A nova polêmica de Felipe Melo e os atletas problemas no futebol

Por Lula Terras

Felipe Melo foi expulso com três minutos de jogo (foto: reprodução/Twitter)

A expulsão do volante Felipe Melo, aos três minutos de jogo, no confronto entre Palmeiras e Cerro Portenho, colocou em risco a classificação do time palmeirense para as quartas-de-final da Libertadores. O fato, ao lado da decisão do atacante Walter, que está jogando no CSA, de Alagoas, de receber com uma arma de brinquedo, os funcionários da empresa de energia elétrica, que foram à sua residência para providenciar o corte de luz, traz à tona, uma velha discussão sobre a existência dos atletas problemáticos no futebol brasileiro. 

Apesar de ter o reconhecimento como um bom jogador, inclusive com passagem pelo futebol europeu e pela Seleção Brasileira, Felipe Melo está ganhando maior notoriedade pela forma viril de seu estilo de jogo somada as explicações, nada convencionais para um atleta, que visa o futebol jogado. Assim como aconteceu em outro período, quando se desentendeu com o então treinador Cuca, que acabou afastado, acredito que os dirigentes palmeirenses não deixarão passar em branco, mais essa. Acredito até que é bem possível que seja oferecido para outros clubes, de preferência do Exterior, para se verem livres do jogador problema. 

Já, no caso do Walter, que também mostra habilidade no trato com a bola, ficou famoso pelos quilinhos a mais que ostenta, e pela imensa dificuldade de se livrar deles, a história é um pouco mais louca De um lado o atleta afirma que foi uma situação normal, e que ganhou repercussão maior, por ser jogador famoso. De outro lado, o funcionário da empresa de energia, diz que além de portar uma arma, o atleta o agrediu com um tapa. 

Muitos são os casos polêmicos envolvendo jogadores de futebol. Essas situações trazem à lembrança outros atletas, que misturaram sua história no futebol, entre o talento no trato com a bola, com a irreverência e escândalos nos campos e na vida pessoal. Um dos casos entrou para a história do futebol, foi Heleno de Freitas, um dos grandes ídolos na década de 40, que era um grande craque de bola, mas de um gênio incontrolável, que o levaram ao vício da bebida, drogas e muitas confusões com dirigentes e companheiros de futebol. 

Heleno de Freitas morreu em 1959, em um Sanatório, na cidade de Barbacena, Minas Gerais. Sua vida foi tema do livro “Nunca Houve um Homem como Heleno”, escrito pelo jornalista Marcos Eduardo Neves, e do filme “Heleno”, de 2012, dirigido por José Henrique Fonseca, e estrelado pelo ator Rodrigo Santoro. 

Na década de 60, Almir Pernambuquinho, também de grande talento, mas especialista em confusões, até que, em 1973, tomava umas cervejas em um bar, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, tomou as dores de um grupo de artistas, que estava sendo ofendida por alguns portugueses, e acabou assassinado, com um tiro na cabeça, por um deles, que portava uma arma de fogo. 

Muitos outros exemplos ocorreram e continuam ocorrendo no futebol, alguns com maior, outros, menor impacto, mas, todos, sem exceção, sem um final feliz para seus protagonistas. Fica o alerta aos novos atletas, que se inspiram nesses jogadores, que pensem bem o que querem fazer de sua vida no futebol.
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