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A volta de Narciso aos gramados em 2003

Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/Santos FC

Narciso ficou entre 2000 e 2003 sem jogar futebol

Atualmente treinador de futebol, o ex-zagueiro e volante Narciso, que completa 47 anos neste dia 23, tem uma história de superação bastante comovente no decorrer de sua carreira. Parte do time vice-campeão brasileiro de 1995 do Santos, ele era campeão da Copa Conmebol e do torneio Rio-São Paulo pelo Alvinegro Praiano quando descobriu ter leucemia num exame de sangue de rotina feito quando jogava no Peixe em 2000. A partir daí, iniciou-se uma recuperação que o afastou dos gramados até 2003, quando retornou aos campos.

Narciso descobriu a doença basicamente do nada. Aos 26 anos, no início do ano de 2000, o na época jogador santista não apresentava qualquer tipo de sintoma sério quando o exame de rotina de início de temporada detectou leucemia. Rapidamente, a equipe médica do clube definiu que o tratamento seria um transplante de medula óssea, que o afastaria do futebol no auge da carreira, por um tempo indeterminado e poderia até representar o fim da carreira do atleta.


Depois de mais de três anos, porém, sua volta aos gramados ocorre em 2003, mais precisamente no dia 25 de outubro, num duelo contra o Coritiba. O placar já marcava uma goleada de 4 a 0 para o Santos contra um bom time do Verdão paranaense quando ele entrou no gramado, aplaudidíssimo por ambas as torcidas. No seu primeiro toque na bola, acerta um belíssimo lançamento para o lado direito que basicamente "abre" o campo para um ataque alvinegro que termina numa bola na trave de Robinho. No finalzinho do jogo, em uma bola aérea pós escanteio, ele ainda perde uma incrível chance de gol na pequena área.

Jogaria ainda outras duas partidas daquele Brasileirão, sem marcar nenhum gol. No ano seguinte, participaria apenas duas vezes entrando em campo, já não conseguindo mais ser o mesmo do "auge" da carreira, por assim dizer. Ainda assim, fez parte da equipe do Santos que obteve o título do Campeonato Brasileiro de 2004 e também da equipe alternativa, que conquistou a Copa FPF (atual Copa Paulista) no mesmo ano, antes de encerrar sua trajetória no futebol profissional, ao final da temporada. No total, vestiu por 265 vezes a camisa do Alvinegro Praiano e marcou 11 gols.


Depois de pendurar as chuteiras, iniciou carreira como treinador, obtendo maior sucesso como treinador de equipes de base, conseguindo inclusive um título da Copa São Paulo de Futebol Júnior com o Corinthians, em 2012. No futebol profissional, seu trabalho mais notório foi a serviço da Penapolense, quando foi campeão paulista do "Interior", num ano onde sua equipe quase eliminou o Santos nas semifinais do Paulistão em plena Vila Belmiro. Seu último trabalho foi em 2016, no XV de Piracicaba.

2003/2004 - O biênio de ouro do Santo André

Foto: Globo Esporte.com


O título da Copa do Brasil em 2004 foi a maior glória do Santo André

O Esporte Clube Santo André, o Ramalhão, está completando 52 anos de fundação neste 18 de setembro de 2019. Apesar de ter a metade da idade de clubes tradicionais do estado de São Paulo e do Brasil, o clube tem campanhas significativas e em sua sala de troféus títulos importantes, ainda mais para um time que não é considerado grande. E esta sala foi muito recheada entre 2003 e 2004. O que prova que, apesar de surpreendente, a conquista da Copa do Brasil de 2004 não foi um acaso.

Como já é tradicional no futebol brasileiro, a temporada é aberta com a Copa São Paulo de Juniores e o Santo André surpreendeu na edição de 2003. Na primeira fase, jogando na própria cidade, pelo Grupo P, o Ramalhão venceu os seus três jogos (3 a 2 no Sergipe, 3 a 1 no Goiânia e 4 a 2 no São Paulo).

A partir da segunda fase, os adversários foram caindo, um a um. Primeiro foi o Botafogo, por 1 a 0, depois foi o Cruzeiro, por 3 a 2, na semifinal a vítima foi o Vasco da Gama, 2 a 1, e na final o Palmeiras, vencendo nos pênaltis, depois de um empate em 2 a 2. Muita festa do Ramalhão, no Pacaembu, naquele 25 de janeiro.

Naquele mesmo dia da final da Copa SP, o Santo André estreava contra o Santos no Paulistão e empatava em 2 a 2. Um dos gols do Ramalhão foi marcado por Nunes, que entrou no segundo tempo. Porém, ele havia jogado a final da Copinha de manhã e tinha batido o último pênalti, que deu o título. Já no Paulistão, o Santo André chegou nas quartas, mas acabou sendo eliminado pelo São Paulo.

Na Série C, o Santo André foi em busca do título, que não conseguiu, mas conquistou o acesso para a Série B. Onde na primeira fase se classificou em segundo no grupo 24, que também tinha Atlético Sorocaba e Rio Branco de Americana. No mata-mata, passou por Sertãozinho, Botafogo de Ribeirão Preto e Cabofriense, até chegar ao quadrangular final, junto com Ituano, Campinense e Botafogo da Paraíba. O Ramalhão perdeu o título para o Ituano, mas o vice garantiu o acesso.

Em 2003 ainda teria a Copa Federação Paulista de Futebol, conhecida hoje como Copa Paulista, e que foi o caminho para a sua maior glória no ano seguinte. Na primeira fase, o Santo André foi o primeiro colocado do Grupo 1, que contava com oito equipes. No mata-mata, o Ramalhão passou por Matonense e Comercial e na final deu o troco no Ituano, ficando com o título.

Se em 2003 teve títulos da Copa São Paulo e Copa FPF, além do vice e acesso na Série C e a chegada no mata-mata do Paulista, 2004 reservava ao clube a sua maior glória. Tudo bem que no Estadual, a equipe ficou a dois pontos de avançar para as quartas, mas foi na Copa do Brasil que o Ramalhão brilhou.

O time campeão da Copinha em 2003. Vários estiveram nas outras conquistas do clube

O Santo André passou por Novo Horizonte, de Goiás, Atlético Mineiro, Guarani, Palmeiras e 15 de Campo Bom, chegando na final contra o Flamengo. No primeiro jogo, no Parque Antártica, empate em 2 a 2. Todos achavam que o Rubro Negro passearia no Maracanã, mas com gols de Sandro Gaúcho e Elvis, ambos no segundo tempo, o Ramalhão conquistava a Copa do Brasil, que fez com que o clube jogasse a Copa Libertadores do ano seguinte.

Ainda em 2004, o Santo André fez uma boa Série B, conquistando 41 pontos na primeira fase, o que daria à equipe a quinta colocação e a classificação para a próxima etapa. Porém, a escalação irregular de Valdir e Osmar, fez com que o time perdesse 12 pontos, caindo para 14º, ainda passando longe do rebaixamento, mas sem ter a chance de brigar pelo acesso.

É claro que o Santo André teria outras glórias nos anos seguintes, como os títulos na A2 de 2008, 2016 e deste ano, a Copa Paulista de 2014, o vice da Série B em 2008, que levou a equipe à elite do Brasileirão e o vice paulista de 2010, onde por muito pouco não tirou o título do Santos. Porém, aquele biênio 2003/2004 é inesquecível para o torcedor do Ramalhão.
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