O início de Quarentinha no Paysandu

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Quarentinha com a camisa do Paysandu

Waldir Cardoso Lêbrego, mais conhecido pelo apelido de Quarentinha, foi um dos mais brilhantes atacantes do início da era de ouro do Futebol Brasileiro. O paraense entrou para a história do futebol brasuca como o maior artilheiro da história do Botafogo, clube pelo qual jogou durante 10 anos em sua carreira. Antes, porém, de chegar ao Glorioso, o atacante teve um início de carreira incrível atuando pelo Paysandu. Há 26 anos, no dia 11 de fevereiro de 1996, está lenda deixava a vida

Quarentinha jogou desde pequeno nas categorias de base do Papão, já que o pai, um ídolo do clube, conhecido como Quarenta, já era atacante no clube. O futuro ídolo botafoguense estreou na equipe profissional com apenas 16 anos. Herdou o faro de artilheiro do pai, que é até hoje o terceiro maior goleador da história do Papão da Curuzu.

Se o pai era artilheiro, o filho não ficou atrás e desde muito cedo mostrou capacidade goleadora. Curiosamente, porém, era mais tímido e sequer comemorava gols quando os fazia, fato que não era raro. Quarentinha mostrava imensa categoria e principalmente uma capacidade finalizadora assustadora ainda em tenra idade dentro de campo. 

Durou pouco pelo Paysandu. Sua saída começou a ser tramada no começo de 1953, quando num amistoso diante do Vasco marcou três gols em cima do time que goleou o Paysandu. O treinador Flávio Costa, do Cruzmaltino, pediu que a diretoria fizesse esforços para trazê-lo, mas quem acabou levando o futuro artilheiro foi o Vitória, que pagou mais do que os vascaínos pagariam.

Quarentinha atuou apenas dois anos no Papão e acabou ofuscado na história do clube tanto pelo pai como por outro Quarentinha, volante que atuou no clube entre 1955 e 1973 e é o jogador com mais títulos estaduais por um clube. Já Waldir até fez seus gols, mas foi estourar no seu senso artilheiro atuando pelo Vitória.