Brasil 1x0 Suécia - O penúltimo capítulo do Tetra

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

O Brasil venceu a Suécia por 1 a 0

Nesta quarta-feira, dia 13 de julho de 2022, se completam 28 anos da vitória Brasil pelo placar magro de 1 a 0 sobre a Suécia, pelas semifinais da Copa do Mundo de 1994, disputada nos Estados Unidos. Na ocasião, a equipe Canarinho subiu mais um degrau rumo ao tetracampeonato mundial.

Ao longo da competição, a Seleção Brasileira bateu a Rússia na estreia por 2 a 0 e ganhou de Camarões pelo placar de 3 a 0. Nas eliminatórias, despachou os Estados Unidos nas oitavas de final e a Holanda, conhecida também como Países Baixos, nas quartas.

Do outro lado, a Seleção Sueca, que ficou na segunda colocação do grupo da Amarelinha na primeira fase, empatou em 2 a 2 com Camarões e venceu a Rússia por 3 a 1. Nas oitavas de final, os escandinavos tiraram a Arábia Saudita e a Romênia nas fase de quartas.

Vale lembrar que naquele mundial brasileiros e suecos já tinham se enfrentado pela fase de grupos. Naquela oportunidade, o confronto terminou empatado em 1 a 1, válido pela terceira e última rodada.

Logo 2' de bola rolando, Romário mostrou o cartão de visitas brasileiro com um belo arremate no ângulo direito. Aos 7 e 13’ foi a vez de Branco e Zinho assustarem. Porém, a melhor chance aconteceu aos 25', quando o camisa 6 acertou um daqueles seus passes diretos para ataque e achou Romário na entrada da área. O Baixinho conseguiu se desvencilhar de três suecos, driblou o goleiro Ravelli e chutou. O zagueiro Patrick Andersson tirou a bola em cima da linha e Mazinho acabou desperdiçando uma chance incrível de colocar a Amarelinha na frente.

Pouco tempo depois, aquela conexão "Branco-Romário" voltou a funcionar. O lateral esquerdo aproveitou todo o espaço que tinha e o fato da cobertura não chegar à tempo para servir o Baixinho, que bateu cruzado de esquerda, mas errou o alvo. Com 32’, o camisa 11 novamente ficou no quase. O atacante recebeu belo passe de Bebeto em um contra golpe, tirou Ravelli, mas acabou perdendo a passada. Com isso, o arqueiro conseguiu ainda se recuperar a tempo de bloquear a finalização.

Através de chutes perigosos de Bebeto e Mazinho da entrada da área, a Seleção Brasileira ainda assustou a meta escandinava nos instantes finais da primeira etapa. Em todo este tempo, os suecos haviam dado um chute ao gol defendido por Taffarel, mas não levou nenhum perigo.

Durante o intervalo, o treinador Parreira promoveu uma alteração. Trocou Mazinho por Raí. Por muito pouco, a substituição trouxe o resultado esperado. Logo no início da última metade do jogo, o camisa 10 fez uma linda tabela com Romário, mas foi bloqueado por Ravelli justamente no momento do chute.

O fato da bola não balançar as redes ia causando uma grande ansiedade para os jogadores brasileiro conforme o tempo ia passando. Enquanto isso, os suecos continuavam demonstrando dificuldades para conseguirem encaixar a marcação e também não conseguiam machucar a Amarelinha no ataque. Até variava um pouco mais suas jogadas, mas não era um time direto assim como na fase de grupos. Em campo, os brasileiros estavam demonstrando mais ajuste, concentração e intensidade jogando sem a bola. Além disso, sempre chegavam antes dos europeus nas disputas de bola.

Apesar de ter menos repertório em relação aos 45' iniciais, o Brasil conseguiu chegar mais uma vez, mas continuou sem superar Ravelli, que fez lindas interceptações em dois excelentes arremates de Romário e Zinho no ângulo. Também defendeu um chute cruzado de Branco, e ainda teve sorte em finalizações de Dunga e Mauro Silva, ambas feitas da entrada da área. Já entregue, a equipe escandinava ainda perdeu o seu capitão Thern após o camisa 9 dar uma entrada criminosa em Dunga, sendo expulso. Por incrível que pareça, o rumo da partida pouco mudou após isso.


A primeira e única finalização escandinava foi através de Ljung e de longa distância aos 29', mas Taffarel conseguiu fazer a defesa. O gol brasileiro saiu justamente quando o confronto se encaminhava para a prorrogação. Bebeto passou para Jorginho pela ponta direita e fez um levantamento para o Baixinho vencer a marcação dupla para escorar pro fundo do gol, lá no segundo pau.

Baqueada e sem poder de reação algum, quase que o Brasil ampliou o marcador na sequência com chutes de Bebeto e Romário vindos da entrada da área, mas que fizeram a bola tirar tinta da trave defendida por Ravelli. Aquela vitória magra por 1 a 0 acabou ficando no lucro para os europeus, mas àquela altura, a vaga para a final era o mais importante. Alguns dias mais tarde, a Amarelinha conquistaria o tetracampeonato mundial após vencer a Itália após disputa de pênaltis.
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