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MP-RJ pede condenação de acusados por incêndio no Ninho do Urubu

Com informações do Terra
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Homenagens às vítimas em frente ao Ninho do Urubu

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu a condenação de todos os acusados pelo incêndio que atingiu o Centro de Treinamento George Helal, o Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019. A tragédia resultou na morte de dez adolescentes das categorias de base do Flamengo e deixou outros três feridos.

A manifestação foi feita no domingo, dia 11, pela Promotoria de Justiça da 36ª Vara Criminal da Capital, após mais de três anos de instrução criminal, que incluiu a oitiva de mais de 40 testemunhas. O MPRJ concluiu que o conjunto de provas reunido comprova a responsabilidade penal dos réus que tinham cargos de gestão no CT, além dos responsáveis pela estrutura dos contêineres e pela manutenção dos aparelhos de ar-condicionado.

Foram requeridas as condenações de Antonio Marcio Mongelli Garotti e Marcelo Maia de Sá, então responsáveis pela administração do CT; Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilario da Silva e Weslley Gimenes, ligados à empresa dos contêineres; e Edson Colman da Silva, responsável pela manutenção dos aparelhos de ar-condicionado.

Dos onze inicialmente denunciados, quatro foram excluídos do processo ao longo do tempo: dois tiveram a acusação rejeitada pelo Judiciário por não estarem mais vinculados aos fatos; um foi absolvido sumariamente; e outro teve a pena prescrita por já ter atingido idade que implicava redução penal.

Nos memoriais apresentados à Justiça, o MPRJ afirma que a tragédia poderia e deveria ter sido evitada. Para o órgão, o incêndio não foi uma fatalidade, mas consequência direta das ações e omissões dos acusados, que sabiam das condições irregulares em que o CT operava, inclusive sem alvará e com histórico de autuações e interdições.


A promotoria ainda destacou falhas estruturais nos contêineres, como a presença de janelas gradeadas, portas de correr que emperraram durante o fogo, e apenas uma saída descentralizada. Também não havia sistema de combate a incêndio, e o material usado nos alojamentos era altamente inflamável.

Por entender que os acusados violaram deveres legais e incrementaram os riscos que resultaram na morte dos jovens, o MPRJ pediu a condenação como resposta penal justa e necessária diante da maior tragédia da história do Flamengo.

Incêndio no Ninho do Urubu completa dois anos

Com informações do GE.com
Foto: divulgação

As 10 vítimas fatais no incêndio

O incêndio no Ninho do Urubu completa dois anos nesta segunda-feira. Na madrugada do dia 8 de fevereiro de 2019, dez garotos entre 14 e 17 anos morreram no CT do Flamengo na maior tragédia da história do clube.

Em acordos, o clube fechou indenização com 8 das 10 famílias, além do pai de Rykelmo. O último acordo foi fechado em dezembro. A mãe de Rykelmo entrou na Justiça. A diretoria também não conseguiu chegar a um entendimento com os familiares de Christian Esmério.

O Flamengo iniciou a construção de uma capela no local onde houve o incêndio, atualmente o estacionamento do módulo profissional do CT. Será um memorial para homenagear as vítimas. A inauguração ainda não tem data definida.

As 10 vítimas fatais do incêndio no Ninho:

- Athila Paixão, de 14 anos
- Arthur Vinícius, 14 anos
- Bernardo Pisetta, 14 anos
- Christian Esmério, 15 anos
- Gedson Santos, 14 anos
- Jorge Eduardo Santos, 15 anos
- Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos
- Rykelmo de Souza Vianna, 16 anos
- Samuel Thomas Rosa, 15 anos
- Vitor Isaías, 15 anos.

Além das dez vítimas fatais, havia mais 16 meninos no alojamento no dia do incêndio. Destes, sete seguem no clube, entre eles os três que ficaram hospitalizados: Cauan, Francisco Dyogo e Jhonata Ventura.

O zagueiro Jhonata Ventura, que teve as queimaduras mais graves, foi o único que ainda não voltou a jogar. Ele apresenta uma recuperação lenta e gradual, e alterna trabalhos individuais com treinos com o elenco do time sub-17. Na última sexta, fez exames médicos e testagem de Covid para poder retomar as atividades junto com os companheiros.

