Com informações da Agência Futebol Interior
Foto: PontePress

O treinador Marcelo Fernandes
Em meio à grave crise financeira enfrentada pela Ponte Preta, o técnico Marcelo Fernandes manifestou apoio público à decisão do elenco de paralisar as atividades até que os salários atrasados sejam quitados. O treinador classificou a situação como desgastante e afirmou compreender o movimento dos jogadores após meses de promessas não cumpridas pela diretoria.
“É uma situação muito chata. Os atletas aguentaram até o último momento. Fim de ano todo mundo quer estar com a família, e muitos meses de atraso deixam qualquer um chateado”, afirmou Marcelo Fernandes, em entrevista à Rádio CBN Campinas.
O comandante alvinegro destacou o comprometimento do elenco ao longo da temporada, mesmo diante das dificuldades fora de campo. Segundo ele, os jogadores mantiveram postura profissional do início ao fim, o que, na sua avaliação, legitima a paralisação.
“Eles têm direito por tudo o que passaram e entregaram. Eu apoio 100% o que estão fazendo”, completou.
Marcelo Fernandes também revelou que a crise atinge diretamente a comissão técnica. Apesar de ter renovado contrato recentemente, o treinador afirmou que acordos financeiros antigos não foram cumpridos pela diretoria.
“No meu caso e da comissão, combinaram de acertar pendências do passado e isso não aconteceu”, disse, cobrando que a Ponte Preta volte a ser referência no futebol nacional.
Paralisação em momento crítico - A greve ocorre em um período sensível do calendário. A Ponte Preta estreia no Campeonato Paulista no dia 11 de janeiro, contra o Corinthians, na Neo Química Arena, em um torneio curto e de alto risco esportivo.
“É ruim ter greve no meio da pré-temporada. Não poderia ter acontecido. Espero que a diretoria resolva isso rápido”, alertou o treinador.

Mesmo diante dos atrasos, Marcelo relembrou o esforço coletivo na disputa da Série C, quando o clube conquistou o acesso e o primeiro título nacional de sua história. O técnico exaltou o profissionalismo do grupo, mas admitiu frustrações pessoais, como o fato de não ter recebido a medalha de campeão após a invasão ocorrida no Estádio Moisés Lucarelli.
Com atrasos salariais que chegam a até sete meses para alguns atletas e que também atingem funcionários do clube, o ambiente segue instável. A crise já provocou saídas no elenco e pode resultar em novas baixas, aumentando ainda mais a pressão sobre a diretoria por uma solução imediata.



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