O início de Djalminha no Flamengo

Por Ricardo Pilotto
Foto: Juha Tamminen

Djalminha quando defendeu o Flamengo

Nascido em Santos, no dia 9 de dezembro de 1970, Djalma Feitosa Dias, popularmente conhecido como Djalminha, começou sua carreira como jogador de futebol nas categorias de base do Flamengo e por lá ficou entre 1976 e 1988. Depois de se destacar no time juvenil do clube rubro-negro, foi promovido para a equipe profissional do Fla no ano seguinte.

Foi então, que no Campeonato Carioca de 1989, Djalminha, filho do grande zagueiro Djalma Dias, recebeu a sua primeira oportunidade de atuar profissionalmente com a camisa do Mengão. Debutou em um jogo diante do América-RJ pela competição estadual com apenas 19 anos de idade. Porém, esta seria a primeira das duas únicas partidas que o jovem disputou durante toda a temporada.

Pouco aproveitado no time profissional, o meia voltou a atuar na base do Flamengo e só conseguiria novas chances após se destacar na Copa São Paulo de Futebol Juniores do ano seguinte. Foi o grande destaque rubro-negro na conquista do torneio de base mais importante do país, principalmente por marcar cinco gols na goleada do Mengo sobre o Corinthians por 7 a 1 na quarta fase.

Por este motivo, o Maestro ganhou muita moral pela coleção de boas atuações, e não só passou a ser relacionado com bastante frequência na equipe profissional, como ganhou vaga no time titular. Junto com ele, o lateral esquerdo Piá e o zagueiro Junior Baiano, que também fizeram parte do time campeão da Copinha, foram outros jovens promovidos ao time principal. A partir daquele momento, os três se juntavam a nova geração flamenguista, que já contava com jogadores renomados. Eram eles: Paulo Nunes e Marcelinho Carioca.

Após se juntar a outros grandes jogadores como Renato Gaúcho, o Maestro Junior e Zinho, o Flamengo foi campeão da Copa do Brasil de 1990 com este grande conjunto no elenco. Ao longo do torneio, Djalminha atuou em seis jogos durante toda a campanha, mesmo não tendo sua vaga absoluta na equipe titular.

Mesmo demonstrando muita habilidade quando entrava em ação com a camisa vermelha e preta do Rio de Janeiro, o Maestro permaneceu na mesma condição de reserva por mais algum tempo. Por conta da grande esperança que se tinha no jovem jogador, o meia foi se sentindo cada vez mais pressionado, já que mesmo fazendo de tudo em campo, nada parecia ser suficiente. Para muitos torcedores, era ele que poderia preencher o espaço deixado por Zico. Naquela ocasião, o Galinho de Quintino havia se transferido para o Kashima Antlers.

Apesar de todas essas 'especulações', Djalminha continuou na função de "sombra" para alguns atletas do time titular rubro-negro. Na conquista do Campeonato Brasileiro de 1992, o meia continuava em busca de seu espaço, mas acabou não tendo êxito e acabou sendo apenas coadjuvante naquele elenco campeão nacional.

Alguns meses após o título, houve um episódio que serviu como motivo para a sua saída do clube carioca. Foi justamente em um Fla-Flu, jogo válido pelo Torneio Rio-São Paulo, realizado em junho de 1993. Nesta ocasião, houve um desentendimento entre Djalminha e Renato Gaúcho. Maestro recebeu uma chamada de atenção vinda do seu companheiro de equipe e não gostou. Com isso, partiu para cima de Renato, que acabou o empurrando. No fim da discussão, a confusão acabou sendo apartada por Marcelinho Carioca.

Por conta do momento tenso, a decisão do que iria ser feito em relação a este lamentável episódio teve de ser decidida fora das quatro linhas. Depois do clima estar mais propício para uma conversa saudável, Djalminha acabou sendo convidado a se retirar do clube rubro-negro, já que a diretoria queria evitar problemas futuros dentro daquele bom elenco.


Com isso, o craque deixou o Flamengo tendo jogado 133 partidas e marcado 28 gols ao longo de sua passagem. Ao todo, conquistou a Copa do Brasil de 1990, o Campeonato Carioca de 1991 e o Brasileiro em 1992, além da Copa São Paulo de Futebol Juniores também em 1990.

Na sequência de sua trajetória atuando dentro das quatro linhas, passou também por clubes como Guarani (duas vezes), Shimizu S-Pulse, Palmeiras, Deportivo La Coruña e Austria Viena por empréstimo. Djalminha encerrou sua carreira como jogador de futebol profissional atuando pelo América do México no ano de 2004.
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