Por Tiago Cardoso
Foto: arquivo
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Adãozinho e Nena foram os primeiros jogadores do Inter convocadas para uma Copa
Neste 04 de abril, o Internacional completa 114 anos de história. Ao longo desta história de mais de um século, o Internacional cedeu diversos jogadores à Seleção Brasileira e outras seleções estrangeiras. Entretanto, por 12 vezes o Internacional foi representado no maior evento do futebol, a Copa do Mundo.
Os primeiros jogadores do Internacional a disputarem uma Copa do Mundo, foram Adãozinho e Nena, ambos reservas em 1950, onde assistiram do banco o “Maracanaço”. Foi a edição em que jogadores do Internacional chegaram mais próximo da glória máxima do futebol
O Internacional só voltou a ter jogadores disputando uma Copa do Mundo após um hiato de 24 anos. E foram logo 3 jogadores, um recorde na história colorada. Na Copa do Mundo de 1974, década dourada do Internacional, o clube foi representado por três jogadores na Alemanha Ocidental: Paulo César Carpegiani e Valdomiro, titulares da seleção Brasileira, e Dom Elias Figueroa, titular da seleção Chilena.
Elias Figueroa, apesar de a seleção Chilena ser eliminada na primeira fase, foi eleito para a seleção do torneio, ao lado de ninguém menos que Beckenbauer, o maior jogador alemão da história e capitão da seleção campeã naquele mundial. A seleção Chilena só perdeu um jogo nas três partidas que fez no mundial, justamente para Alemanha Ocidental, que seria campeã, pelo placar de 1x0. Até hoje, Elias Figueroa é o único jogador do Internacional a figurar numa seleção dos melhores de uma Copa do Mundo.
Na Copa do Mundo de 1978, o Internacional cedeu o volante Batista para seleção Brasileira, sendo titular. Entretanto, a ausência de Falcão, o melhor jogador do país à época, causou espanto. O treinador Cláudio Coutinho preferiu levar o truculento Chicão do São Paulo.
Curiosamente, Falcão, o maior jogador da história do Internacional não disputou uma Copa do Mundo como jogador do clube. Falcão jogou duas Copas do Mundo: em 1982, como jogador da Roma, e, em 1986, como jogador do São Paulo, já em fim de carreira. Aliás, Falcão, numa época em que os grandes jogadores jogavam em solo nacional, e Dirceu, que jogava no Atlético de Madri, foram os primeiros jogadores de clubes europeus a defenderem a seleção Brasileira em uma Copa do Mundo.
Entretanto, não foram os primeiros jogadores de clubes estrangeiros a defenderem a seleção Brasileira numa Copa do Mundo jogando por um clube estrangeiro, pois este feito coube a Patesko, jogador do Nacional do Uruguai, convocado para disputar a Copa do Mundo de 1934.
Em 1982, Edevaldo, que só jogou uma temporada no Internacional, foi convocado para defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Espanha. Fez parte da mágica seleção que encantou o mundo nos estádios espanhóis, assistindo do banco a derrota trágica para Itália, no Sarriá, em 05 de julho de 1982. Edevaldo chegou a jogar no segundo tempo do jogo contra a Argentina na segunda fase da Copa do Mundo, mas sua missão era ingrata, uma vez que concorria na lateral direita com Leandro, maior da posição na história do Flamengo e um dos maiores do futebol brasileiro.
Em 1986, o Internacional foi representado por Mauro Galvão, reserva da seleção Brasileira, e Ruben Paz, craque da seleção Uruguaia, o qual sairia do Inter após a Copa do Mundo do México para defender o Racing de Paris.
Em 1990, na Copa da Itália, Taffarel, titular do gol da seleção, foi o último jogador do Inter a disputar uma Copa do Mundo pelo escrete canarinho. Após a Copa do Mundo de 1990, disputada na Itália, o goleiro, considerado por muitos o maior da seleção, foi defender o Parma.
Na Copa do Mundo de 1998, na França, o Internacional foi representado pelo lateral/volante Julio Cesar Enciso, o qual defendeu o inesquecível Paraguai, que encarou a anfitriã de forma valente, vindo a sofrer um gol apenas na prorrogação.
Por fim, o último jogador do Internacional a disputar uma Copa do Mundo foi Aranguiz, que volta ao Internacional este ano. Aranguiz foi titular da seleção Chilena que quase eliminou a seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014.
Ao longo da história, algumas ausências de jogadores do Internacional em Copas do Mundo foram reclamadas, como a de Falcão em 1978 e a de D’Alessandro pela Argentina na Copa do Mundo de 2010, ano em que foi eleito o melhor jogador da América, tendo vencido a Libertadores e feito grande temporada. Johnny, volante do Internacional que defende a seleção dos Estados Unidos, defendeu o país no ciclo da Copa do Mundo de 2022, mas, para surpresa, não foi convocada para disputar a Copa do Mundo do Qatar. Aliás, passada a Copa do Mundo, Johnny novamente passou a ser convocado para seleção Estadunidense.
Portanto, ao longo de seus gloriosos 114 anos e ao longo de 92 anos de Copas do Mundo, 12 jogadores do Inter disputaram o torneio mais importante do futebol por 4 países diferentes, 8 pela seleção Brasileira, 2 pela seleção Chilena, 1 pela seleção Uruguaia e outro pela seleção Paraguaia.
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