Renato Gaúcho na Roma

Fotos: arquivo Roma

Renato Gaúcho com o alemão Ruddi Völler

Renato Gaúcho, como jogador, acumula grandes passagens por Grêmio e Flamengo, onde é ídolo, uma de muito sucesso pelo Fluminense, além de times onde jogou bem, como Cruzeiro (em poucos meses) e Botafogo (onde acabou se queimando por causa de um churrasco com o centroavante Gaúcho, então no Flamengo, logo após a derrotado do Fogão para o rival no primeiro jogo da decisão do Brasileiro de 1992). Porém, há alguns fracassos na carreira do craque, como sua ida ao Atlético Mineiro e a mais conhecida delas: sua grande chance na Europa, na Roma.

Renato Gaúcho havia se consolidado como o grande atacante atuando no futebol brasileiro. Depois do polêmico corte para a Copa do Mundo de 1986, ele virou o grande jogador do Flamengo, mesmo com Zico no time, mas este em fim de carreira. Suas arrancadas e gols alegravam os torcedores flamenguistas e ele foi peça fundamental na conquista do módulo verde da Copa União de 1987.

Após o Campeonato Carioca de 1988, o Flamengo vendeu Renato Portaluppi para a Roma, da Itália, conhecido paradeiro de jogadores brasileiros de sucesso, por US$ 2,7 milhões. Além dele, o Rubro Negro também vendeu o meia Andrade para o time italiano. A chegada do Renato ao futebol italiano foi cercada de expectativa. O treinador Nils Liedholm comparou Renato com o craque holandês Ruud Gullit, afirmando que Renato era o "Gullit branco". Mas o que parecia ser uma transação de sucesso, acabou fracassando.

Renato Gaúcho até começou bem. Ele marcou três gols nos cinco primeiros jogos da Roma na Coppa da Itália. Porém, o que parecia ser sucesso, acabou se tornando fracasso. O único gol que Renato marcou, fora os três já citados, foi contra o Nuremberg, pela Copa da Uefa. Pela Série A Italiana, foram 23 jogos e nenhum gol.

No banco, com Andrade

Vários fatores fizeram com que Renato Portaluppi não desse certo na Roma. Primeiro, inclusive com acusações de companheiros, ele vivia nas noitadas. Por causa disto, jogadores como Massaro e Giannini, sobre o qual disse não ter condições de jogar na terceira divisão do futebol brasileiro, eram acusados de fazerem boicote ao brasileiro. Além disto, Andrade, que poderia dar uma força à Renato, estava pior ainda: fez apenas nove jogos e era acusado de lento demais por quem acompanhava o futebol italiano.

Com tudo isto, no meio de 1989, Renato Portaluppi, que completa 57 anos neste 9 de setembro de 2019, acabou voltando ao Flamengo, pensando na Copa do Mundo de 1990, já que se estivesse atuando pouco, não seria lembrado por Sebastião Lazaroni. Ele até acabou sendo convocado, mas foi pouquíssimo utilizado no Mundial.
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