Demissão de Fernando Diniz faz com que trabalho dele seja refletido

Por Victor de Andrade
Foto: Lucas Merçon/Fluminense

Fernando Diniz foi demitido nesta segunda-feira, dia 19

O Fluminense anunciou na manhã desta segunda-feira, dia 19, a demissão do técnico Fernando Diniz. O Tricolor das Laranjeiras foi derrotado pelo CSA, em pleno Maracanã, por 1 a 0, na rodada deste final de semana, e está em 18º lugar na classificação do Campeonato Brasileiro da Série A, na zona de rebaixamento. O treinador, tão alardeado por apresentar novidades, não conseguiu transformar isto em resultados, o que deve ser refletido.

Em um momento onde o futebol brasileiro exalta o trabalho diferente de Jorge Sampaoli no Santos, que lidera o campeonato, apesar das derrotas nos dois últimos jogos, e também do recente Jorge Jesus no Flamengo, que já é o segundo colocado, seria muito estranho pensar diferente sobre Fernando Diniz. Porém, se for comparar a ideologia de jogo do agora ex-treinador do Fluminense com o do argentino, por exemplo, você vai verificar que Diniz ainda precisa aprimorar alguns conceitos.

É claro que o Fluminense não tem elenco para figurar na ponta do Campeonato Brasileiro, apesar que, vale lembrar, o Flu está nas quartas da Copa Sul-Americana. Porém, o 18º lugar também não condiz com o que é o clube. Quem torce contra vai, é claro, dizer que o Tricolor merece pagar as Séries B que deve, mas não vou entrar neste mérito. A questão é: o que dá errado em um trabalho que é legal de ser visto e elogiado?

A resposta está no sistema defensivo. Não, não estou falando para Fernando Diniz passar a jogar defensivamente, retrancado, e sim que seus times devem ser mais equilibrados. Aqui vai um dado interessante: em 44 jogos, contando o Campeonato Carioca e o início da Copa do Brasil, onde se joga com times de qualidade bem inferior, o Fluminense sofreu 48 gols. No Campeonato Brasileiro, são 25 gols sofridos em 15 jogos. O Santos, por exemplo, sofreu 14 no mesmo número de partidas. Há algo de errado!

O time no ataque é bonito de se ver jogar. O Fluminense cria muitas oportunidades e tem um toque de bola interessante. Com isto, busca resultados improváveis, como a virada contra o Grêmio, em Porto Alegre, ou o empate contra o Cruzeiro na Copa do Brasil. Porém, o time marcou apenas 19 vezes no Brasileirão. Tudo bem, falta qualidade individual em seus atletas e seu melhor finalizador, Pedro, voltou recentemente de contusão. Mas mesmo com um número de gols feitos menor do que se imagina de um time que cria tanto, os gols sofridos são o que pesam mais nesta conta.

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Volto a repetir: não quero que o Fernando Diniz mude sua forma de pensar futebol quando seu time está com a bola no pé. E nisto ele até mudou: lembra quando o Audax saía tocando a bola da defesa mesmo quando não deveria? Ele fez ajustes! Então, o problema não está aí e sim quando está sem ela. Exemplo: o Fluminense, em seu comando, raramente matava os contra-ataques, nem com falta, com desarme na bola ou recomposição rápida. Para um time que joga ofensivamente, sofrer constantes contra-ataques quando se perde a bola pode ser mortal.

E vamos lembrar: aconteceu algo parecido no Athletico Paranaense, no ano passado. Se exaltava o trabalho de Fernando Diniz, por causa dessa filosofia de jogo, mas o Furacão estava na parte de baixo da tabela. O trocaram por Tiago Nunes, que terminou o Brasileirão em sétimo e ainda conquistou a Copa Sul-Americana. Então, há situações que devem mesmo ser revistas. Talvez até um intercâmbio em outro país possa fazer bem a ele.

É claro que a diretoria do Fluminense pouco se importou se o time joga ofensivamente, se é equilibrado, se mata ou não os contra-ataques. Eles olharam a classificação, viram o time em 18º e resolveram trocar o treinador. E vamos ser sinceros: a torcida até foi paciente com a situação da equipe, pois o Tricolor já está nesta posição há muitas rodadas e a arquibancada ainda estava apoiando o treinador, no pensamento de que era algo de diferente. Porém, o resultado com Fernando Diniz mais uma vez não veio. É, tá na hora dele pensar em equilíbrio de jogo.

Abaixo a nota do Fluminense sobre a demissão de Fernando Diniz:
O Fluminense FC desligou, na manhã desta segunda-feira (19/08), o técnico Fernando Diniz. O clube agradece ao treinador e deseja sorte em sua carreira. 
A diretoria trabalha na contratação do novo treinador e o auxiliar técnico Marcão assume a equipe interinamente.
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