Por Guilherme Guarche, do Centro de Memória
Colaboração de Wesley Miranda, da Assophis
Foto: arquivo
Zito foi o capitão do grande Santos que dominou o mundo
Se estivesse vivo José Ely Miranda, nosso eterno capitão Zito completaria nesse dia 8 de agosto, 89 anos. Natural de Roseira, interior de São Paulo, Zito foi contratado junto ao Taubaté, se tornando peça fundamental na história do Santos FC.
Médio volante que dosava muita raça e muita técnica, líder e capitão da geração de ouro, Zito fez 733 jogos com a camisa do Santos (terceiro que mais atuou) marcando 58 gols conquistando 22 títulos confederados e outras dúzias ao redor do planeta, muitos deles erguendo a taça como capitão.
Na Seleção - O maestro do meio campo santista fez 51 jogos pelo selecionado brasileiro, com 39 vitórias, cinco empates, sete derrotas e três gols anotados pelo escrete canarinho. Em 10 jogos, coube a Zito a faixa de capitão, sua marca maior no Santos. Em Copas do Mundo, foram 10 jogos com nove vitórias e um empate. Invicto!
Belíssima definição de Ugo Giorgetti, colunista do Estadão - “Zito não era cabeça de área, volante de contenção ou qualquer uma dessas “especialidades” que andam por aí. Era alguém que defendia e atacava sempre que achava necessário. Não errava passe, e de sua visão privilegiada do jogo dava instruções aos demais. Às vezes ásperas. Era comum vê-lo dando uma chamada dura em Pelé, que abaixava a cabeça e não retrucava.
Quando Pelé chegou ao Santos Zito já era um ídolo. Fez parcerias inesquecíveis. Primeiro com Walter, um talentoso e prematuramente falecido meia, depois com o grande Jair Rosa Pinto. Fora outros que transitavam por perto dele, como Urubatão e Formiga. Lima e Mengálvio vieram depois. Era com essa gente que Zito tinha de se haver.
Profundamente respeitado, com sua cara séria e seu sotaque de Roseira que nunca perdeu, pressionava companheiros e árbitros. Sem gesticular muito, sem levantar muito a voz, colocava todos em seus devidos lugares. Eram outros tempos, de jogadores que sabiam que a vida era dura e o jogo, jogado.”
Zito nos deixou no dia 14 de junho de 2015 - Essa é a sexta vez que a data é celebrada sem a presença física do homem, marido, pai, avô, amigo, jogador, exemplo de caráter, liderança, humildade e tantas outras qualidades que lhe cabia! Esteja onde estiver, parabéns ZITO, você é eterno!
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