A passagem de Friaça pela Ponte Preta

Por Fabio Rocha e Victor de Andrade
Foto: arquivo

Um dos grandes do futebol brasileiro na década de 40, Friaça jogou na Ponte em 1953

O ex-atacante Albino Friaça Cardoso, o Friaça, foi um dos grandes jogadores brasileiros na virada dos anos 40 e 50. Conhecido por ter defendido São Paulo e Vasco, no Expresso da Vitória, e ter feito o gol da Seleção na fatídica derrota para o Uruguai, por 2 a 1, na Copa de 1950, ele, que nasceu em 20 de outubro de 1924, teve uma passagem inusitada pela Ponte Preta, em 1953.

Friaça nasceu na cidade de Porciúncula, no estado do Rio de Janeiro, e logo quando começou a jogar, no Ipiranga de Carangola, se destacou por atuar em qualquer uma das posições do ataque com desenvoltura. Foi bem em um amistoso contra o Vasco da Gama, que o levou para a então capital federal. No Gigante da Colina, conquistou tudo o que era possível e em 1949 foi para o São Paulo, quando foi convocado para a Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1950.

Após o Mundial, voltou ao Vasco, por onde jogou mais duas temporadas, e em 1953, para a surpresa de muitos, desembarcou em Campinas, onde foi defender a Ponte Preta. A contratação causou alvoroço no interior de São Paulo, já que era um jogador que havia defendido a Seleção Brasileira um ano antes, no Campeonato Pan-Americano de futebol, onde conquistou o título, e no ano seguinte foi para a equipe campineira.

A Ponte Preta queria surpreender no Campeonato Paulista daquele ano e é claro que Friaça seria sua grande atração. A Macaca até não foi mal na competição, terminando em sexto na competição que foi conquistada pelo São Paulo, ex-clube do atacante.

A equipe campineira, que teve 10 vitórias, oito empates e 10 derrotas no torneio, ficou uma posição à frente do Santos, que passaria a dominar o futebol do estado dois anos depois, mas ficou atrás do rival Guarani, o que não caiu bem entre os torcedores ponte-pretanos.

O sonho da Ponte Preta ter Friaça em sua equipe durou apenas um ano. Em 1954, o atacante foi para a sua terceira passagem pelo Vasco da Gama, onde ficou mais dois anos. Para a dor dos torcedores ponte-pretanos, Friaça voltou para Campinas em 1957, mas para jogar no Guarani, onde ficou até 1958 e encerrou a carreira.


Anos mais tarde, com o trágico falecimento do filho Ricardo em um acidente de Asa-Delta em 1992, Friaça entregou seu destino ao cruel vício do álcool, o que rapidamente comprometeu sua saúde. Apresentando memória comprometida depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), Albino Friaça Cardoso faleceu em Itaperuna (RJ), no dia 12 de janeiro de 2009.
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