Célio Silva e o pênalti que deu o título da Copa do Brasil de 1992 ao Colorado

Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS

Célio Silva 'assumiu a bronca' e cobrou o pênalti que deu o título ao Internacional

O dia 13 de dezembro de 1992 é muito especial para o Internacional. Nesta data, com o Beira-Rio apinhado, o Colorado derrotava o Fluminense, por 1 a 0, e conquistava a Copa do Brasil. O único gol do jogo foi marcado pelo zagueiro Célio Silva, de pênalti, já aos 43 minutos da segunda etapa.

O Internacional começou a caminhada do título batendo o capixaba Muniz Freire. Este, talvez, tenha sido o único confronto fácil para o Colorado naquela competição, já que depois a equipe passou por Corinthians, o rival Grêmio e Palmeiras, este no início da era Parmalat, para chegar à decisão contra o Tricolor Carioca.


No jogo de ida da decisão, três dias antes, nas Laranjeiras, o Colorado perdeu por 2 a 1 para o Flu. Wagner fez 1 a 0 para o Tricolor. Caíco, já no segundo tempo, empatou para o Inter, mas Ézio, o Super Ézio, colocou a equipe da casa novamente em vantagem. Porém, o único gol feito pelo time gaúcho naquele dia deu a possibilidade da equipe ser campeã pelo placar mínimo. E foi isto que aconteceu.

O jogo foi complicado e na hora do pênalti, uma dúvida bateu em todos. Pelo menos é o que conta o parceiro de zaga de Célio Silva, Pinga.

"Dos nossos batedores costumeiros, que sempre treinavam e que ainda estavam em campo, Marquinhos, Maurício e Daniel, ninguém se apresentou. Foi aí que o Célio Silva pegou a bola, colocou embaixo do braço e foi bater. E o Fluminense seguia carimbando e chutando o chão para fazer um buraco na marca da cal. E o Célio sequer trainava pênaltis. Nenhum de nós (zagueiros) treinávamos. Eu fiquei de costas para a cobrança, pois sabia que o Célio furaria a rede ou mandaria a bola na arquibancada. E eu não queria ver. Fiquei olhando para a torcida, esperando a reação. Foi o pior pênalti da história e o gol mais bonito", brinca Pinga, lembrando que o capitão colorado chegou a chutar o chão junto com a bola na cobrança.


Célio Silva ficou marcado pelo chute potentíssimo, que passava tinindo pelas barreiras e estufava as redes adversárias. Além de ter feito o gol de pênalti que deu o caneco para o Colorado em 1992, fez o gol decisivo da disputa de pênaltis contra o Grêmio, fazendo o Beira-Rio ir á loucura, nas quartas da mesma Copa do Brasil.

Em 1993, após a eliminação da Libertadores, Célio Silva se transferiu para o modesto Caen, da França. Até hoje se arrepende de ter saído do Internacional no auge e na condição de jogador de Seleção Brasileira. Há quem acredite que essa ida à Europa custou uma Copa do Mundo ao jogador.
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