O início de Basílio na Portuguesa

Com informações do Memória do Esporte
Foto: arquivo

Basílio, pela Portuguesa, enfrentando o Corinthians

João Roberto Basílio nasceu dia 4 de fevereiro de 1949, no bairro da Casa Verde, Zona Norte de São Paulo. Ele não foi um personagem histórico como estudamos no grupo escolar, mas conseguiu livrar uma nação de um sofrimento que durou exatamente vinte dois anos, oito meses e uma semana, quando no dia 13 de outubro de 1977, marcou um gol pelo SC Corinthians Paulista que deu felicidade a mais de 20 milhões de pessoas. Porém, antes disso, ele jogou, e muito, pela Portuguesa de Desportos

Nunca foi um craque de futebol. Embora regular, era incapaz de fazer jogadas geniais como seus contemporâneos Ademir da Guia, Rivelino e Pedro Rocha. Porem, compensava a falta de magia com a fibra e a sorte dos guerreiros. Sua carreira é, na maioria das vezes, resumida a um único dia, quando recebeu dos céus a bênçãos de marcar o gol que fez do Corinthians, o segundo time mais popular do país, novamente campeão. Muitas vezes reclamou desse rótulo de jogador de uma partida só, achando-se injustiçado. Mas no fundo ele sabe que, por esse feito, sua caricatura estará para sempre tatuada na pele alvinegra.

Basílio começou jogando como centroavante no Cruz da Esperança, time varzeano da Casa Verde. Descoberto por olheiros da Portuguesa de Desportos, rumou para o Canindé em 1964, quando se integrou ao quadro dos juvenis. A essa altura, devido ao seu mirrado físico, já fora deslocado de posição: em vez de trombar com os fortes zagueiros na área, tinha agora como tarefa recuar para a meia direita a fim de servir os atacantes mais robustos.

A partir de 1966, começou a concentrar com os profissionais, onde encontrou jogadores de alto nível, como Leivinha e Ivair. Durante três anos ficou na reserva desses grandes craques, tentando aprender o máximo da técnica dos dois. Foi efetivado no quadro principal em 1969, quando Leivinha foi jogar no Palmeiras.


Coube ao menino Basílio, com 20 anos de idade, suprir a ausência do ex-titular. No entanto, Basílio caiu bem no time da Lusa do Canindé. Quatro anos mais tarde, ele fez parte da última geração vitoriosa do time rubro-verde.

Foi campeão da Taça São Paulo e do Campeonato Paulista de 1973, no famoso título dividido com o Santos devido à incompetência aritmética do juiz Armando Marques na cobrança dos pênaltis. Neste dia, 26 de agosto de 1973, a Portuguesa jogou com; Zecão, Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco e Basílio; Xaxá, Enéas, Cabinho e Wilsinho.

Basílio nasceu para cumprir uma missão na terra, renovar o orgulho e a esperança de um povo. Em 1975, deixou a Lusa e foi para o Corinthians. O predestinado virou figura intocável na memória da Fiel torcida corintiana com o gol de 1977.
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