A situação de cada um dos 16 sobreviventes:

Seguem no Flamengo:

- Cauan (atacante)
- Francisco Dyogo (goleiro)
- Filipe Chrysman (atacante)
- Kayque Soares (zagueiro)
- Rayan Lucas (volante)
- Samuel Barbosa (atacante)
- Jhonata Ventura (zagueiro)

Saíram do Flamengo:

- Jean Sales: seu contrato terminou em dezembro e não foi renovado. Ele vai defender o Alverca, de Portugal.
- Caike Duarte: ainda não foi para outro clube desde que saiu do Flamengo.
- Felipe Cardoso: após não ter o contrato renovado com Flamengo, assinou com o RB Bragantino.
- João Vitor Gasparin: ainda não foi para outro clube desde que saiu do Flamengo.
- Naydjel Callebe: com o calendário da base prejudicado pela pandemia, passou a treinar futsal no time da Copagril. Está em busca de um clube.
- Wendel Alves: passou nos testes e assinou contrato com o Corinthians.
- Kennyd Lucca: teve uma passagem pelo Corinthians e atualmente defende o Bahia.
- Pablo Ruan: deixou o Flamengo por conta própria e acertou com o Palmeiras.
- Gabriel de Castro: ainda não foi para outro clube desde que saiu do Flamengo.


Justiça aceita denúncia e lista 11 réus - No dia 15 de janeiro, o Tribunal de Justiça do Rio aceitou denúncia do Ministério Público e, após a conclusão das investigações, foram listados 11 réus, entre eles o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello. Eles responderão por incêndio culposo (sem intenção) qualificado, que terminou com a morte de 10 pessoas e lesão corporal a outros 3 garotos. Como não foram denunciados por homicídio, eles não vão a júri popular.

Em crimes deste caso, na forma culposa, o Código Penal não prevê pena de prisão em regime fechado. As punições podem variar de 1 ano e quatro meses até 6 anos.

Os réus:

- Eduardo Bandeira de Mello - ex-presidente do Flamengo
- Márcio Garotti - ex-diretor financeiro do Flamengo
- Carlos Noval - ex-diretor da base do Flamengo, atual gerente de transição do clube
- Luis Felipe Pondé - engenheiro do Flamengo
- Marcelo Sá - engenheiro do Flamengo
- Marcus Vinicius Medeiros - monitor do Flamengo
- Claudia Pereira Rodrigues - NHJ (empresa que forneceu os contêineres)
- Weslley Gimenes - NHJ
- Danilo da Silva Duarte - NHJ
- Fabio Hilário da Silva - NHJ
- Edson Colman da Silva - técnico em refrigeração

Um ano da tragédia no Ninho do Urubu, as feridas não cicatrizaram

Por Lula Terras
Foto: André Durão / Globo Esporte.com

A frente do Ninho do Urubu, com homenagens

Parece que foi ontem, mas no sábado, dia 8 de fevereiro, completou um ano que o Brasil inteiro sofreu a perda de 10 jovens futebolistas, que tiveram seu sonho interrompido, bruscamente, com o trágico incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, como é conhecido o alojamento das categorias de base do Clube de Regatas Flamengo, no Rio de Janeiro. Os desdobramentos do ocorrido neste tempo todo, não tem sido dos mais favoráveis para os familiares que lutam na Justiça por seus direitos. 

Esse período passado, ao que parece dá indício que tão cedo as feridas deixadas, não serão cicatrizadas e a Justiça, dentro de seu perfil moroso e meramente técnica, também vem deixando a desejar, principalmente do lado mais frágil, onde estão os familiares das vítimas.

O que vem sendo noticiado é que o caso corre em duas esferas judiciais diferentes: a reparação às famílias das vitimas, na esfera cível, longe de ser concluídas. Na esfera criminal, a punição dos culpados, ao que parece, existe a expectativa de ser finalizada ainda no mês de fevereiro, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. 

Fora isso, a postura da diretoria do Flamengo vem recebendo duras críticas, por parte de torcedores do próprio clube, assim como de outras agremiações, que entendem haver falta de consideração e carinho, por parte do clube.

Essa postura foi evidenciada na manhã do último sábado, dia 8, quando um grupo de familiares de algumas das 10 vítimas fatais foram barradas na entrada do CT do Flamengo, onde foram para prestar homenagens aos seus entes falecidos. Deu na imprensa que eles foram até o local, com flores brancas e velas, mas foram impedidos por seguranças do clube,alegando não haver pedido prévio,nem fotos foram permitidas durante o ato. Enfim, segue o jogo.

