'Me arrependo de não bater mais': zagueiro do Londrina denuncia racismo e agride acusado

Com informações do UOL Esporte e ge.com
Foto: reprodução / TV Federação Paranaense

Jogo foi pelo Paranaense Sub-20

A vitória do Paraná sobre o Londrina por 3 a 1, pelo Campeonato Paranaense Sub-20, ficou marcada por um suposto caso de racismo no último sábado, dia 26, na Vila Olímpíca, em Curitiba.

O fato teria acontecido logo após o terceiro gol dos paranistas. Eduardo Ribas, do Paraná, supostamente chamou Matheus Costa, do Londrina, de "preto". As câmeras mostram o jogador falando algo em direção ao adversário. O fato aconteceu após o terceiro gol do Tricolor, já na parte final da partida.

Carlos Eduardo, do Londrina, agrediu Eduardo Ribas. O defensor foi quem denunciou o caso ao árbitro da partida. Depois, deu um soco na nuca do adversário que teria cometido racismo. Ele ainda invadiu o vestiário da equipe rival após a partida e também agrediu o nutricionista Rafael Gonçalves, do Paraná. O duelo foi encerrado após confusão generalizada e o atleta foi expulso.

"É isso mesmo. Todo quebrado, mas foda-se. Se tiver racismo na minha frente, eu pulo na bala mesmo, que se foda. Não me arrependo de nada. Me arrependo de não ter batido mais naquele filho da puta daquele racista. É isso mesmo, não estou nem aí. Eu acho que estou certo e é isso que importa", disse Carlos Eduardo, nas redes sociais.

O caso foi relatado pelo árbitro Cleberton Ponce da Silva em súmula. Ele seguiu o "protocolo antirracismo da Fifa" e fez um gesto com os braços cruzados em frente ao corpo em formato de "X".


"Aos 43 minutos do 2º tempo, durante o reinício de jogo, após o terceiro gol do time mandante, fui comunicado pelo atleta Carlos Eduardo de Melo, nº 03, da equipe Londrina, que o seu companheiro de equipe, nº 04, Matheus da Costa, supostamente, havia sofrido um ato de racismo, ao ser chamado de "preto" pelo adversário Eduardo Orlov Ribas, nº 22, da equipe Paraná Clube. Não presenciei o ato, mas respeitando a problemática do caso, cumpri o "protocolo antirracista" delimitado pela FIFA e reiterado pelas "Orientações administrativas" da Federação Paranaense de Futebol, realizando o sinal antirracista (braços cruzados em X) em frente aos bancos de reservas e frontal ao público presente no estádio para comunicar simbolicamente o ocorrido. Pouco depois do sinal, o atleta Eduardo de Melo correu até o suposto infrator e desferiu um soco em sua nuca".

O Londrina condenou o caso de racismo. O clube afirmou que está prestando todo apoio ao zagueiro Matheus Costa, que abriu Boletim de Ocorrência, e que o ato racista foi presenciado por outros jogadores, que servirão de testemunhas no caso. O Londrina encaminhará o caso à Justiça Desportiva. O Tubarão ainda criticou a nota oficial emitida pelo Paraná.

O Paraná disse que repudia o racismo, mas afirmou que não há provas e evidências de que Eduardo tenha cometido ato racista. O clube paranista condenou as agressões sofridas por Eduardo e pelo nutricionista por parte de Carlos Eduardo, do Londrina. Os dois abriram Boletim de Ocorrência.

A Federação Paranaense de Futebol também se posicionou contra o racismo. A entidade citou o protocolo aplicado pelo árbitro da partida e reforçou sua campanha contra atos racistas. Confira abaixo vídeo com o zagueiro Carlos Eduardo falando e toda a confusão na partida:

Imagens: Arquivo Pessoal e TV Federação Paranaense
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