A maldição do Caxias nas quartas do Brasileirão Série D

Por Lucas Paes
Foto: Vitor Soccol/Caxias

 O Caxias mais uma fez ficou pelo caminho

A Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul, mais conhecida pelo nome de Caxias, é uma das mais tradicionais instituições do futebol gaúcho. Rival do Juventude, com quem faz o clássico Ca-Ju, a equipe grená ficou conhecida no cenário nacional principalmente no ano de 2000, quando foi campeã gaúcha sob a batuta de Adenor Bacchi, o Tite. Recentemente, porém, os Grenás tem vivido uma maldição nas quartas de final da Série D.

O futebol é um esporte bastante objetivo que, apesar disso, permito muito quanto a contos e histórias que ficam marcadas por parecerem predestinadas e roteirizadas por um escritor de cinema. Por vezes essas histórias são sádicas, como a maldição do Fortaleza na Série C (que durou anos, mas quando acabou virou para o maior momento da história do clube), os 30 anos sem títulos ingleses do Liverpool, a maldição de Bela Gutmmann do Benfica (ainda em curso). O Caxias parece sofrer com algo assim no Brasileirão da Série D, já que tem sempre caído nas quartas de final, a beira do acesso.

A primeira queda veio em 2018, numa situação onde a equipe era de certa forma menos favorita que o adversário. Naquele ano, os Grenás enfrentaram um bom time do Treze, que seria vice-campeão da competição. Já na Paraíba, o Treze abriu vantagem de 1 a 0 e apesar de sair atrás jogando no Centenário, venceu por 3 a 1, adiando o sonho do time gaúcho (que, é verdade, continua sendo adiado).

Em 2019, o cenário mais uma vez era bastante positivo. O time da Serra enfrentava o Manaus e em casa conseguiu uma mínima vantagem que podia ser importante, ao vencer por 1 a 0. No segundo jogo, porém, na Arena da Amazônia, o time manauara não tomou conhecimento dos gaúchos e aplicou sonoros 3 a 0. A equipe amazonense, inclusive figura até hoje na Série C, sendo o time mais estruturado de seu estado atualmente.

Em 2020, a maldição das quedas nas quartas de final foi antecipada em meio ao futebol pandêmico. Naquele ano, o Falcão ficou pelo caminho já na primeira eliminatória, quando enfrentou o Mirassol, clube paulista que viveu uma completa transformação com o dinheiro que recebeu como clube formador de Luiz Araújo, do São Paulo. O Caxias lutou bastante, venceu em casa, mas acabou derrotado fora de casa, em dois jogos que ficaram 1 a 0 e nos pênaltis acabou batido por 3 a 0.


Os dois últimos anos, foram, no entanto, os mais cruéis com o torcedor. Em 2021, os Grenás deixaram pelo caminho a tradicional Portuguesa, passaram com alguma facilidade pelo União de Rondonópolis e se seguravam da maneira que podiam contra o ABC depois de um 0 a 0 em casa, mas acabaram derrotados por 3 a 0 num segundo tempo inapelável do time potiguar. Este ano, o Rio Grande do Norte voltou a ser o pesadelo, já que depois de vencer por 1 a 0 em casa, o Caxias saiu na frente do América em Natal, mas tomou a virada e no finalzinho o terceiro gol destruiu as esperanças da equipe.

Caberá ao Caxias continuar lutando, primeiro pela classificação no estadual para poder retornar a Série C, numa posição mais confortável quanto a campeonatos nacionais. A maldição continua incomodando uma das equipes mais tradicionais do futebol gaúcho, que segue sonhando com dias melhores.
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