Solidariedade sim. Cobrança também!

Por Daniel Lopes
Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Alojamentos eram provisórios. Os jogadores da base dormiam em contêineres

Antes de mais nada, não cabe nenhum tipo de clubismo neste artigo. Se fosse o meu amado Sport Club Corinthians Paulista ou qualquer outra agremiação do futebol brasileiro ou mundial, pelos fatos que foram apresentados até o momento, eu teria a mesma postura.

Antes de mais nada, solidariedade às famílias. Quem conhece o tamanho do Flamengo não deve imaginar a dor dessas famílias que teve a vida de seus filhos ceifadas tão abruptamente. Sim, me refiro ao tamanho do clube, porque muitos ali não só estavam perseguindo um sonho de criança, mas, possivelmente realizando um sonho de torcedor. Vestir a camisa do Flamengo é vestir a camisa de uma nação. Era mais que um sonho de profissional, era uma realização pessoal vestir, representar o clube que possivelmente muitos ali torciam desde a época de feto.

Agora, no meio de tanta comoção é preciso separar as coisas. As vítimas são os mortos, os feridos, os sobreviventes e os familiares destes. A instituição Clube de Regatas do Flamengo, na figura de sua direção é culpada! E isso aqui posto, volto a repetir, nada tem haver com mesquinharia clubista. Repito: eu como corintiano que sou, se um filho meu morre nessas circunstâncias, em um alojamento do Corinthians, dane-se a minha paixão. Eu queria a responsabilização e punição dos culpados.

O que estou vendo é só a solidariedade que tem que vir, mas muito pisar de ovos em relação ao clube que também é queridinho da mídia. Talvez outro teria solidariedade, mas também cobrança. Essas famílias entregaram seus filhos à responsabilidade de uma instituição que falhou na segurança e no bem estar destes. Repito: vamos separar as coisas! A solidariedade tem que acontecer, mas a cobrança pelos responsáveis por essa tragédia também.

A tragédia no Ninho do Urubu

Com informações do GloboEsporte.com e CR Flamengo


O incêndio que atingiu o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, deixou vítimas fatais. O Corpo de Bombeiros, por volta de 7 horas, confirmou que o número era de 10 mortos.

O incêndio ocorreu no fim da madrugada, em uma parte antiga do Ninho do Urubu que servia de alojamento para as categorias de base do Flamengo, logo na entrada do CT. Os bombeiros foram acionados às 5h14, chegaram ao local às 5h38 e controlaram o fogo em pouco menos de uma hora.

Os nomes dos 10 jogadores mortos foram confirmados ao longo do dia: Arthur Vinicius, Athila Paixão, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo, Pablo Henrique, Rykelmo de Souza Viana, Samuel Thomas e Vitor Isaías.

Eram 26 jogadores ao todo no alojamento: 13 conseguiram escapar e outros três estão em hospitais com ferimentos. São eles Cauan Emanuel, Francisco Dyogo e Jonatha Cruz.

O Clube de Regatas do Flamengo soltou uma nota no fim do dia:
O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente a tragédia que fez dez vítimas fatais no Centro de Treinamento George Helal na madrugada desta sexta-feira (8) e se coloca inteiramente à disposição das autoridades e das famílias para auxiliar na apuração das causas do incêndio e, de alguma forma, minimizar a dor e o sofrimento das famílias dos atletas e funcionários atingidos.
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, falou aos jornalistas na manhã desta sexta-feira (8). O dirigente classificou o acidente como "a maior tragédia pela qual o clube já passou nos 123 anos de sua existência".
"Eu estava até agora envolvido em ações emergenciais e na distribuição de algumas tarefas importantes, só agora consegui me desvencilhar dessas tarefas e vir falar com vocês. Estamos todos consternados. Certamente essa é a maior tragédia pela qual o clube já passou nos 123 anos de sua existência, com a perda dessas pessoas. Queremos tentar minimizar o sofrimento dessas famílias. Estejam certos de que o Flamengo não irá poupar esforços para minimizar ao máximo essa dor. O clube está colaborando com as autoridades para que as causas do incêndio possam ser apuradas. Ninguém mais do que nós tem total interesse para que isso ocorra. Todos no clube estão de luto", disse o mandatário rubro-negro.
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