Em três temporadas, Conference League se mostra um sucesso para os times alternativos

Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/UEFA

Troféu da Conference League

Questionada em seu início, a criação da Conference League da UEFA, terceira competição em importância entre os clubes da Europa e uma espécie de "terceira divisão" da pirâmide continental, está se mostrando um imenso sucesso, pelo menos para os campeonatos mais alternativos e até para equipes menores das principais ligas do continente. O torneio pode até ter até o momento campeões de campeonatos mais privilegiados (Roma e West Ham), mas dá chance a times periféricos de um calendário maior, algo que se mostrou mais real ainda nessa temporada.

Na atual edição da Conference League, chegam as semifinais como favoritos as vagas na final o Aston Villa, que faz campanha excelente na Premier League e que é inclusive campeão da antiga Copa dos Campeões (hoje a Champions League) nos anos 1980 e a Fiorentina, que vive um incômodo jejum de títulos. Porém, junto a eles estão o Olympiakos e o Brugge, presenças que hoje são raras em matas mais agudos do continente (o Brugge, porém, já foi finalista da UCL em 1978.).

A ideia da criação da Conference League, pensada desde 2018, era de dar a oportunidade a times de menor ranking da UEFA de terem calendário continental além das fases preliminares da Liga dos Campeões e da Liga Europa e nesse propósito ela deu certo. Desde sua primeira edição, times que sequer chegam aos grupos das outras duas competições chegam até em eliminatórias da Conference. Na edição atual, times como Ferencváros, Ludogorets, Molde, Zagreb e Legia tiveram a chance de disputar mata-mata, com o time croata eliminando o Real Betis, na época campeão da Copa do Rei. 

Não é uma exclusividade da atual temporada. Na edição passada, chegaram equipes como Qarabag, Djugardens e AEK Lamaca e na primeira equipes como PAOK, Bodo/Glimt, Partizan e Sparta Praga e o LASK. A chegada do Olympiakos na semifinal atual é histórica para o futebol grego como um todo, já que até então, só o Panathinaikos (que tem campanhas históricas na Liga dos Campeões) e o AEK (Copa da UEFA) haviam alcançado uma fase tão aguda. Porém, os Gavros não são favoritos diante do Aston Villa, que aliás é favorito ao título.


A questão econômica ainda faz muita diferença, porém. A Conference permitiu sim a equipes alternativas um calendário continental maior (e portanto, ganhos de dinheiro melhores), porém, a taça ainda tem ficado com equipes relativamente conhecidas do continente. Na última edição, o troféu ficou com o West Ham United, que é verdade, dificilmente teria oportunidade de ganhar algo maior, no máximo uma Europa League e mesmo assim, a concorrência por lá é mais pesada. Na primeira, ficou com a Roma, que quase vence a Europa League na temporada seguinte.

Porém, ainda que o troféu fique em terras mais tradicionais, a Conference serviu a seu propósito e deu a equipes alternativas e de menores ranqueamentos a chance de sentir o gosto de disputas continentais maiores. Restará ver se, como inclusive ocorreu algumas vezes na antiga Recopa Europeia, algum time de centro mais alternativo vencerá a taça.
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