Em nota, Brusque afirma que Celsinho, do Londrina, fez "falsa imputação de racismo"

Com informações do Lance!
Foto: reprodução SporTV

Celsinho após o jogo contra o Brusque

Em nota, o Brusque Futebol Clube acusou o meia Celsinho, do Londrina, de "falsa imputação de racismo" durante o empate sem gols deste sábado. O atleta, que já sofreu ataques racistas duas vezes nesta Série B, relatou ter sido xingado por uma pessoa que assistia à partida no estádio. O clube catarinense contudo, afirmou que nenhum dos seus diretores cometeu o crime.

"O Brusque F.C., sua torcida, diretoria, comissão técnica e patrocinadores sempre foram, ao longo da sua história, absolutamente respeitosos com relação a todos os princípios que regem as relações desportivas e humanas. Jamais permitiríamos qualquer atitude de conotação racista em nosso Clube, que condena veementemente qualquer pensamento ou prática nesse sentido", iniciou o clube.

"O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira "perseguição" ao mesmo. Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de "macaco", mas sim que teriam dito "vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha", o que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos", escreveu em nota.

"O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artificio esportivo, nem, tampouco, com oportunismo", completou o Brusque.

Após a partida, o meia Celsinho confirmou em entrevista que foi vítima de racismo por uma pessoa que estava nos camarotes, inclusive apontando quem ele percebia ser o autor das ofensas. "De fato aconteceu, eu não sei ele faz parte da comissão técnica, da diretoria, é aquele senhor de vermelho que se encontra no camarote. De fato eu também não entendo o porquê de tantas pessoas assim, num protocolo, em uma situação que ainda não estão liberados os torcedores, nós temos uma quantidade, é lamentável", disse o atleta.

"Ainda mais se tratando de um ato desses, mais uma vez, é inadmissível. E pode ter certeza, uma equipe de porte médio/baixo, recém promovida a uma Série B do Campeonato Brasileiro, estar cometendo um ato desses, então é inadmissível", completou Celsinho, que também falou que vai tomar as medidas cabíveis.

Ainda nesta Série B, em um empate sem gols contra o Goiás, o narrador e o comentarista da Rádio Bandeirantes Goiânia também fizeram ataques ao meia, falando de maneira pejorativa do cabelo de Celsinho. E em confronto contra o Remo, o atleta também ouviu ofensas ao seu cabelo afro pelo narrador da Rádio Clube do Pará.


Jogadores do Brusque combateram o racismo nas mídias sociais - Na noite deste domingo, 29, jogadores do Brusque utilizaram as redes sociais para se posicionar contra o racismo. As mensagens foram publicadas minutos após o clube, por meio da conta oficial, divulgar uma nota acusando o jogador do Londrina, Celsinho, de “oportunismo”, depois do atleta acusar membros da direção da equipe catarinense de promoverem ofensas racistas. Entre os jogadores que se posicionaram, estão o lateral-direito Edilson, o meio-campo Diego e o atacante Edu, que publicaram uma imagem contra o preconceito racial.

Poucos minutos após o texto ser publicado, o termo “Brusque” foi citado por quase 10 mil usuário da rede social, sendo o quarto assunto mais comentado. Os usuários criticaram a postura do clube, que acusa o atleta de ser “oportunista” e que tomará “medidas cabíveis” contra a acusação do atleta.
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