O que a torcida santista pode esperar do jogo de Ariel Holan

Por Lucas Paes
Foto: Getty Images

Ariel Holan deve ser o novo treinador do Santos

O anúncio de Ariel Holan como treinador do Santos parece questão de tempo. Em alguns veículos, noticia-se que de fato é isso mesmo que ocorre, já que o Santos simplesmente aguarda a confirmação da classificação a Libertadores para que seja dada tranquilidade a Cuca. O argentino chegará trazendo esperanças ao torcedor santista, mas o que o Alvinegro Praiano pode esperar do futebol da equipe de Ariel Holan? Essa é a grande pergunta que o torcedor alvinegro se faz.

Assim como Sampaoli, que fez muito sucesso na Vila Belmiro em 2019, Holan é adepto do futebol ofensivo, de jogar com a bola e de ser protagonista do jogo. Os times dele costumam ter como características a pressão quase que constante no campo de ataque, as variações de posição buscando confundir a defesa adversário e a chegada com muitos jogadores dentro da área.


A construção de jogo dos times de Ariel costumam começar desde o campo defensivo, passando pelos zagueiros e volantes, com a hoje já difundida saída em três, ou Lavolpiana, como é obviamente mais conhecida. Os pontas, que se tudo der certo seguirão sendo a mortal dupla Marinho e Soteldo no Santos, jogam muito abertos, buscando dar amplitude ao ataque. As linhas defensivas e ofensivas costumam também atuar muito próximas, o que é bom, mas pode gerar surpresas em um contra-ataque. Se perdem a bola, os jogadores costumam fazer a pressão para recupera-la o mais rápido possível.

O estilo de jogo em si é de fato semelhante ao de Sampaoli, porém Holan é mais conservador em mudar o esquema de seu time. Não é a toa que Holan, Beacaccece e Sampaoli foram cogitados pelo Peixe no mesmo período, pois os três possuem ideias de jogo que de fato são bastante semelhantes. Num time marcado por uma quase ideologia em busca do jogo ofensivo, a tendência é que o torcedor de fato prefira um jogo vertical e artilheiro, como eram os melhores times da história do Santos, guardadas as devidas proporções de época e, é claro, de qualidade.


Segundo contou um artigo do portal goal.com, os métodos de treino de Ariel são mais focados em tecnologia e exercícios específicos para cada setor e cada posição em campo. Algo que parece ser a chave para a decisão santista é que o ex-treinador da Universidad Católica gosta muito de trabalhar com as categorias de base, usando muito de jogadores jovens e em alguns momentos fazendo preferência por eles à pedir reforços. A base, como muitos sabem, é outra "entidade sagrada" do Santos.

É importante que o torcedor santista compreenda que, mesmo que o time de Holan, caso ele de fato se confirme como treinador, jogue de uma maneira que possivelmente seja bonita e agradável, o argentino é contratado para comandar um processo de reconstrução a longo prazo. Possivelmente, haverão percalços ao longo do caminho, mas, e aqui já entra a opinião de alguém que também é um torcedor e que é um fã incondicional do time de 2019, provavelmente valerão a pena alguns sofrimentos se a reconstrução vier com uma marca de jogo que esta encrustada no "ethos" do Santos. Ataque, posse de bola, futebol "bonito" e, é claro, gols. Que esses gols possam, finalmente, significar taças.

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