Há dois anos, o mundo perdia Diego Maradona, um dos grandes ícones argentinos

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Maradona nos deixou em 2020

Em meio as diversas preocupações com o momento da Seleção Argentina já no começo da Copa do Mundo, onde os albicelestes se complicaram contra a Arábia Saudita e agora se perderem podem ser eliminados pelo México na próxima rodada, nossos vizinhos relembram também neste dia 25 de novembro do partir do maior símbolo do futebol local, talvez inclusive do maior símbolo cultural do país, já que não só a Argentina como o mundo perdiam Maradona no dia 25 de novembro de 2020.

Ícone humano e por isso infinitamente falho do esporte bretão, Maradona é praticamente explicável de maneira automática. O craque, Pibe de Oro, nome mais amado pelo povo de seu país é também o ser humano que sucumbiu a uma das tragédias mais comuns aos meros mortais, que é a luta contra os narcóticos. O sujeito doce que era amigo de Pelé, que fez uma homenagem lindíssima a Diego após sua morte, era também o cara que podia se mostrar um dos sujeitos mais polêmicos do futebol dentro de campo. Maradona foi um antítese de semelhanças, um único entre tantos.

É claro que falar que Don Diego foi o maior jogador da história da Argentina é chover no molhado, já que para os nossos vizinhos ele é maior até que Pelé e sequer há base de comparação com Messi, que provavelmente é o jogador mais incrível do esporte desde o próprio Maradona. A questão é que mesmo dois anos após sua partida, é discutível que Maradona não foi só o maior ícone da história do esporte mais popular do mundo na Argentina, mas também o maior ícone da história do país.

É claro que os "Hermanos" tiveram grandes nomes nas mais diversas áreas. Na música, se produziram clássicos como Carlos Gardel e toda a turma que criou o doce e triste ritmo do tango. Na política, é impossível ignorar Che Guevara, até hoje um símbolo revolucionário para bem e para mal. Na literatura, diversos nomes fizeram história recentemente. Nenhum, porém, teve o impacto social e cultural de Maradona.


Diego é para os argentinos o intangível e o atingível ao mesmo tempo, o mais alcançável dos divinos. Libertador de um país em relação a felicidade única que o esporte proporciona, virou até igreja. Transcende qualquer tipo de rixa ideológica, conseguindo unir diversos lados contrários. Sua morte, mesmo em meio a pandemia mais mortal do último século, levou diversas pessoas as ruas para uma despedida que ao mesmo tempo que tinha prantos, tinha a festa e o calor do "huevo" da torcida albiceleste. 

O dia 25 de novembro ficará marcado para sempre com uma data de tristeza e de despedida no segundo principal país da América Latina. Diego Maradona não foi e nunca seria tão somente um esportista, mas um ícone, o maior dos símbolos argentinos. Será sempre a lembrança mais agridoce de nossos vizinhos, que terão neste dia a lembrança do legado e da perda. 
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