As camisas de Alexandre Torres, o filho do Capita

Fotos: arquivo


Está completando 54 anos neste 22 de agosto um ex-zagueiro talentoso, que defendeu dois grandes do Rio de Janeiro, mas que era ofuscado por ser filho de um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, que ainda o chegou a atrapalhar tentando fazer lobby para ele ser convocado para a Seleção Brasileira.

Estamos falando de Carlos Alexandre Torres, ou simplesmente Alexandre Torres, que defendeu Fluminense, Vasco, Nagoya Grampus Eight, do Japão, chegou a fazer um jogo pela Seleção Brasileira e é filho de Carlos Alberto Torres, capitão do Brasil no tricampeonato mundial em 1970 e considerado um dos melhores laterais-direitos da história do futebol.

FLUMINENSE


Alexandre Torres começou no mesmo time que seu pai, o Fluminense, onde chegou em 1980, quando tinha 14 anos. Foi subindo de categoria e subiu para a equipe profissional em 1985, fazendo parte do elenco campeão carioca daquele ano. Porém, os anos seguintes para o Flu foram difíceis, de dificuldades financeiras, mas o zagueiro era um dos melhores jogadores do clube. Em 1991 foi negociado com o Vasco. Fez 218 jogos e marcou 11 gols pelo Tricolor.


VASCO DA GAMA


Alexandre Torres chegou no Vasco da Gama e se consolidou como um dos melhores zagueiros do futebol brasileiro. Enquanto seu pai tentava fazer lobby para que ele fosse convocado para a Seleção, o jogador ia colecionando títulos, como o tri carioca entre 1992 e 1994. Em 1995, o Vasco fez uma reformulação no elenco e o negociou para o futebol japonês. Em 2000, depois de cinco anos na Ásia, voltou para o cruzmaltino, mas sofreu com lesões e concorrência na posição, já que o clube tinha Mauro Galvão, Odivan e Júnior Baiano. Mesmo assim, ainda foi campeão da Copa João Havelange e Mercosul em 2000, encerrando a carreira no ano seguinte. Somando as duas passagens, fez 52 jogos e três gols. Uma curiosidade: o Vasco foi o único dos quatro grandes do Rio que seu pai, Carlos Alberto Torres, não defendeu como jogador.

NAGOYA GRAMPUS


Na metade da década de 90, a recém criada J-League foi um novo oásis para o mercado do futebol mundial e vários brasileiros foram para Japão, entre eles Alexandre Torres. Na terra do sol nascente, o zagueiro tornou-se um dos líderes do Nagoya Grampus Eight, time que defendeu por cinco anos e conquistou a Copa do Imperador em 1995 e 1999, ano em que deixou a Ásia e voltou para o Vasco. Fez 150 jogos e marcou 10 gols pela equipe.


SELEÇÃO BRASILEIRA


Alexandre Torres, principalmente no início dos anos 90, tinha talento de sobra para estar na Seleção Brasileira, ainda mais por ter defendido a camisa amarela na base. Porém, seu pai, Carlos Alberto Torres, fazia pressão pública para a convocação do filho e isto atrapalhou demais a história do zagueiro com a amarelinha. No fim, ele só fez um jogo pela canarinho, entrando no segundo tempo de um amistoso contra os Estados Unidos (vitória por 3 a 0), no Castelão, em Fortaleza, 26 de fevereiro de 1992. Neste dia, Alexandre Torres entrou no time dirigido por Carlos Alberto Parreira no lugar de Ronaldão.
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