A boa fase de Adriano Gabiru no Atlético Paranaense

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Adriano Gabiru em ação pelo Atlético Paranaense contra o São Paulo

Nesta quarta-feira, dia 11 de agosto de 2021, Carlos Adriano de Souza Vieira, popularmente conhecido como Adriano Gabiru, está completando 44 anos de idade. Autor do talvez gol mais importante da história do Internacional, o do título Mundial de 2005, foi em outra equipe onde realmente teve boa fase: no Atlético Paranaense (na época com a grafia sem o h), entre 1998 e 2004.

Depois de jogar nas categorias de base e no time profissional do CSA de Alagoas, onde foi campeão estadual em 1997, dividindo o meio-de-campo com Deco, que faria sucesso na Europa, o Atlético Paranaense contratou o meia em 1998, que muitas vezes era chamado apenas de Adriano. Comandado por Abel Braga, Gabiru fez parte do poderoso quarteto do Furacão junto com Kelly, Lucas e Kléber. Logo em seu primeiro ano, conquistou o Campeonato Paranaense.

Na temporada seguinte, o Atlético venceu o Torneio Seletivo da Libertadores. O time do Sul precisou passar pela primeira fase enfrentando a Portuguesa. O placar agregado de 3 a 3 e o Furacão garantiu a sua classificação para as oitavas de final por conta do critério dos gols fora de casa ao perder a primeira partida por 3 a 1 e vencer a segunda por 2 a 0. Na fase seguinte, o time paranaense passou pelo seu maior rival Coritiba. Nas quartas de final enfrentou o Internacional, nas semifinais eliminou o São Paulo e chegou na grande decisão diante do Cruzeiro. Na final, o Rubro-Negro venceu o primeiro jogo por 3 a 0 e perdeu o segundo por 2 a 1. Com isso, Gabiru ganhava mais um título com a camisa do clube.

No Brasileirão de 1999, o Atlético Paranaense fez uma boa campanha mas acabou não conseguindo se classificar para a fase de mata mata, terminando na 9ª colocação. Nesta edição, o Adriano anotou seis gols em 20 jogos com a camisa do Furacão. Já na Copa do Brasil, o clube do Paraná chegou na semifinal, mas acabou sendo eliminado pelo Botafogo, que seria o vice campeão do torneio ao perder para o Juventude na decisão. Gabiru marcou três gols na caminhada da equipe na copa nacional.

Em 2000, logo no início da temporada, foi campeão do Pré-Olímpico, disputado no Brasil, com a Seleção. Porém, na lista final para os Jogos de Sidney, ficou de fora. Gabiru também chegou a entrar em campo pelo time paranaense em algumas oportunidades, já que acabou sendo emprestado para o Olympique de Marseille. Por outro lado, o meia havia conquistado o seu segundo título estadual, com direito a marcar o gol no primeiro jogo da decisão.

Atuou também em jogos de Libertadores e Copa do Brasil. Na competição continental, o Furacão foi eliminado pelo Atlético Mineiro nas oitavas de final na disputas de pênaltis, depois de ter feito a melhor campanha na primeira fase. Já no torneio nacional, a equipe rubro-negra acabou caindo para o Cruzeiro, que venceu a competição em cima do São Paulo. Gabiru acabou não marcando gol para o Atlético.

Quando retornou do período de empréstimo, foi uma peça importantíssima para o elenco na conquista de mais um Campeonato Paranaense e do Campeonato Brasileiro de 2001. Jogando junto com Kléberson, Kléber Pereira e Alex Mineiro, deu assistências para seus companheiros de equipe e ainda contribuiu com três gols na trajetória do título brasileiro vencido em cima do São Caetano.

No ano de 2002, o Furacão foi campeão do Supercampeonato Paranaense. Por conta da conquista do título nacional na temporada anterior, o Rubro-Negro disputou mais uma vez a Taça Libertadores da América. Neste ano, o Furacão não fez boas campanhas. O clube terminou na 14ª colocação no Brasileirão (competição na qual Gabiru marcou um três gols) e foi lanterna do seu grupo na competição continental (com o meia marcando apenas um tento).


Em 2003, Gabiru teve números melhores em relação a temporada anterior. Marcou seis gols em 32 jogos que disputou pelo Campeonato Brasileiro. O Furacão terminou na 12ª colocação e ficou quatro pontos atrás do Figueirense, o último clube dentro da zona de classificação para a Copa Sul Americana de 2004. Na Copa do Brasil disputou todos os quatro jogos do clube na competição e fez um gol. Nesta edição do torneio nacional, o Furacão foi eliminado pelo Sport Recife na segunda fase da competição.

Após sua atuar por tanto tempo com a camisa do rubro-negro paranaense, Adriano Gabiru ainda foi jogar no Cruzeiro por empréstimo e depois jogou em clubes como Internacional, Figueirense, Sport, Goiás, Guarani, Mixto, Corinthians-PR, outra passagem CSA, Guarany de Bagé, Combate Barreirinha, Botafogo-ES, Panambi e Taboão da Serra, clube onde encerrou sua carreira como jogador de futebol profissional em 2017.
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