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Ex-mandatário da Associação Chinesa de Futebol é sentenciado à prisão perpétua

Com informações da Agência Estado
Foto: divulgação

Chen Xuyuan desviou 11 milhões de dólares (R$ 54 milhões) entre os anos de 2010 e 2023

Envolvido em casos de currupção, Chen Xuyuan, antigo presidente da Associação Chinesa de Futebol, está oficialmente preso. O antigo mandatário foi sentenciado à prisão perpétua depois de julgamento realizado no país. A informação teve divulgação pela imprensa local nesta terça-feira.

Chen aceitou propinas que chegam a incríveis 11 milhões de dólares (R$ 54 milhões). Nos anos de 2010 e 2023, ele se valeu das funções da Federação para se enriquecer de forma indevida, acumulando 81,03 milhões de yuanes.

O dirigente acabou sendo julgado pelo tribunal de Hubei, situado no centro da China. Chen, com o passar dos anos, subiu de cargos e se tornou presidente na entidade em 2019.


De acordo com o jornal “People’s Daily”, comandado pelo Partido Comunista, o réu procurou obter “vantagens indevidas para vários clubes de futebol e associações de futebol locais”. Além disso, o veículo diz que os subornos foram “particularmente enormes”.

Em janeiro, ainda confessou, em documentário, que havia recebido dinheiro ilegal e desviado. Chen afirmou que “os torcedores podem aceitar o fato de que a situação do futebol chinês é ruim, mas não podem perdoar a corrupção”.

Muricy Ramalho treinando o Shangai Shennua da China

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Muricy comemorando título pelo Shangai Shennua

Hoje aposentado da casamata, Muricy Ramalho, que está completando 66 anos neste dia 30 de novembro, foi enquanto em atividade um dos maiores treinadores da história do futebol brasileiro e sul-americano. Dono de diversos títulos, com um enorme sucesso no Brasileirão de pontos corridos por São Paulo e Fluminense e desbravador da Libertadores pelo Santos, o homem do "Aqui é trabalho" teve uma experiência no futebol chinês, treinando o Shangai Shennua.

Muricy passou pela China muito antes de ser "moda" e do país ter um futebol endinheirado como atualmente. Era ainda um treinador em início de carreira que havia se destacado no comando do "Expressinho Tricolor" da Copa Conmebol de 1994. Assumiu o time principal entre 1996 e 1997, sem muito sucesso e passou então pelo Guarani, antes de desembarcar no clube chinês, no distante ano de 1998.

Chegou ao time chinês já mexendo na "estrutura" toda do futebol profissional, que se hoje não tem tantos problemas como em outros tempos, na época era completamente ultrapassada. Muricy tratou de deixar de lado os treinamentos de subida e descida de arquibancada, pediu mudanças na alimentação dos atletas, nos uniformes, enfim, opinou em todas as partes possíveis, usando o que havia aprendido com Rubens Minelli e principalmente com Telê Santana para tentar ajudar o Shennua a crescer.

Seu trabalho extracampo rendeu frutos dentro das quatro linhas e o time do Shangai passou a ir bem, principalmente na Copa da China. Nela, o time foi avançando até chegar a decisão e bater o Liaoning por 2 a 1 na decisão, fazendo com que Muricy conquistasse o segundo título de sua carreira, a Copa da China, que era uma conquista inédita para o time da cidade de Shangai. Foi imensamente festejado pelos torcedores.


Na época, não foi por falta de pedidos do clube que ele não ficou. Apesar de todo o crédito que possuía, a distância e a saudade da família acabaram sendo fatores decisivos para que deixasse o futebol chinês, voltando ao Brasil em 1999. Curiosamente, sequer se aventurou fora do país a partir dos anos 2000, fazendo história a partir de então, afinal, ano sim, ano não, o Muricy era campeão. 

Em intercâmbio, parceiros do Bacabal trazem jogador chinês para o clube

Foto: divulgação

Josecler com o atacante chinês Liu Mengyu

O Bacabal Esporte Clube terá um jogador chinês em 2021. A parceira da agremiação, a Th3 Group/MSA fechou um intercâmbio com a empresa Zhuhai Hengquin Football, sediada na China, mas de propriedade do brasileiro José Arlindo Filho, o Josecler, treinador e empresário. O primeiro asiático a chegar no Leão do Mearim será o jovem atacante Liu Mengyu, de 20 anos.

Com destaque para a velocidade e aplicação, Liu Mengyu teve passagem pelo Guangzhou Evergrande, time do brasileiro Paulinho, que atuou em duas Copas do Mundo. Agora, o atleta vem sendo preparado por Josecler para a nova etapa.

O Bacabal Esporte Clube agora aguarda a chegada desse e mais atletas da região. Mas, para isto, está de olho no cronograma de vacinações no Brasil e a liberação geral de chegada de estrangeiros ao pais. Quando tudo estiver dentro da normalidade, o intercâmbio será fortalecido.


A parceria - A gestão da Th3 Group/MSA no Bacabal Esporte Clube está avançando. Os trabalhos em 2020 foram árduos, devido à todos os problemas que o planeta passa por conta da Covid-19. "Mas, com a visão de futuro e de que 2021 será totalmente diferente, já iniciamos os trabalhos com o projeto de intercâmbio, com os estrangeiros", diz o gestor Serginho Maxxi.

A parceira do intercâmbio na China é a Zhuhai Hengquin Football do professor e empresário Josecler. Brasileiro, ele é residente em Macau a mais de 24 anos e parceiro de negócios da TH3/MSA e agora atuante no Bacabal Esporte Clube.

