O acesso do Figueirense na Série B de 2001 e o 'rolo' jurídico por conta da invasão

Foto: arquivo

Teve festa, mas depois teve imbróglio até confirmar o acesso do Figueira

O ano de 2001 entrou para a história do futebol catarinense. O Figueirense voltou para a Série A do Campeonato Brasileiro após uma ausência de 22 anos. O acesso veio com uma vitória sobre o Caxias, por 1 a 0, em 22 de dezembro daquele ano, no Orlando Scarpelli. Porém, por conta da invasão de campo dos torcedores antes do fim da partida, o Figueira teve "dores de cabeça" jurídicas.

Loebeling foi escalado para apitar Figueirense x Caxias no Estádio Orlando Scarpelli, pela sexta rodada do quadrangular final da Série B de 2001. Os dois times tinham seis pontos, assim como Paysandu e Avaí. Em Belém, o time paraense, que só precisava empatar, fez sua parte e conquistou o título do torneio ao vencer o rival catarinense no Estádio da Curuzu por inapeláveis 4 a 0. Mas em Florianópolis...

O Figueirense vencia o Caxias pelo placar de 1 a 0, gol de Abimael, aos 16 minutos do segundo tempo. A festa no Orlando Scarpelli era enorme, pois o Figueira conquistava o acesso e ainda via o rival Avaí ficar mais um ano na Série B, com a goleada sofrida para o Paysandu.

Os torcedores não se contiveram e faltando apenas dois minutos para o fim da partida, invadiram o campo. Ainda no gramado, o juiz do confronto, o paulista Alfredo Santos Loebeling, teria dito às emissoras de rádio e TV que a partida não estava encerrada quando os torcedores invadiram o gramado.

Se marcasse um gol nos minutos restantes do duelo, o Caxias seria promovido no lugar do Figueirense. Porém, apesar das evidências e da entrevista, Loebeling surpreendeu ao relatar na súmula da partida que a invasão teria acontecido após o fim do jogo. O árbitro alegou que foi aconselhado a fazer isto pelo presidente da comissão de arbitragem da CBF, Armando Marques.

Com isto, um processo na Justiça Desportiva foi aberto pelo Caxias, pedindo os pontos da partida. E, novamente, parecia que o caso não teria solução. Muitos ficaram com receio de uma nova Copa João Havelange. O imbróglio estava tão indefinido que a Revista Placar, no Guia do Brasileirão de 2002, colocou os times gaúcho e catarinense na Série A.


No fim, foi levado o que estava na súmula e o Figueirense considerado vencedor da partida, garantindo sua participação na Série A de 2022. O episódio culminou com o afastamento de Armando Marques da Comissão de Arbitragem da CBF e ainda fez com que Loebeling fosse colocado numa geladeira. Anos depois, o árbitro alegou que a decisão de dar a vitória ao time catarinense foi política, pois já tinham três equipes gauchas na Série A.
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