Agnaldo Timóteo - Um apaixonado que fez loucuras pelo Botafogo

Foto: divulgação Botafogo FR

Agnaldo Timóteo com o ex-jogador Paulo César Caju e a camisa do Botafogo na mão

Faleceu na manhã deste sábado, dia 3 de abril, aos 84 anos, o cantor Agnaldo Timóteo, vítima do covid-19. O artista foi hospitalizado no último dia 18 de março e não resistiu às complicações da doença. Mas uma das maiores paixões dele era o Botafogo.

Mineiro de Caratinga, Agnaldo era torcedor fanático do Botafogo. O clube utilizou suas redes sociais para se despedir o artista. “Com muita dor, o Botafogo lamenta a morte de Agnaldo Timóteo, cantor e compositor brasileiro, botafoguense apaixonado. O Clube deseja conforto aos amigos e familiares neste momento difícil”, escreveu.

Agnaldo Timóteo era tão fanático pelo Botafogo que já cometeu uma loucura em nome do time. No Brasileirão de 1984, o cantor invadiu o gramado de São Januário para cornetar a equipe e, especialmente, o atacante Cláudio Adão. O jogador havia acabado de perder o pênalti que manteria o time vivo na competição e o alvinegro foi derrotado e eliminado pelo Operário de Campo Grande.

O Botafogo precisava de uma vitória, mas acabou derrotado por 1 a 0 e eliminado da competição nacional, causando a revolta no então deputado federal, eleito com a sigla do PDT pelo estado do Rio de Janeiro.

"O Botafogo perdeu o jogo para o Operário de Várzea Grande no Rio e está fora da Taça Brasil. Inconformado com o pênalti que Cláudio Adão perdeu, o deputado Agnaldo Timóteo invadiu o campo, paralisou o jogo e foi advertir o jogador. Tudo feito com a complacência do árbitro Edson Alcântara", narrou Léo Batista no VT da matéria.

"O árbitro não podia me prender. Eu era deputado! (gargalhada)", se divertiu Timóteo ao comentar a cena em um programa de televisão, anos depois do acontecido.

Outros "causos" com o Botafogo acompanharam a vida de Timóteo, como a vez em que parou na frente da extinta TV Tupi, na Urca, para brigar com comentaristas que criticavam o Alvinegro. Na porta, esbarrou com seguranças que lhe pediram autógrafos e acabou se acalmando. O cantor estava nervoso com as críticas aos jogadores do clube que serviam à seleção comandada pelo também alvinegro João Saldanha.


Certa vez, no Espírito Santo, na década de 60, decidiu acertar sua agenda de shows para voltar a tempo de um clássico entre o Bota e o Flamengo. Mas a chuva na Rio-Bahia fez o veículo atolar, e ele mesmo, à época uma estrela, desceu dos conhecidos tamancos para empurrar o ônibus de volta. Deu certo, e o Glorioso bateu o rival.

Velório de Garrincha - Em tempos difíceis para o Glorioso, Agnaldo Timóteo chegou a ajudar financeiramente o clube. Além de pagar "bicho" e outras contas para as divisões de base, também custeou o velório e o enterro de Mané Garrincha, maior jogador da história do Botafogo e um dos gigantes da seleção brasileira. Em Magé, onde nasceu o craque, a lápide que leva a mensagem "Aqui descansa em paz aquele que foi a alegria do povo" foi pensada e paga pelo cantor.
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