O time da Zhuhai Hengquin Football

Victor Bolt fala sobre sua segunda temporada no futebol chinês

Foto: divulgação Heilongjiang Lava Spring

Victor Bolt em ação pelo Heilongjiang Lava Spring

No último fim de semana aconteceu a última rodada da Liga Jia, que é a segunda divisão do Campeonato Chinês. O Heilongjiang Lava Spring, do volante brasileiro Victor Bolt, terminou a competição na quarta posição, com 54 pontos, dois a menos que o segundo colocado, que conseguiu o acesso.

“A temporada foi muito boa. No ano passado terminamos em sexto, com 41 pontos. Nesta temporada terminamos em quarto, com 54, e dentro de casa não perdemos nenhum jogo. Faltou um pouco de atenção em jogos que estávamos vencendo e acabamos cedendo o empate no fim do jogo, acho que a única coisa que faltou foi isso, que de resto fomos muito bem”, comentou o volante.

Victor Bolt tem contrato até o final desse ano e caso renove seu contrato, irá para a sua terceira temporada pelo time chinês. O jogador espera ficar para no ano que vem a equipe conseguir o acesso e disputar a primeira divisão nacional pela primeira vez.

“O time é muito bom, todos já se conhecem e fizemos uma temporada excelente esse ano. Ano que vem vamos evoluir ainda mais e tenho certeza que vamos brigar até o último jogo e se Deus quiser conquistar o acesso”, finalizou.

Uma seleção 'estrangeira'

Por Felipe Saúda

Cássio, Fagner e Geromel: apenas os três dos 23 convocados atuam no futebol brasileiro

“A seleção brasileira é do povo”! Ao longo dos meus trinta anos, sempre ouvi isso. Mais do que ouvir, em época de Copa do Mundo, este sentimento ficava ainda mais aflorado. Porém, não nego, nas últimas edições do maior torneio de seleções do mundo, o sentimento de patriotismo diminuiu consideravelmente, tanto que um dia me perguntei: “Por que isso”? 

Talvez o maior motivo sejam as eternas ‘mutretas’ nas quais a CBF está sempre envolvida. À medida que fui crescendo e entendo mais sobre política, descobri que a Confederação Brasileira de Futebol, é apenas uma entidade privada que se aproveita do fato de o futebol ser uma paixão nacional para lucrar rios de dinheiro que passam longe de serem investidos na estrutura base do esporte bretão brasileiro. 

Essa explicação já era mais do que suficiente para entender o meu distanciamento com a seleção brasileira, mas minha inquietação prosseguia. Continuei me perguntando: “O que mais me incomoda”? E cheguei a uma conclusão: a seleção canarinho não tem nada de brasileira.

1990: a primeira com mais 'estrangeiros'

As convocações eram recheadas de expectativas. Isso porque todo torcedor esperava ansiosamente a divulgação da lista para saber se o craque do seu time fora chamado. Até a Copa de 1986, a seleção sempre foi composta, em sua maioria, por atletas que desfilavam seu talento nos gramados brasileiros, o que, é claro, deixava o escrete ainda mais próximo do torcedor. 

A Copa de 1990 foi a primeira em que tivemos mais ‘estrangeiros’ na lista. Dos 22, chamados pelo técnico Sebastião Lazaroni, 10 atuavam por aqui e 12 no exterior. Isso somado as contestações em torno do nome do treinador, transformou aquela seleção em uma das que menos teve empatia com o povo. 

Em 1994, ano do tetra, os sinais de distanciamento prosseguiram. Dos 22 jogadores, 11 atuavam no Brasil, e outros 11 em clubes estrangeiros. A sensação de vazio só foi preenchida pelo fato de os comandados de Carlos Alberto Parreira erguerem a taça.

Em 1994, entre os 22 convocados, 11 do exterior e 11 do Brasil

Em 1998 veio a maior discrepância até então. Dos 22 chamados, apenas oito atuavam em terras tupiniquins. Meu incomodo com isso foi grande, e só aumentou depois do resultado devastador na decisão contra a França. O movimento de migração na seleção brasileira parecia algo inevitável. 

Veio a Copa de 2002. Aquela seleção era diferente. Talvez as dificuldades vividas no caminho até a Coréia e o Japão tenham reforçado meu laço afetivo com a família Scolari. A lista de convocados representava uma esperança de quebra em algo que parecia inevitável: uma seleção cada vez mais estrangeira. Dos 23 chamados, 13 jogavam o Campeonato Brasileiro e os outros 10 estavam espalhados pelo mundo. A história, todo mundo sabe: o Brasil foi Penta. 

Em 2006, toda aquela esperança de ver uma seleção ser de fato brasileira se quebrou completamente. O poderio econômico do futebol europeu, aliado a uma maior abertura para a chegada de estrangeiros estabeleceu uma regra. A partir de então, os melhores jogadores brasileiros não estavam mais por aqui. E isso era cada vez mais inevitável. Dos 23 convocados, somente três atuavam no futebol brasileiro. 

Em 2002, a última vez com mais jogadores atuando no futebol brasileiro

Em 2010 e 2014 o fenômeno se repetiu e passou a ser uma regra nas listas. Chegamos a 2018 e batemos o recorde. Assim como em 2006 e 2010, a seleção de Tite tem somente três jogadores atuando no Brasil, e isso, naturalmente afasta o torcedor do time. Afinal, o brasileiro, muitas vezes tem o hábito de torcer primeiro para o jogador do seu clube, depois para a seleção. Detalhe: os três chamados (Cássio, Fagner e Geromel) já atuaram fora do país no passado.

Entendo sim que os melhores jogadores brasileiros atuam lá fora, pelos motivos aqui já citados, e defendo sim que o técnico da seleção escolha sempre os melhores. Mas devo admitir, mesmo que concorde com a lista, não me sinto representado por esses jogadores, e a continuar como a coisa está, dificilmente voltarei a sentir que a seleção brasileira é de fato nossa.
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