil e marcou seu único gol em copas justamente na final contra a Itália, fazendo o tento que voltou a dar vantagem ao Brasil no jogo. A equipe brasileira que ganhou o "tri" é lembrada até hoje como uma das maiores, se não a maior equipe da história do futebol mundial, sendo um time que trazia conceitos de jogo que estavam muito a frente de seu tempo.


Seu último torneio oficial pela Seleção Brasileira foi a Taça Independência de 1972. O torneio foi organizado pela própria CBD em homenagem ao aniversário da Independência do Brasil ela e Gersón foi o capitão da equipe, que levou o título vencendo Portugal por 1 a 0, algo no mínimo curioso. Acabou por não disputar a Copa do Mundo de 1974 pois havia sofrido um estiramento muscular, se aposentando naquele mesmo ano jogando pelo Fluminense. No total, fez 87 jogos oficiais e marcou 19 gols com a Amarelinha, tendo ainda disputado outras 17 partidas não oficiais e marcando outros cinco gols, totalizando 106 jogos e 26 gols.

Gérson, o Canhotinha de Ouro, no São Paulo FC

Foto: arquivo São Paulo FC

Gérson jogou de 1969 à 1972 pelo Tricolor

Um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, ídolo em sua passagem pelo São Paulo FC, comemora 79 anos neste 11 de janeiro de 2020. Gérson, o Canhotinha de Ouro, marcou época no Tricolor entre 1969 e 1972 e está em festa hoje. E cada são-paulino deveria comemorar com ele.

Contratado na gestão de Laudo Natel, quando o clube terminava de construir o estádio do Morumbi, Gérson chegou ao São Paulo com a responsabilidade de acabar com 13 anos de "fila" - a equipe não conquistava títulos desde 1957, quando venceu o Campeonato Paulista.

O meia fez parte de um pacote de contratações do Tricolor, custeado com o excedente pós-finalização do Morumbi. Com a construção encerrada, o clube tinha dinheiro em caixa e partiu para a montagem de um time forte. "Só com a casa pronta que vamos mobiliá-la", dizia o presidente Laudo Natel, que trouxe também Pedro Rocha, Pablo Forlán, Toninho Guerreiro, Edson Cegonha, entre outros.

Gerson fez parte do time que atuou no jogo de comemoração da inauguração final do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, em 25 de janeiro de 1970, contra o Porto. No mesmo ano, defendeu a seleção brasileira na campanha vitoriosa da Copa do Mundo de 1970, no México, marcando inclusive um gol na final contra a Itália.


Ao voltar para o clube, ajudou a equipe a finalmente acabar com o jejum de títulos ao sagrar-se Campeã Paulista de 1970. De quebra, o bicampeonato estadual veio no ano seguinte, junto do vice-campeonato brasileiro no ano de estreia da competição.

Em 1972, Gérson se transferiu para o Fluminense, deixando o São Paulo pronto para um novo patamar em relação a títulos. O bem humorado ex-jogador, que fez imortalizar a frase "você gosta de levar vantagem em tudo, certo?", falada em um comercial de cigarros e foi popularizada como a 'Lei de Gérson', também trabalhou como comentarista.

As camisas de Gérson, o Canhotinha de Ouro


Um dos maiores meias da história do futebol mundial, Gérson de Oliveira Nunes, nascido em Niterói, no dia 11 de janeiro de 1941, ficou conhecido por sua perna esquerda precisa, pois colocava a bola, em chutes e lançamentos, aonde queria. Por causa disso, ficou conhecido como o "Canhotinha de Ouro".

Gérson iniciou no futebol no Canto do Rio, com 16 anos, mas um ano depois já estava no Flamengo, onde estrou como profissional em 1959. Além do Rubro Negro, o Canhotinha de Ouro defendeu Botafogo, São Paulo e Fluminense, além, é claro, da Seleção Brasileira. Vamos ver mais da história do jogador de fortes declarações com cada camisa que defendeu.

FLAMENGO

Início vitorioso no Fla

Depois de passar um ano na base do Canto do Rio, Gérson chegou no Flamengo em 1958. Impressionados com a precisão nos chutes e passes com a perna esquerda, não demorou muito para que o Canhotinha tivesse sua chance no profissional, já em 1959, com apenas 18 anos. No Rubro Negro, Gérson fez 153 jogos e marcou 86, sendo campeão do Rio-São Paulo em 1961 e do Carioca de 1963, ano em que foi negociado com o Botafogo.


BOTAFOGO

Com Garrincha, em sua passagem pelo Botafogo

Gérson chegou ao Botafogo com status de grande estrela e não decepcionou em sua passagem pelo clube da Estrela Solitária. No Alvinegro, foi bicampeão Carioca (1967 e 1968) e ainda conquistou a Taça Brasil de 1968. Foi pelo Fogão que Gérson, que já havia sido convocado algumas vezes para a Seleção, cravou de vez seu lugar com a camisa amarela. Pelo time de General Severiano, ele fez 248 jogos e marcou 96 gols.


SÃO PAULO

Pelo São Paulo: líder do elenco

Em 1969, os amantes do futebol foram pegos de surpresa quando o São Paulo FC anunciou a contratação de Gérson. A equipe não era campeã desde 1957 e o Canhotinha, já com 28 anos, tornou-se um dos líderes do time que conquistou o bicampeonato Paulista de 1971 e 1972. Pelo Tricolor, ele fez 75 jogos e marcou 12 gols.


FLUMINENSE

Encerrou a carreira jogando pelo Flu

Com mais de 30 anos, considerado veterano na época, Gérson foi defender o Fluminense em 1972. Foi campeão Carioca em 1973 e ainda fez quatro gols em 54 jogos pelo Tricolor das Laranjeiras. Em 1974, resolveu pendurar as chuteiras.


SELEÇÃO BRASILEIRA

Gérson era um dos líderes em 1970

A história de Gérson com a Seleção Brasileira é longa. Começa nas categorias de base, onde defendeu o time no Pan de 1959, em Chicago, quando o Brasil ficou com a prata, e nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960. Pela Seleção principal, Gérson estreia em 1961, mas fica de fora da Copa do Mundo do Chile, em 1962. Porém, o Canhotinha joga os mundiais de 1966 e 1970, sendo que neste último é um dos grandes nomes da equipe que conquistou o tri. Com a camisa canarinho, Gérson fez 96 jogos e marcou 28 gols.
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