Luto! Morre Zé do Amendoim, figura carismática do futebol santista

Victor de Andrade

Foto: reprodução

Edvaldo Bezerra, o Zé do Amendoim

O futebol santista está de luto! Faleceu nesta segunda-feira, dia 8, Edvaldo Bezerra, o Zé do Amendoim, um dos personagens mais icônicos dos estádios da Baixada. Ele vinha lutando contra um câncer na laringe e não resistiu ao tratamento. Zé do Amendoim estava com 68 anos

Quem acompanhava os jogos dos times da região, principalmente nos da Briosa já estava acostumado aos gritos de "Amendoim", "Eu não vendo paçoca" ou "Que Zé! Zé é nome de trouxa. É José". Era ele, com sua lata de amendoim torrado, quentinho, que era vendido a preços módicos. Aliás, o apelido Zé vem justamente da última fala, repetida sempre que havia algum jogo.

As partidas de futebol com ele passando, vendendo o seu produto, eram mais divertidas. Zé do Amendoim sempre estava bem humorado, 'dando agá', como ele mesmo falava, reclamando quando alguém perguntava se ele vendia paçoca, refrigerante, pipoca ou outro alimento. No fim, todos caíam na gargalhada.

No jogo em que a Portuguesa Santista decidiu o acesso contra o Barretos, no Paulistão A3 de 2018, Zé, como promessa, vendeu paçoca porque todos os ingressos para a partida no Estádio Ulrico Mursa foram vendidos. Sempre no bom humor que o caracterizava.

Edvaldo é conhecido há muitos anos pelos clássicos amendoins que vende no estádio da Portuguesa Santista e também por estrelar vários vídeos da TV Briosa, no canal do YouTube e nas redes sociais do time santista, inclusive já sendo personagem em reportagens de programas da TV Globo.

Zé do Amendoim, quando mais novo, foi músico e tocou na noite santista. Inclusive, ele também vendia amendoim na Rua XV, principal ponto de happy hour de Santos, e não era raro alguns dos grupos que tocavam no local deixarem ele dar uma palhinha.

Desde o ano passado, Edvaldo lutava contra o câncer na laringe. Chegou a ser internado na Santa Casa de Santos em algumas oportunidades, inclusive a Portuguesa Santista deixou à disposição o seu departamento médico. Mas, nesta segunda-feira, dia 8, ele nos deixou.

Nascido em Itaporanga d'Ajuda, no Sergipe, ele deixa esposa, três filhos e sete netos. Ainda não há informações sobre o velório de Edvaldo. Vá com Deus, Zé! Nós sentiremos a sua falta.