Junqueira - O zagueiro que virou estátua no Palmeiras

Por Lucas Paes

Foto: Arquivo

Junqueira é um dos maiores ídolos do Palmeiras

Neste dia 26 de fevereiro completaria 111 anos um dos maiores ídolos da história da Sociedade Esportiva Palmeiras. O zagueiro Junqueira, que de tanta qualidade e de tamanhos serviços prestados ao Verdão, virou estátua no Palestra Itália, ganhando um busto em bronze, um privilégio que poucos conseguiram depois do zagueiro que representou o Palestra e o Palmeiras durante a carreira inteira.

Junqueira começou sua trajetória no Verdão quando este era ainda o Palestra Itália, em 1930. Havia chegado ao clube em 1929 e já havia ascendido rapidamente no segundo quadro do time, de onde era o capitão. Já muito jovem, com a soma da revolução constitucionalista e mudanças no clube que fizeram com que jogadores saíssem, virou o capitão, vestindo a braçadeira no tricampeonato estadual de 1932, 1933 e 1934, passando também a capitanear a Seleção Paulista.

Ao longo da década, seguiu sendo o capitão do Verdão, jogando inclusive pela Seleção Brasileira na Copa Roca em 1940, já com 30 anos, de onde acabou preterido no segundo jogo da decisão e o Brasil acabou perdendo. Viveu, como jogador a transformação do clube em Palmeiras, no ano de 1942. Era também titular do clube no titulo conquistado em cima do São Paulo em 1942. Curiosamente, neste ano, também faz um lance heroico num derby, onde salva um gol certo do Corinthians numa bicicleta certeira.

Aposentou-se do futebol em 1945 e chegou a comandar o Palmeiras como treinador, sem obter porém, o mesmo sucesso da carreira como atleta. Ainda nos anos 1940, acabou homenageado com um busto nos jardins do Parque Antártica, homenagem prestada pelos diretores ainda em vida à um homem que havia dedicado sua existência ao Palmeiras.

No total, Junqueira atuou 338 vezes com a camisa palestrina e palmeirense, sem marcar nenhum gol pelo clube, mas ajudando a evitar vários. Conquistou oito estaduais, um Rio São Paulo e outros títulos menores com a camisa verde e branca. É até hoje considerado um dos maiores ídolos da história do clube. Junqueira deixou este mundo em 25 de fevereiro de 1985, há um dia de completar 75 anos, virando para sempre um legado histórico palmeirense.