Os pênaltis precisam deixar de ser o pesadelo da Briosa em 2020

Por Lucas Paes
Foto: Jorge Luis/Audax

Carlinhos desperdiça pênalti diante do Audax

Os pênaltis são uma das situações mais tensas do futebol, seja para quem defende ou para quem ataca. O time que recebe a penalidade, que aliás é a tradução literal do termo penalty, que é de onde vem o nosso nome aportuguesado, tem praticamente a obrigação de marcar o gol, enquanto a defesa sabe que dificilmente uma penalidade máxima evita que o adversário marque, muitas vezes apenas adiando o inevitável. Porém, as vezes os pênaltis à favor são um pesadelo e isso tem ocorrido com a Portuguesa Santista em 2020.

Desde o tempo em que tem vivido um crescimento que permitiu ao clube deixar a situação caótica vivida antes de 2016, a Briosa tinha um desempenho razoável em cobranças de pênalti, passando por cobradores que tinham bom desempenho, como Ricardinho, Lucas Lino, Fernando e principalmente Carlos Alberto. Em 2020, porém, as penalidades máximas viraram um pesadelo para a Briosa, que perdeu pontos importantes no Paulistão da Série A2 devido a cobranças desperdiçadas e mais recentemente, num jogo onde o time esfacelado pelo coronavírus foi extremamente guerreiro, perdeu a chance de trazer um empate do confronto contra o Audax em Osasco devido a outro pênalti perdido.


Demorou algum tempo até a equipe santista ter sua primeira penalidade máxima favorável no ano. Foi apenas no nono jogo na competição, diante do Taubaté, em Ulrico Mursa, que a Briosa desperdiçou uma cobrança de pênalti, com Juazeiro, parando no goleiro do Burro da Central. No jogo seguinte, em Piracicaba, novamente a Briosa desperdiçou uma cobrança, dessa vez com Gabriel Terra parando no goleiro, inclusive no rebote. Curiosamente, quando acertou a primeira cobrança de penalidade, com Kalil, diante do São Caetano, os rubro-verdes foram derrotados por 3 a 1.

A partir daí, o mundo mudou. Veio a pandemia, coronavírus, paralisação e só em agosto tivemos jogos novamente. Só em agosto, a Portuguesa Santista foi finalmente enfrentar o Juventus na Javari e, curiosamente, novamente quando acertou um pênalti a equipe foi derrotada, perdendo por 3 a 2 em dia onde Galego acertou a cobrança. No jogo seguinte, também fora de casa, Galego acabou chutando uma penalidade para fora e desperdiçando a chance do empate diante do Monte Azul. Aquela foi a última penalidade perdida no Paulistão da Série A2. A equipe encerrou a competição tendo cobrado cinco pênaltis, perdendo três e fazendo dois.


Na Copa Paulista, o "pesadelo" da marca da cal veio logo no jogo de estréia, num gramado castigado, diante da Ponte Preta, quando Rodriguinho parou no goleiro Romário. Depois, na terceira rodada, na Rua Javari, diante do Juventus, Léo Costa marcou na vitória rubro-verde por 2 a 0. Finalmente, chegamos na penalidade desperdiçada por Carlinhos no jogo diante do Audax. Somando a Copa Paulista, em oito penalidades no ano, foram cinco desperdícios. Um desempenho no mínimo fraco.

Ainda que os números não sejam tão distantes, o desempenho é assustador quando se pensa em uma competição onde pode vir a acontecer uma decisão por penalidades máximas. No Paulista da Série A2, foram perdidos pontos que poderiam ter classificado a equipe para o mata-mata no desperdício de oportunidades da marca da cal. Na Copa Paulista, a primeira vez em que esse desempenho pode fazer diferença possibilita até uma prematura eliminação. 


Pênalti não é loteria, não é sorte, é treino. Independente de qualquer coisa, é preciso que a Portuguesa Santista foque nos treinamentos envolvendo as penalidades, pois em uma competição de mata-mata, onde eles podem decidir uma classificação, as penalidades máximas não podem, em hipótese alguma, seguirem sendo o pesadelo que tem sido para os rubro-verdes em 2020.
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