44 anos da invasão corinthiana no Maracanã

Com informações do Corinthians
Foto: arquivo Placar

O Corinthians colocou mais torcedor no Maracanã do que o Fluminense

No dia 05 de dezembro de 1976, um jogo entrou para a história do futebol tendo a Fiel como personagem principal. Na tarde daquele domingo, cerca de 70 mil alvinegros rumaram ao Rio de Janeiro e dividiram as arquibancadas do Maracanã nas semifinais do Campeonato Brasileiro, contra o Fluminense, no episódio que ficou conhecido como “Invasão Corinthiana”.

Nos dias anteriores à partida, os presidentes dos times buscavam promover a decisão e deram declarações polêmicas. Francisco Horta, que comandava o time carioca na época, chegou a duvidar da grande presença alvinegra no jogo. "Que os vivos saiam de casa e os mortos saiam das tumbas para torcer pelo Corinthians no Maracanã porque o Fluminense vai ganhar a partida”, afirmou.

Mesmo com a confirmação da transmissão ao vivo para São Paulo, o Bando de Loucos atravessou mais de 400 km e quebrou o recorde de volume de tráfego segundo o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, que foi obrigado a implantar a “Operação Corinthians”.

Desde a manhã do dia 05 de dezembro de 1976, a Fiel já pintava o Rio de Janeiro de preto e branco. Quando os portões foram abertos, às 13h, a torcida alvinegra logo dominou boa parte da arquibancada e cadeiras do Maracanã.

Naquela ocasião, já se passavam mais de 22 anos desde a última vez em que o Corinthians levantou uma taça. A proximidade de acabar com o jejum de títulos fez a Fiel comparecer em peso no estádio carioca, em uma época muito diferente da atual, em que não era tão fácil ir de São Paulo ao Rio de Janeiro.


Em jogo único para saber quem avançaria à final, os mandantes abriram o placar com Carlos Alberto Pintinho. A igualdade veio aos 30 minutos do primeiro tempo. Vaguinho cobrou escanteio, Geraldão cabeceou sem direção, mas Ruço apareceu para emendar uma meia bicicleta e fazer um golaço.

A segunda etapa foi praticamente sem futebol. A tempestade que caiu sobre o Rio de Janeiro deixou o gramado sem condições de a bola rolar. Mesmo assim, o árbitro Saul Mendes prosseguiu com o duelo até o fim, deixando a decisão para os pênaltis.

Na marca da cal, foi a vez de o goleiro Tobias brilhar. Neca, Ruço, Moisés e Zé Maria fizeram para o Timão. Rodrigues Neto e Carlos Alberto Torres pararam no arqueiro alvinegro, e o Corinthians classificou-se para a decisão.
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