Clodoaldo - O herdeiro do grande Zito

Por Guilherme Guarche, do Centro de Memória do Santos FC
Foto: arquivo

Clodoaldo foi um dos jogadores que mais vestiram a camisa do Santos

Clodoaldo Tavares Santana, filho de Irineu Vicente Santana e Petrina Tavares de Almeida, veio ao mundo em um domingo, 25 de setembro de 1949, na cidade de Itabaiana no Agreste Sergipano, distante 54 km da capital Aracaju, em Sergipe. Veio para São Paulo ainda cedo e se tornou um grande jogador, ídolo no Santos FC.

Clodoaldo, que tinha desde a infância o apelido de “Corró”, fez sua primeira apresentação como profissional com a camisa do Peixe em um amistoso na catarinense Blumenau em 5 de junho de 1966, na vitória pelo placar de 2 a 0, com gols de Coutinho e Amauri. O jovem médio-volante tinha 16 anos, oito meses e onze dias.

Luiz Alonso Perez, o técnico Lula, estava em seu último ano no clube e mandou a campo a seguinte formação: Laércio, Oberdan (Zé Carlos), Mauro, Haroldo e Geraldino; Joel Camargo (Clodoaldo) e Salomão; Amauri, Coutinho (Wilson), Toninho (Del Vecchio e Abel).

No ano seguinte, Clodoaldo tornou-se titular absoluto na posição ao substituir o grande capitão José Ely de Miranda, o Zito, de quem herdou a camisa cinco.

Em uma partida no Pacaembu, Zito, na hora da distribuição as camisas aos jogadores no vestiário, chamou o técnico Antoninho e falou em alto e bom tom para que todos ouvissem: “A camisa cinco, a partir de hoje é desse moleque”.

Sempre que se lembra desse episódio, Clodoaldo se emociona com as palavras de seu ídolo, pois sabia que seria uma grande responsabilidade substituir o mestre Zito. “Nunca me esqueci desse gesto do Zito, sempre tive um carinho muito grande por ele”.

Aos poucos Corró foi se acostumando a ser um verdadeiro xerife na frente da zaga santista e os títulos de campeão nos paulistas de 1967/68/69 foram a vitrine para que ele se firmasse na Seleção Brasileira.

A convocação para o Selecionado Nacional em 1968, e a participação na conquista do Mundial no México, coroaram sua trajetória com a camisa canarinho. Em 1972, outra marcante conquista com a Seleção foi a Taça Independência no Brasil.


Pouco antes da Copa do Mundo da Alemanha em 1974, o destemido médio volante santista, que não gostava de perder uma só dividida, foi cortado do grupo por motivo de contusão.

O líder dos Meninos da Vila - Em 1978, ele ganhou seu último título no Santos liderando um grupo de garotos que eram chamados pelo treinador Chico Formiga de Meninos da Vila. Problemas constantes no joelho abreviaram sua despedida do futebol.

E insatisfeito com essas dores ele vestiu pela última vez a camisa do clube que tanto amou e até hoje ama, no dia 26 de janeiro de 1980, no estádio que viu seu futebol nascer e crescer, a Vila Belmiro, no amistoso vencido pela Seleção da Romênia por 1 a 0.
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