Diego Cope, diretor-executivo do Marcílio Dias, exalta comissão técnica e jogadores após título da Copa SC

Por Fernando Bassoli / @cornetacaipira

Diego com a taça da Copa Santa Catarina

O Marcílio Dias venceu o Hercílio Luz por 2 a 1, neste domingo (13), no estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí, e conquistou o bicampeonato da Copa Santa Catarina. O título garante a participação do Marinheiro na Copa do Brasil 2023. Diego Cope, diretor-executivo de futebol da equipe, trouxe alguns detalhes sobre a trajetória do time até o título logo após a vitória.

A conquista da equipe de Itajaí vem alguns meses após a eliminação precoce na primeira fase da Série D do Campeonato Brasileiro, ficando em sexto em grupo com oito participantes. O resultado culminou em uma série de mudanças para Copa SC.

Diretor executivo de futebol da equipe, Diego Cope foi uma das caras novas para copa regional. Ele conta que mesmo com um trabalho de apenas quatro meses, o título não foi surpresa. “Como eu atuava no mercado de São Paulo, procurei montar um elenco com a maioria dos atletas que joguei contra ou acompanhava e que estavam no futebol paulista, que realmente tem o estadual mais caro, mais competitivo do país”, destaca. “Nossa estratégia foi montar um time com base em São Paulo, trazer uma oxigenação nova para o clube com atletas diferentes, que não ficam rodando no estado e, com isso, a gente também foi incentivando funcionários, torcida, atletas, presidente, diretoria e crescendo na competição”, completa.

Mesmo invictos nas quatro primeiras rodadas com três empates (Joinville, Carlos Renaux e Nação) e uma vitória (Hercílio Luz), as atuações não convenciam e houve a necessidade de uma mudança no comando técnico para sequência do campeonato.

Cope explica que o início não foi muito bom e que o então treinador [Jorginho] não tinha um estilo de jogo similar ao que ele gosta de ter nas equipes em que trabalha. “Tenho uma metodologia de jogo que eu gosto mais de posse de bola, que os zagueiros iniciem a construção da jogada, amplitude e que os nossos atacantes pressionem os zagueiros. Quando chegamos não encontramos um cenário ideal taticamente e tecnicamente falando”, conta. “Talvez o momento mais crítico que a gente possa ter encontrado foi a mudança de comando após empates em casa com equipes tecnicamente inferiores e fomos obrigados a fazer essa mudança. Aí sim eu trouxe alguém [Rogério Corrêa] da minha confiança e que temos o mesmo pensamento sobre futebol”, complementa.

A equipe ainda fez seis jogos na primeira fase sob o comando de Rogério Corrêa, com quatro vitórias (duas contra o Figueirense, Nação e Joinville) e dois empates (Hercílio Luz e Carlos Renaux), terminando com a melhor campanha na classificação geral com cinco vitórias e cinco empates. “Ele [Rogério Corrêa] veio com uma ideia boa, o grupo comprou, o time é muito bom mesmo e acabou dando certo”, exalta o diretor executivo de futebol.

O Carlos Renaux foi o adversário nas semifinais e, após vencer a primeira partida por cinco a um, o Marinheiro sofreu sua única derrota na competição no jogo de volta. O título foi conquistado contra o Hercílio Luz após um empate na primeira partida e vitória por dois a um na decisão.

Futuro - Após o título, jogadores, comissão técnica e membros do staff diretivo do clube passam a ser cobiçados por outras equipes, mas Diego garante que pretende seguir o trabalho que vem sendo bem-sucedido no futebol catarinense. “O sucesso na competição atrai os olhos de outros clubes, mas estou bem feliz aqui e não penso em retornar ao mercado paulista tão cedo por tudo aquilo que o Marcilio Dias tem nos proporcionado”, disse.

Já pensando no planejamento para 2023, Cope destaca que o trabalho deve ser feito com cautela. “Estou feliz, mas muito cauteloso. Depois do Paulista da primeira divisão e da Série A2, que considero os mais fortes do Brasil, o Campeonato Catarinense é o mais forte, um campeonato muito competitivo”, afirma. “Essa conquista muda um pouco o foco tanto de nós para atletas de alto nível como, também, os atletas de alto nível passam a olhar o Marcílio Dias de uma forma diferente. Tudo isso por conta desses atletas, da comissão técnica e da diretoria que abraçou a ideia”, acrescenta.


Virada de chave - Na equipe desde o início da competição, o executivo Diego Cope conta que sua gestão realmente começou após a mudança no comando técnico. “Em todos os clubes que passo, juntamente com a minha equipe, a gente cria uma metodologia. Nossa característica principal é gostar de jogar futebol, ter a posse de bola a todo momento”, conta. “Quando a gente cria um conceito de futebol, o clube não tem que se adaptar ao treinador, agora é ao contrário, o treinador que deve se adaptar aos conceitos que o Clube Náutico Marcilio Dias tem e foi assim que aconteceu com o Rogério [Corrêa]”, completa.

Copa do Brasil - O título da Copa Santa Catarina garante o Marcílio Dias como um dos representantes do estado na Copa do Brasil 2023. “Com a vaga na Copa do Brasil o planejamento já passa a ser maior, os olhos brilham, fica gostoso. A gente já pode pegar um clube grande logo na primeira fase”, finaliza Diego Cope.
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