Alcindo - O maior artilheiro da história do Grêmio

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Alcindo é um dos grandes ídolos do Grêmio

Neste dia 31, último do mês de março, completaria 76 anos um dos grandes ídolos da história do Grêmio, o atacante Alcindo. Protagonista de grandes momentos vestindo a camisa do Imortal Tricolor, o gaúcho de Sapucaia do Sul, que era um "baixinho invocado", está na calçada da fama do clube. Sua trajetória, apesar de não se resumir ao Tricolor Gaúcho, tem muito à ver com ele, já que é o maior artilheiro da história do clube.

Alcindo começou sua carreira no Rio Grande, onde jogou por empréstimo do Imortal, antes de retornar à Azenha em 1963. A partir daí, formou ótima dupla de ataque com João Carlos Severiano. Aos poucos, foi se encaixando dentro do time gremista, disputando muitos amistosos naquele primeiro ano, numa era onde o futebol brasileiro tinha o domínio de um tal Santos de Pelé. Seu primeiro gol veio num amistoso contra o Aimoré, vencido pelos tricolores por 3 a 2, no Olímpico, em 22 de janeiro daquele ano.

Sua estreia em jogos oficiais acontece em 10 de maio de 1964, em um jogo contra o Rio Grande onde o Grêmio vence por 3 a 1, no Olímpico. O primeiro gol vem no final daquele mesmo mês, numa goleada por 8 a 0 contra o Cruzeiro de Porto Alegre, no Olímpico, onde ele marca não só um, mas três tentos. A partir daí, o Bugre Xucro começa a marcar gols constantemente, ajudando seu time à garantir o título do Campeonato Gaúcho daquele ano.

Seguindo com grandes números, passa à chamar a atenção da Seleção Brasileira. Passa a atuar também pelos Canarinhos, onde joga a Copa do Mundo de 1966. Na Seleção, faz 7 jogos e marca um gol, mas se lesiona em meio ao Mundial. Na Azenha, foi o grande destaque do time tetracampeão do Gauchão entre 1964 e 1968, ainda que seu desempenho tenha caído um pouco após se lesionar. Sua primeira despedida do Imortal se dá ao fim do ano de 1971, quando deixa o Tricolor Gaúcho para atuar pelo Santos, onde tem a oportunidade de jogar ao lado do Rei do Futebol, tentando recuperar o futebol que tinha no auge.

Não vai mal no Santos, ainda que o ano de 1973 dele tenha sido inferior ao ótimo ano de 1972. Ainda joga no México antes de retornar ao Grêmio já como um atleta experiente, em 1977. Reestreia marcando um gol, no dia 23 de março, num amistoso contra o San Lorenzo no Olímpico, gol este que inclusive é o único do jogo e dá a vitória aos gremistas contra o Ciclón. Volta à marcar em um jogo competitivo pouco tempo depois, em 13 de abril, diante do Riograndense de Santa Maria, numa vitória por 2 a 0 fora de casa.


Sem conseguir se encaixar, deixa o Tricolor Gaúcho em 1978, passando a jogar pela Francana, onde pendura as chuteiras. Ainda atua uma última vez com a camisa do Grêmio em 16 de março daquele ano, quando o clube faz um jogo de despedida para ele contra um combinado de jogadores do Rio Grande do Sul. O Tricolor vence por 6 a 1 e ele marca um dos gols. No total entre amistosos e jogos oficiais, atua por 378 vezes e marca 230 gols pelo gigante da Azenha, o que o coloca no topo entre os goleadores do clube.

Alcindo passou a jogar pelo time dos eternos em 27 de agosto de 2016, quando nos deixa por consequência de complicações da diabetes. Nada que pudesse apagar sua enorme e eterna história vestindo azul, branco e preto.

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