Com informações do ge.com
Foto: arquivo / Victor de Andrade / O Curioso do Futebol

CT da Vila Porto é o 'QG' do Oeste desde quando o clube chegou em Barueri
O Oeste Futebol Clube corre o risco de ser considerado um time "órfão" a partir de 1º de setembro. Instalado em Barueri desde 2017, o Rubrão tem até o dia 30 de agosto para desocupar as instalações do CT da Vila Porto, local que se tornou sua sede há pouco mais de oito anos.
O CT da Vila Porto tem dois campos, um deles onde treina a equipe profissional e o outro, com arquibancada, onde as categorias de base do Oeste manda seus jogos, além de um prédio com alojamento e estrutura de treinos e administrativa.
A notificação extrajudicial existe em virtude do fim da cessão da estrutura pela prefeitura de Barueri, que apoiava e era uma espécie de mantenedora desde que o clube deixou a cidade de Itápolis, onde foi fundado em 1921, alegando falta de apoio da administração pública.
A tendência é de que a direção do Oeste tente a extensão do prazo para desocupar o imóvel, que será desativado para abrigar um hospital veterinário ou outro equipamento ligado à área da saúde. O Oeste diz desconhecer a ordem de desocupação do centro de treinamento mesmo com a publicação do documento na edição do dia 12 de julho de 2025 do Jornal Oficial de Barueri.
Caso o clube não saia, a Prefeitura Municipal deve entrar na Justiça para a retomada da área. Neste momento, o Oeste não tem a intenção de trocar de sede e deixar Barueri, mesmo com o fim do apoio da administração pública e da cessão gratuita do estádio e do CT, onde também aloja sua estrutura do futebol profissional e de base. No entanto, as cidades de Osasco e Santana de Parnaíba são prováveis destinos em caso de uma mudança de sede.
Oeste não joga mais em Barueri - O Oeste não manda seus jogos na Arena Barueri desde 22 de fevereiro de 2025, quando venceu o Linense por 1 a 0 pela 12ª rodada da Série A2 do Campeonato Paulista diante de apenas 184 torcedores. Inicialmente, a saída do clube do estádio se deu pela manutenção do gramado – obra que foi finalizada poucas semanas depois.
Em atividade na Copa Paulista, o Rubrão tem usado o estádio José Liberatti, em Osasco. Antes disso, no último jogo da sua participação pela segunda divisão estadual, o Oeste atuou em Santana de Parnaíba contra a Portuguesa Santista para um público de 276 pagantes.
A saída definitiva do Oeste da Arena Barueri passa por dois motivos centrais: a mudança de prefeito da cidade – Beto Pitteri (Republicanos) sucedeu Rubens Furlan (PSB) – e a concessão da administração do estádio para a Crefipar Participações e Empreendimentos S.A, empresa de Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras.
No antigo acordo, o Oeste utilizava as instalações da Arena Barueri sem custos como contrapartida por adotar Barueri em seu nome e na camisa em um projeto de divulgação esportiva idealizada pelo antigo prefeito da cidade. Depois da concessão do estádio, no entanto, isso mudou.

Pessoas que trabalham na administração municipal de Osasco negam qualquer aproximação ou intenção de ter o Oeste na cidade. Desde que passou a atuar lá, o clube tirou o nome de Barueri da camisa e passou a jogar com o uniforme com as cores branca, verde e vermelha, coincidentemente as mesmas da bandeira de Osasco.
Outros dois fatores tornam uma mudança mais difícil de acontecer neste momento. A Federação Paulista de Futebol permite apenas dois times registrados em uma mesma cidade e estádio. Neste caso, Grêmio Osasco e Osasco Audax compartilham as instalações do José Liberatti.
Além disso, em caso de mudança, o Oeste teria de pagar a taxa de transferência de cidade – atualmente no valor de R$ 800 mil. Vale lembrar que o clube era originalmente de Itápolis e mudou de sede, para Barueri, na década passada.
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