Foto: divulgação Museu do Futebol
O uniforme foi presenteado pela Revista Placar, em 1971
Os fãs do Rei Pelé têm um motivo a mais para visitar o Museu do Futebol a desde a terça-feira, dia 1º de fevereiro: a camisa usada por ele para entrar em campo em seu milésimo jogo oficial estará em exposição na vitrine de honra do museu. Trata-se de uma camisa de malha com as cores preto e verde confeccionada pela Revista Placar e customizada especialmente para a ocasião, com o número mil bordado no peito. Ela foi usada por Pelé antes da partida contra o Transvaal, no Suriname, em 1971, e agora pode ser vista de perto pelos visitantes. Localizado sob as arquibancadas do Estádio do Pacaembu, o Museu do Futebol é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
A camisa do milésimo jogo foi emprestada ao museu pelo colecionador Moacir Andrade Peres. “Na década de 1970, época em que a camisa foi confeccionada, usava-se nos uniformes gola polo. Mas a camisa em questão era diferente, tinha gola redonda, mais simples”, conta ele. “Fora criada pela revista Placar para que jornalistas e outras pessoas jogassem partidas recreativas às margens do rio Tietê, em São Paulo. Em 1970, a revista criou o Prêmio Bola de Prata para homenagear os melhores jogadores do Campeonato Brasileiro, e passou a presentear os craques com uma camisa do Time da Placar”.
Pelé foi escolhido para receber a Bola de Prata hors concours. Foi o fotógrafo Lemyr Martins que recebeu a missão de levar o presente para o Rei do Futebol. O número 1000 foi costurado por sua esposa, Dione. Já no Suriname, Lemyr convenceu o roupeiro a falar com Pelé no vestiário - e foi assim que o Rei entrou em campo com o presente da Placar, que o público agora vê no Museu do Futebol.
Vitrine de honra - Com acervo composto quase exclusivamente por experiências audiovisuais, o Museu do Futebol mantém uma única relíquia em sua coleção - a camisa que Pelé usou na final da Copa de 1970 contra a Itália, e com a qual se tornou tricampeão do mundo. Mas objetos em tecido são bastante suscetíveis à ação do tempo e do ambiente. Por isso, periodicamente ela é retirada da exposição e colocada para “descansar” na horizontal, num compartimento sem incidência de luz. Nesse momento, também passa por avaliações e ações de conservação.
É nessas ocasiões que a equipe do Museu garimpa outros uniformes históricos para ocupar temporariamente a vitrine, que fica no segundo andar, entre as salas Copas do Mundo e Pelé e Garrincha. Antes de receber a camisa do milésimo jogo de Pelé, a vitrine exibia uma camisa do goleiro Dida na Seleção Brasileira.
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