Com informações do Terra
Foto: Lucas Figueiredo / CBF

A decisão do TJ-RJ anula acordo que sustentava mandato; Fernando Sarney é designado para convocar novas eleições
A Justiça do Rio de Janeiro destituiu, nesta quarta-feira (15), Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi proferida pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que considerou inválido o acordo jurídico que sustentava a permanência de Ednaldo no cargo, em razão de indícios de falsificação da assinatura de um dos signatários: o ex-presidente da entidade, Antônio Carlos Nunes Lima, o Coronel Nunes.
Com a anulação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2022 entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro — o documento que viabilizou a eleição de Ednaldo — o tribunal nomeou Fernando Sarney, atual vice-presidente da CBF, como interventor. Ele ficará responsável por convocar novas eleições dentro do menor prazo possível.
Esta é a segunda vez que Ednaldo Rodrigues é afastado judicialmente do comando da entidade. Em dezembro de 2023, ele já havia sido destituído por decisão do Tribunal de Justiça, mas retornou ao cargo após determinação liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desta vez, o novo afastamento ocorre sob o peso de acusações mais graves, que incluem possível fraude documental.

O caso reacende a crise institucional que há anos marca a governança da CBF. A atual turbulência gera incertezas inclusive sobre decisões recentes da entidade, como a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para comandar a Seleção Brasileira — medida que agora pode ser juridicamente questionada, caso se entenda que foi tomada sob um mandato irregular.
A validade do TAC ainda será apreciada em julgamento definitivo pelo STF, que pode reverter ou ratificar os efeitos da decisão do TJ-RJ. Até lá, caberá ao interventor garantir a realização de um novo processo eleitoral que respeite os princípios de transparência e legalidade exigidos para a presidência da CBF.
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