O primeiro titulo mundial do Peñarol

Por Lucas Paes

Jogadores e dirigentes do Peñarol comemorando o título (foto: acervo Peñarol)

Há alguns dias, falamos aqui no site sobre o título mundial do Real Madrid, do esquadrão de Puskas, Di Stefano e cia. para cima do titã Peñarol. Hoje, num dia 19 de setembro, lembramos o último duelo do confronto entre Peñarol e Benfica, da conquista que colocou o Peñarol no caminho de se tornar uma das maiores equipes do Planeta Terra. No dia 19 de setembro de 1961, os uruguaios definiram o primeiro título mundial numa partida difícil no Estádio Centenário.

Naquele ano, o Manya entrou na Libertadores nas quartas de final, em época onde a competição era muito diferente. Eliminou o Universitário e o Olimpia antes de chegar a decisão contra o Palmeiras, time que constantemente fazia duelos épicos com o Santos de um tal de Pelé. No primeiro duelo contra o Alviverde Imponente, vitória simples com gol de Spencer, no segundo, empate e título uruguaio na Libertadores.

Já o Benfica teve mais trabalho na Copa dos Campeões. Passou por Hearts, Ujpest, Aarhus, Rapid Viena e bateu o Barcelona na final, em um jogaço, vencendo por 3 a 2. Os Encarnados tinham na época Coluna, Águas e outros nomes que levaram o Benfica ao topo, além é claro do lendário treinador Bela Gutmann. Eusébio chegaria para o mundial, mas não estava no time campeão europeu.

O primeiro duelo foi definido por um gol de Coluna, já aos 15 minutos da etapa final. Só que o segundo jogo, onde o Peñarol não podia perder, jogado no Estádio Centenário, foi uma verdadeira demolição. Diante do caldeirão dos hinchas aurinegros, a Águia se atordoou e viu o duelo ser definido no primeiro tempo. Sasia, de pênalti, Joya, duas vezes e Spencer marcaram os gols que deixaram a primeira etapa em 4 a 0. Na etapa complementar, deu tempo de Spencer deixar mais uma marca na rede portuguesa, fechando o duelo em 5 a 0 e deixando tudo aberto para o terceiro e decisivo jogo.

A equipe do Peñarol que conquistou o título

Assim, naquele 19 de setembro de 1961, o Centenário, de uma final de Copa do Mundo e de uma final de Mundial Interclubes no ano anterior, testemunhava a decisão da segunda edição do Mundial Interclubes. Abençoado, Sasia foi responsável por colocar os uruguaios a frente logo aos 5 minutos de jogo, dando a sensação de que poderia haver mais uma goleada. Porém, o Benfica, com sua forte equipe, equilibrou o jogo e Eusébio deixou tudo igual aos 35’. A comemoração portuguesa durou pouco, porque em outro pênalti, Sasia se consagrou e marcou o gol do primeiro dos três mundiais Carboneros.

Fortíssimo na América do Sul naquela década, o Peñarol ainda conquistaria sua terceira Libertadores e seu segundo Mundial em 1966. Depois, conquistaria os títulos continentais de 1982 e 1987 e o mundial de 1982. Apesar do jejum internacional, o Campeón del Siglo ainda é um dos maiores clubes de futebol do Mundo, sendo um verdadeiro ícone do futebol sul-americano. O Benfica, de tantas conquistas, viu-se amaldiçoado por Bela Gutmann e segue sem conseguir torneios internacionais desde a saída do húngaro. Ainda que domine o futebol luso junto ao Porto atualmente, já que o Sporting vive constante decadência.
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