O União Barbarense campeão do terceiro escalão paulista em 1967

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

A equipe campeã em 1967

União Agrícola Barbarense Futebol Clube completa hoje 107 anos, fundado em Santa Bárbara d'Oeste, no interior do estado de São Paulo, no dia 22 de novembro de 1914. Conhecido como Leão da 13, com uniforme alvinegro, conquistou seu primeiro título como profissional em 1967, que foi a Segunda Divisão Paulista de Profissionais, equivalente a atual Série A3.

O clube estreou no profissional apenas em 1964, quando entrou no quadro da Federação Paulista de Futebol, e seu jogo de estreia não foi dos mais felizes diante do Alumínio, teve uma derrota de 3 a 1, por uma partida válida pela pela 3° Divisão de Acesso.

Três anos depois da sua temporada de estreia no profissional, o clube conseguiu seu primeiro título. Foi campeão do Paulistão da 2° Divisão, um time que era comandado pelo técnico Carlos Verginelli (Lilo), na equipe do alvinegro constavam: Wilson Mancha Negra,Tato, Guidão, Joca, Ademir Gonçalves, Fandão, Pireli, Zé, Dênis Moço, Zezé, Esquerdinha Guedes, Zé 21, Nadico, Ditinho Flecha, Chicão Preto, Catula, Odair e Zamuner. E Casemiro Alves da Silva, o conhecido Pinguim, 86 anos, que comandava a diretoria do União Barbarense em 1967, foi presidente por cinco anos.

A conquista aconteceu após uma vitória diante do Fernandópolis por 3 a 0, em Araraquara, mas o título só pode ser comemorado na estrada, pois defendia de outro resultado para que a equipe fosse campeã. Pinguim lembra do futebol de antigamente com mais raça, mais responsabilidade. "Os jogadores não visavam tanto o dinheiro como hoje. Alguns jogavam sem receber", salienta.

Na campanha do título, o União fez ótimos jogos e passou na primeira fase com certa tranquilidade. Na primeira fase passaram os líderes dos quatros grupos, e o Leão da 13 teve a melhor campanha de todos, com 25 pontos em 16 jogos, foram 11 vitórias, 3 empates e 2 derrotas. Já na segunda fase, que foi a decisiva, foi o grupo com os quatros classificados, que consagrou a equipe campeã com 5 pontos, obtendo duas vitórias e um empate. O vice foi o São Bento de Mrília que teve uma vitória e dois empates.

Na mesma temporada do título, o União decidiu adotar "Leão da 13" como mascote do clube, em homenagem aos torcedores fiéis que apoiavam com garra o time (como leões). A expressão foi dada pelo Pinguim e Zinhao, após uma briga em Serra Negra, quando os poucos torcedores do Santa Bárbara enfrentaram a torcida adversária. "Eles foram verdadeiros leões e como o União ficava na Rua 13 o nosso time passou a denominar-se Leão da 13".


Para Pinguim o grande ídolo no futebol local foi o artilheiro Zé 21. "O Zé era perfeito. Sabia como fazer gol. Se atuasse hoje, estaria na Europa". Além do título, o ex-presidente ressaltou outro momento bom, que foi a inauguração da parte social. "Tenho saudade do que fiz, e tudo foi com muita vontade, com amor e para o bem do União", disse.

Após o primeiro título, o clube teve algumas conquistas importantes também, mas demorou para ser campeão novamente. Voltou a ocorrer em 1998, quando levantou a taça do Campeonato Paulista Série A2 e no ano seguinte ganhou o Campeonato Paulista do Interior. Mas a conquista mais importante aconteceu em 2004, quando o clube ganhou o Brasileiro Série C e foi o último título do clube.
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