Maestro Didi e a Seleção Brasileira

Com informações da CBF
Foto: arquivo

Didi completaria 94 anos

Este oito de outubro amanhece sob ares de nobreza dentro do futebol brasileiro. Maior personificação da mais pura classe dentro das quatros linhas, o eterno maestro Didi completaria 94 anos nesta sexta-feira, 8 de outubro. Bicampeão mundial com a Seleção Brasileira na Suécia (1958) e no Chile (1962), o Maestro abrilhantou não só a história da Amarelinha, mas também dos clubes por onde desfilou sua categoria com a bola nos pés.

O Maestro dava o tom quando entrava em campo. Eram seus pés que ditavam o ritmo das partidas. Sua genialidade não fazia cerimônia: os toques magistrais, a visão de jogo brilhante e o absoluto controle dos movimentos de campo colocavam a batuta do futebol nas mãos de seu mais digno regente. Pela Seleção Brasileira, disputou três Copas do Mundo: 1954, 1958 e 1962.

Eliminado nas Quartas de Finais em sua primeira participação em Mundiais, Didi se sagrou campeão nas duas outras edições em que defendeu o Brasil. Essencial para o bicampeonato, o maestro da Amarelinha foi nomeado o melhor jogador da Copa de 1958, fato que lhe rendeu o apelido de “Mr. Football”, tamanha sua dominância no campo de jogo. O craque disputou 15 partidas em Mundiais: foram 11 vitórias, três empates e apenas uma derrota, com três gols anotados pelo Maestro. Em toda trajetória pela Verde e Amarela, desfilou sua cadência refinada em 75 oportunidades.

Dono de uma elegância sobrenatural no trato com a bola, o jovem Waldir Pereira iniciou sua trajetória profissional em 1946 no Americano-RJ, clube de Campos dos Goytacazes (RJ), cidade natal do gênio. Três anos mais tarde, chegou ao Fluminense-RJ, onde ganhou projeção nacional e passou a encantar o Brasil com sua magia. Desde o começo, Didi provava estar destinado a marcar seu nome no futebol brasileiro. Foi do craque o primeiro gol da história do Maracanã, anotado na abertura do estádio em 1950.

Defendeu ainda as camisas de grandes clubes como Botafogo, São Paulo e Real Madrid (ESP). Didi também ficou eternizado no futebol como o inventor da “Folha Seca”, uma maneira de bater na bola que tornava a trajetória da finalização imprevisível, como o movimento de uma folha seca ao cair. Mais um exemplo da genialidade e dos toques mágicos criados a partir dos pés do “Mr. Football”.


O bicampeão mundial se aposentou dos gramados em 1966, e seguiu para a área técnica. Como treinador da seleção peruana, classificou o país para a Copa do Mundo de 1970. Treinou ainda diversos clubes brasileiros e estrangeiros até se aposentar de vez do futebol. O “Príncipe Etíope”, apelido cunhado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues em alusão ao porte físico e categoria do craque, faleceu em maio de 2001, vítima de um câncer.

Sinônimo-maior de elegância e classe em campo, Didi deixou sua marca na história do futebol brasileiro. Gênio de estilo único e particular, virou um craque bossa-nova: aportou requinte à simplicidade e fez do toque de bola sua melodia mais ritmada.
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