Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol, e as cores das camisas da Seleção Brasileira

Foto: acervo CBF

Nilton Santos 'puxando a fila' da Seleção Brasileira em um jogo contra a Inglaterra

O futebol brasileiro, a Seleção e o Botafogo têm muito o que comemorar no 16 de maio. É que neste dia, no ano de 1925, nascia no Rio de Janeiro um dos maiores jogadores da história: Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol. Ele, que faleceu em 2013, só defendeu, em sua carreira, o Fogão e o Escrete Nacional, pegando a transição da camisa branca para a amarela e ainda vestiu azul na decisão da Copa do Mundo de 1958.

Nilton Santos começou sua carreira pelo Botafogo na parte final da década de 40. Não demorou para que seu futebol chamasse a atenção da Seleção Brasileira. Em 1949, foi convocado pela primeira vez por Flávio Rodrigues Costa, para a disputa do Sul-Americano daquele ano. Campeão do torneio continental, Nilton conquistou seu espaço na Seleção, que ainda usava camisas brancas, e foi chamado para a Copa do Mundo de 1950, no Brasil. Sem entrar em campo, fez parte do grupo vice-campeão mundial, que perdeu a final para o Uruguai, no Maracanã. No mesmo ano, conquistou a Taça Oswaldo Cruz e a Copa Rio Branco.

No caminho para a Copa do Mundo de 1954, na Suíça, Nilton Santos conquistou a vaga de titular da Seleção Brasileira. Foi no Mundial de 54, quando o Escrete Nacional passou a usar camisas amarelas, que o lateral fez sua primeira partida de Copa com a camisa da Seleção. Foi titular na vitória por 5 a 0 sobre o México e no empate com a Iugoslávia, por 1 a 1. No terceiro jogo, sofreu sua primeira e única derrota (dentro de campo) em um jogo de Mundial: 4 a 2 para a Hungria, nas quartas de final.

Já mais experiente, Nilton Santos chegou à Suécia como dono da lateral esquerda. Na Copa do Mundo de 1958, ele estava destinado a provar seu valor com a Amarelinha. E começou logo pelo primeiro jogo. Na estreia diante da Áustria, foi dele o segundo gol da Seleção, em um movimento até então incomum para os laterais da época. Como elemento surpresa, Nilton Santos entrou na área austríaca e deu um leve toque por cobertura sobre o goleiro adversário. Um gol de classe, com a categoria que o público presentes não estava acostumado a ver de um lateral.


O triunfo por 3 a 0 sobre os austríacos era um presságio do que seria aquela Copa do Mundo. Após o empate por 0 a 0 com a Inglaterra na segunda partida, a Seleção acumulou quatro vitórias consecutivas, em direção ao título, sendo que na final, contra a Suécia, vestiu camisa de cor azul, como o manto de Nossa Senhora de Aparecida, como fez questão de frisar Paulo Machado de Carvalho, o 'Marechal da Vitória', chefe da delegação.

Em 1962, não foi tão diferente. Aos 37 anos de idade, Nilton Santos era um verdadeiro veterano dentro de campo. Líder pela técnica e pela experiência, ajudou a Seleção na conquista do bicampeonato mundial. Novamente, um empate na segunda rodada evitou os 100% de aproveitamento.

A vitória por 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia, na final da Copa do Mundo, foi a última partida de Nilton Santos com a camisa da Seleção Brasileira. No gramado do Estádio Nacional de Santiago, no Chile, a Enciclopédia se despediu da Amarelinha com a taça Jules Rimet nos braços. Detém, até os dias de hoje, o recorde de mais Copas do Mundo defendendo a Seleção, ao lado de Cafu, Castilho, Leão, Pelé e Ronaldo.
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