Como a guerra que completa um ano mudou o esporte na Rússia e na Ucrânia

Com informações do UOL Esporte
Foto: Vasile Mihai-Antonio/Getty Images

Dinamo de Kiev entra em campo com a bandeira da Ucrânia no primeiro jogo oficial

A guerra entre Rússia e Ucrânia completa um ano nesta sexta-feira (24). Desde o início dos ataques russos, o mundo do esporte também teve desdobramentos e punições. Nos últimos dias, o COI (Comitê Olímpico Internacional) manteve as sanções à Rússia e a Belarus devido à guerra. A entidade deixou os dois países de fora da organização de qualquer evento esportivo internacional.

O COI ainda manteve proibição da exibição em competição de bandeiras, hinos ou outros símbolos. O Comitê, porém, defendeu no início do ano permitir atletas russos e bielorrussos na próxima Olimpíada, sob condições específicas, e competindo como "neutros". A Ucrânia busca apoio para impedir a medida. Em resposta, o COI deixou claro que "os governos não devem decidir quais atletas podem participar de quais competições e quais não podem".

Punições no futebol - Uma das punições mais significativas foi a liberação de jogadores e treinadores estrangeiros de clubes russos e ucranianos. A Fifa permitiu que todos assinassem com outras equipes ao suspender os contratos.

Antes da guerra, 30 brasileiros atuavam na Ucrânia. Os 13 do Shakhtar Donetsk deixaram o país. O clube se juntou a oito clubes russos para processar a Fifa, mas teve recurso rejeitado na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Hoje, são 19 no total.

Na Rússia, o número de brasileiros passou de 13 para 17. Alguns nomes, como Yuri Alberto e Ayrton Lucas, voltaram ao futebol brasileiro, mas o efeito foi menor. Personalidades e marcas também foram afetadas. Roman Abramovich escolheu vender o Chelsea após receber punições. A "Gazprom" perdeu contratos com o Schalke 04 e a Uefa. A Adidas também encerrou o contrato com a seleção russa de efeito imediato.

Exclusão de competições - A seleção russa masculina foi excluída das Eliminatórias para a Copa do Mundo do Qatar, que aconteceu no ano passado, e da Liga das Nações. O time feminino também saiu da Eurocopa e do Mundial de 2023. Os clubes russos foram excluídos de competições da Uefa na atual temporada. O Spartak Moscou, que estava nas oitavas da Liga Europa na época, foi eliminado.

Shakhtar Donetsk, Dínamo de Kiev e Dnipro, da Ucrânia, atuaram normalmente nas competições europeias da atual temporada. Todas as partidas do campeonato nacional estão sendo disputadas na região da capital Kiev e mais duas províncias ao oeste do país. Um dos primeiros desdobramentos foi a decisão da Uefa de retirar a final da Liga dos Campeões de São Petersburgo. A decisão foi levada para Paris.

Na Ucrânia, o futebol local foi suspenso de imediato e a temporada 2021/22 não teve campeões ou rebaixados. O esporte retornou em agosto de 2022 com medidas como militares nos estádios e portões fechados.


Tentativa de voltar - Dirigentes da Federação Russa de Futebol realizarão conversas na próxima terça-feira (24) com integrantes da Uefa para discutir o possível alívio das sanções aos times do país. No final de dezembro foi criado um grupo de trabalho ao lado da Uefa na tentativa de encontrar um possível caminho de volta aos torneios.

Depois de ser afastada das competições da Uefa, a Rússia cogitou deixar a organização europeia e se candidatar para se juntar à sua contraparte asiática, a Confederação Asiática de Futebol, mas a ideia foi descartada.
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