A história do goleiro Mazarópi com o Vasco

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Mazarópi jogando pelo Vasco

Geraldo Pereira de Matos Filho, mais conhecido como Mazarópi, foi dentro das quatro linhas, ou melhor, debaixo das traves, um dos grandes goleiros do Brasil nos anos 1970 e 1980. O mineiro, que completa 69 anos neste dia 27, é um ídolo absoluto do Grêmio, onde ganhou quase todos os títulos possíveis, mas também tem uma enorme história vestindo a camisa do Vasco da Gama, em duas passagens.

O arqueiro começou sua trajetória no Vasco. Vindo para atuar pela base, ganhou o apelido de Brito, devido a seu jeito tímido e quieto. Já em 1973 começou a ser suplente do histórico goleiro Andrada (sim, o do gol 1000 do Pelé) e no ano seguinte chegou a atuar em algumas partidas do Brasileirão ganho pelo time vascaíno, conquistando seu primeiro título no clube. No ano seguinte, ascendeu a titularidade do gol Cruzmaltino.

Ainda muito jovem atuando pelo Cruzmaltino pegou fama de goleiro que defendia pênaltis. Em 1977, na decisão por pênaltis diante do Flamengo no Cariocão, defendeu sequencialmente os pênaltis de Zico e Geraldo e ajudou o Vasco a sair campeão. Também neste ano, ficou mais de 1800 minutos sem tomar gol, um recorde ainda inquebrável. Seguiu como titular da meta vascaína nos anos seguintes, mas foi curiosamente emprestado ao Coritiba em 1979, retornando à São Januário no ano seguinte.

Em 1978, era um dos melhores goleiros do país e um dos favoritos à ir a Copa do Mundo daquele ano, na Argentina. Porém, segundo contou em entrevista no programa Bem Amigos, não foi convocado devido a recusa de mudar o apelido, baseado num personagem de uma comédia que era um caipira de jeito tímido e engraçado. 

Já nos anos 1980, conquistou mais um título carioca pelo Vasco, em 1982, mas aos poucos começava a perder espaço no Cruzmaltino. Passou por empréstimo por Grêmio, onde foi campeão da Libertadores e do Mundial em 1983 e pelo Náutico no ano seguinte, até deixar definitivamente o Cruzmaltino em 1984, para atuar então pelo Grêmio, onde faria ótimos anos e também acabaria se tornando ídolo. 


Esteve em atividade até 1990, quando pendurou as luvas atuando pelo Guarany de Cruz Alta, do Rio Grande do Sul. Depois, trabalhou como preparador de goleiros e chegou a exercer carreira como treinador, sem conseguir grandes sucessos. 
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