Nacional vence Peñarol na prorrogação e conquista o Campeonato Uruguaio

Foto: AUF

Jogadores do Nacional comemorando o título

O Gran Parque Central, em Montevidéu, viveu mais uma de suas noites para a história. Em um clássico truncado, nervoso e decidido no detalhe — como manda a tradição — o Nacional derrotou o Peñarol por 1 a 0 na prorrogação e voltou a erguer o troféu de Campeão Uruguaio após duas temporadas de jejum. O herói do título foi Christian Ebere, que marcou um golaço nos minutos finais do tempo extra e enlouqueceu a torcida tricolor.

Desde o início, o Nacional tentou impor seu ritmo e fazer pesar o fator casa. O time de Jadson Viera apostava no jogo direto, acelerando com Maxi Gómez e Gonzalo Carneiro, que davam trabalho à zaga aurinegra nos primeiros duelos. Logo nos movimentos iniciais, Gómez e Boggio assustaram, mostrando que o Tricolor estava mais à vontade no clássico.

A tensão, claro, não demorou. Com apenas quatro minutos, os empurrões apareceram, fruto de uma falta de Nicolás López que rendeu ao Diente o primeiro cartão da tarde. Peñarol respondeu com reclamação de pênalti em Leo Fernández, dando o tom do duelo: quente, dividido e cheio de protestos.

Mesmo com momentos de equilíbrio, Nacional seguia criando as melhores ações, forçando Cortés em chutes de Oliva e Carneiro. O aurinegro, por sua vez, só conseguiu algo mais claro aos 28, em finalização torta de Remedi. A melhor chance da etapa inicial, porém, foi de Arezo, que recebeu de Silvera, mas errou no domínio e finalizou para fora. O 0 a 0, ao fim da primeira parte, refletia um jogo duro e nervoso, com poucas brechas para criatividade.

O segundo tempo começou com o Diente López desperdiçando um ótimo mano a mano, e o cenário seguiu no mesmo tom: truncado, com cartões para todos os lados e muita disputa na intermediária. O Nacional voltou a assustar aos 65 minutos, quando Diego Romero iniciou e finalizou um contra-ataque, chutando rente à trave.

Na reta final do tempo regulamentar, o Peñarol cresceu. Leo Fernández teve duas chances em bola parada, ambas para fora. O Tricolor parecia guardar forças para o que viria: o alargue.


E foi na prorrogação que tudo se decidiu. O Nacional até balançou as redes com Sebastián Coates, mas o VAR anulou o gol por impedimento. Do outro lado, Peñarol também chegou perto: Umpiérrez carimbou o poste e fez o estádio prender a respiração.

Jadson Viera mexeu e acertou. Já perto do fim, Christian Ebere entrou e mudou o jogo. Pressionou Gularte, roubou a bola e mandou um foguete no canto curto para fazer o Gran Parque Central explodir: 1 a 0, faltando pouco mais de cinco minutos para acabar.

O Peñarol tentou reagir, mas o Tricolor segurou a vantagem e celebrou um título que teve todos os elementos de um clássico uruguaio: tensão, suor, VAR, reclamação, raça e um herói improvável no momento decisivo. Nacional, campeão outra vez
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